Páginas

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A semelhança entre Santos e Palmeiras


Por Tuca Veiga

Eu até imagino o que você deve estar pensando: “Como é possível encontrar algo parecido entre um time campeão da Libertadores e outro envolto em crises?”. Então relaxa um pouquinho que já já você vai compreender do que estou falando.

O Santos fez por merecer o momento que vive. Em dois anos, abocanhou dois títulos estaduais, uma Copa do Brasil e a tão cobiçada terceira estrela da Libertadores. Outra conquista e tanto para o alvinegro da baixada foi segurar os ídolos Ganso e Neymar.

No Brasileirão – como desejou fazer Renato Gaúcho quando reinava nas Laranjeiras – o Santos brincou no Brasileirão. Jogou quando e como quis. E mesmo sem lutar por nada, sempre atraiu o olhar de todos os amantes do futebol arte, que aproveitam enquanto é tempo as peripécias da grande jóia do futebol canarinho.

O Santos desfilou o seu futebol pelos campos nacionais. Alegria, ousadia (como gosta o Ney), paz e tranqüilidade. Correto? Maomé. Não é possível que algum santista coloque a cabeça no travesseiro e durma tranqüilo tendo o Barcelona pela frente. Afinal, a pergunta que muitos – principalmente Mourinho – tentam responder: Como parar Lionel Messi? Dureza, né?!

“Legal, legal. E o Palmeiras?”. Calma, já já eu chego lá. Com seis jogos para o final do Brasileirão, o Peixe procura acertar os ponteiros para chegar tinindo no Japão. Só pensam nisso. Entram em campo sabendo que apenas uma partida realmente vale neste ano: Santos x Barcelona. Que jogo.

Jáááá o Palmeiras, amigo do Paixão, vive uma draga daquelas. Apostou nos ídolos Felipão, Valdívia e Kleber Gladiador. Começaram o ano bem e até fizeram o torcedor sonhar. O pesadelo começou mesmo no Couto Pereira. A sova em Curitiba deixou marcas. Marcas que se tornaram cicatrizes com a eliminação no Paulistão para o arquirrival.

Valdívia ora sim, ora também no DM, Gladiador chamado de traíra, Felipão questionado, diretoria omissa e o pavio da torcida, curto por natureza, obviamante acabou. Crise no Palestra. Até aí nenhuma novidade. O que o torcedor do Palmeiras não percebeu, ou finge que ainda não sacou, é que ainda é possível salvar o ano.

E é aí que está a semelhança entre Palmeiras e Santos. Tanto o time da baixada quanto os palestrinos entram em campo com a cabeça única e exclusivamente voltada para um duelo. No caso do Peixe, o confronto com o Barcelona. No do Palmeiras, a derradeira partida do nacional, contra o Corinthians. Para a nação alviverde, colocar água no chopp da Fiel valeria como um título e tanto. Isso se o Verdão não chegar lá precisando fugir da degola, o que, francamente, não acredito que possa acontecer.   

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...