Páginas

terça-feira, 30 de abril de 2013

Champions, Mano e Havelange

Por Gabriel Duque

Hoje, Borussia Dortmund e Real Madrid fazem o jogo de volta das semifinais da Liga dos Campeões, com ampla vantagem dos alemães que aplicaram uma goleada por 4 a 1 na partida de ida. Apesar de estar em situação difícil, os espanhóis ainda acreditam na vaga e mobilizaram sua torcida para o confronto no Santiago Bernabeu. Cristiano Ronaldo, mesmo com certo desconforto muscular que o tirou do clássico de Madri no fim de semana, é a esperança da virada.



No entanto, mesmo com o elenco milionário, o craque luso e o sonho pela remontada histórica, os merengues ainda têm que superar dois traumas para avançar. O primeiro é o próprio Borussia, que, em três duelos nesta Champions contra o Real, venceu dois e empatou outro. O segundo é o fato de estar 11 anos sem chegar a uma final do torneio. A última decisão do time madrilenho foi na temporada 2001/2002 quando conquistou o título em cima do Bayer Leverkusen.

Se a jornada esportiva desta terça tinha tudo para ser apenas sobre a Champions, a manhã começou com mais um anúncio de fuga. Após Ricardo Teixeira sair da presidência da CBF e Nicolas Leoz deixar o comando da Conmebol, João Havelange renuncia ao cargo de presidente honorário da Fifa. Assim, os três escapam de punições por terem se envolvido no esquema de propina com relação à venda de direitos de transmissão das Copas de 2002 e de 2006.

Para completar o balaio, ontem à noite, Mano Menezes fez sua primeira aparição desde a demissão da seleção brasileira. Contestado por uns e elogiado por outros, o técnico mostrou que Marin fez a escolha errada. O treinador tem suas convicções e enfim acertava o time canarinho quando o trabalho foi interrompido de maneira precipitada.

Ao participar do programa juntamente com o atual coordenador técnico - Carlos Alberto Parreira -, Mano evidenciou que sua visão de estilo de jogo e de evolução para o Brasil se espelham no que de há melhor atualmente, com o futebol coletivo, de muita intensidade, ocupação de espaços. Já Parreira, com o discurso de que não precisamos copiar o futebol de lá de fora, deixou claro que estamos entregues a uma dupla retrógrada e que ganhar o Mundial no Brasil será na base da sorte, afinal são só sete jogos e tudo pode acontecer.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Matar ou morrer


Por Tuca Veiga

Trio de Ferro entra na semana mais decisiva do ano – ao menos até então. Libertadores no meio e semifinais do Paulistão no final. Jogos que prometem rivalidade acirrada, confrontos disputados e com roteiros completamente imprevisíveis.

O Verdão é o primeiro a entrar em campo nesta semana. Com a eliminação no Paulistão para o Santos, nos penais, o time do Palestra Itália pode entrar numa dura realidade em pouco tempo. Mais exatamente no dia 14 de maio. Se for eliminado pelo duro Tijuana do México – que deu trabalho para o Corinthians na 1ª fase – o Palmeiras cairá de paraquedas em um pesadelo daqueles: a Série B. E se não subir, meu amigo, a encrenca estará armada.

Já o Tricolor vai trabalhar em duas frentes. Primeiro viverá a recente rivalidade com o Galo, que aqueceu após os duelos na Liberta. Na primeira partida, Ronaldinho armou uma malandragem bem para cima do capitão do São Paulo, que resultou no gol alvinegro. Na segunda, foi uma declaração de R10 que pegou mal, dizendo que estavam apenas treinando. E ainda deixou a promessa:  “Agora vai ser diferente. Eles sabem que vai ser diferente”.

Pelo que fez na primeira fase, o time de Minas Gerais entra, teoricamente, como favorito para o duelo. No entanto, do outro lado está um time que já levantou três vezes a taça da competição e está mais do que acostumado a participar dela. Situação oposta à do Atlético. Jogos duros, imperdíveis e impossíveis de se cravar o resultado. E, para dificultar, entre os dois jogos, o time do Morumbi ainda tem o seu grande rival pela frente, em partida que poderia ser jogada com time reserva – algo pouco provável em um Majestoso que vale vaga na final estadual.

O campeão do mundo também terá uma semana agitada. Longe de casa, eliminou a Ponte de maneira avassaladora e, agora, terá de encarar dois grandes rivais. Ambos os jogos longes de seu domínio. Na Bombonera, terá pela frente um meia-Boca. Mas se engana quem espera um confronto mole para o Timão. Apesar da má fase, o time comandado por Riquelme transborda tradição no torneio e tem sede de vingança pela final do ano passado. Soma-se a isso a dificuldade tradicional de se jogar no estado que pulsa e a presença de Carlos Bianchi, um exterminador de times brasileiros.

Depois vem o estadual. Nesse ponto o Corinthians foi beneficiado pela agenda. Joga na quarta enquanto o Tricolor entra em campo um dia depois. Mas como joga na Argentina, esse ponto se exclui. Entretanto, o Timão não terá que se preocupar com a Liberta, pois folgará no meio de semana, enquanto o São Paulo vai à Minas decidir sua vida na competição sul-americana.

Ou seja, em suma, é jogo bom atrás de jogo bom. Rivalidades acirradas. Sangue nos olhos. Coração na garganta. Suadeira. Bombonera. Grama Sintética. Provocações. Vinganças. Libertadores, Paulistão e emoções garantidas.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

O camisa 1 - A mistíca dos goleiros




 Por Luiz Felipe Fogaça

O Homem de elástico, o anti-herói, o solitário, aquele que não pode falhar. Simplesmente o louco que escolhe entre tantas posições defender a meta. 

Mais quem é o peladeiro que nunca teve o seu dia de goleiro, até o rei Pelé já jogou no gol. 

Quem nunca encheu os pulmões para gritar o nome de seu arqueiro preferido ao fazer uma defesa? Como Nilmar ao entoar o nome de Ceni em pleno treino do Corinthians.Quem é que não se lembra de Galvão Bueno e seu bordão "sai que é sua Taffarel"?

Nas lembranças, sempre temos nosso lugar para nossos milagres preferidos e as discussões futebolísticas sempre tem espaço para falar do camisa 1.

Não são poucos os jogos em que somos salvos por nossos arqueiros, tantos são os milagres, as defesas, que muitos ganham uma espécie de imunidade e podem falhar o quanto quiser que para o torcedor não importa, por que ele tem crédito, outros serão eternamente lembrados por suas falhas.

Indo mais além, podemos notar que todos os jogos, todas as conquistas que nos lembramos em determinado momento tivemos uma grande contribuição do camisa 1.

E, assim, entre altos e baixos, que hoje homenageio os goleiros, que são um espetáculo a parte e, afinal de contas, o velho ditado já diz um bom time começa por um bom goleiro.

O que você faria?

Estrutura do CFA seduz jovens que sonham com um profissionalismo escasso


Por Felipe Pugliese

Aliciar. Palavra que remete ao negativo. Para o Aurélio, é sinônimo de seduzir. 

"São Paulo é acusado por aliciar menores de outros clubes".

Uma das manchetes mais lidas na semana provocou discussão. Muito mais por "chororô" e despeito dos demais do que por irregularidade do clube do Morumbi. Até porque, só seduz quem tem potencial para tal ato. Só seduz quem beira o irresistível. 

A estrutura que o clube oferece no "Centro de Formação de Atletas" não pode ser comparada. "Cotia" é referência e qualquer garoto ou pai  vai preterir o local à qualquer precariedade dominada por empresários. 
 
Na base do São Paulo a filosofia parece clara. Formar o cidadão antes do atleta. Esse foi o motivo da não permanência de Romarinho no clube. Quem vai mal na escola não joga e ponto. 

Jogador sem técnica não tem vez por lá. Essa foi a justificativa para a dispensa de Ralf.  Pode ser um exagero, uma vez que o clube há tempos não forma laterias que saibam marcar, por exemplo... 

Falam que é muito mimo e, quando solto ao mundo da bola, o cara "pira o cabeção". Casemiro é exemplo vivo. 

Voltando à acusação do aliciamento. Vamos imaginar uma situação na nossa própria pele: o seu filho (de 16 anos) joga no Vasco. O São Paulo vê potencial no garoto e oferece uma estrutura profissional. O que você faria? O clube paulista está errado de usufruir do investimento feito? 

A questão é complicada e deve ser discutida sem o lado clubísitco, assim como o desumano caso de Oruro. 

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Série A: Uma casa portuguesa, com certeza!


Por Leandro Chaves

Ser torcedor da Portuguesa, definitivamente, não é fácil. Mais difícil ainda deve ser para aqueles que são do tipo que não perdem um jogo, que entregam o coração rubro-verde a quilômetros de distância. Do Canindé a Naviraí, da Marginal Tietê a Ribeirão Preto.

Foi entre esse percurso que a Lusa viu tudo ir por água abaixo. Afinal ser Portuguesa é vivenciar o errado quando tudo estava certo e consertar o errado com o quase nem tão certo assim. Certo seria não cair, certo seria não acumular tantas eliminações precoces numa Copa do Brasil ainda esquentando, certo mesmo é o amor! O amor que perdoa, que faz os poucos que acreditam na tradição lusa ir ao estádio ou colar o ouvido no webrádio .

Porque torcer para a Portuguesa é difícil, até mesmo de ter o simples direito de conseguir acompanhar o time. Ainda mais numa A-2, de condições precárias, péssimos estádios e esquecida pela mídia. Sem as imagens, restou a imaginação,que só a emoção do rádio é capaz de proporcionar.

Quando tudo parecia arruinado pelo número sete, em uma semana,  ou melhor, em sete dias, veio o recomeço. O troco no Comercial aconteceu com o placar mínimo, mas com os mesmos três pontos de uma goleada, que colocavam a Lusa com um pé de volta ao seu lugar de origem: a primeira divisão. Faltava apenas um pontinho para confirmação.

Tinha que ser em Capivari, tinha que ser longe da torcida, esquecida por muitos da mídia, não por todos. O que aconteceu ?  Bom, de resto vale a pena ver e ouvir:



http://www.webradiolusa.com.br/noticias_m.asp?id_noticia=7767




terça-feira, 23 de abril de 2013

Salve Jorge




Por Tuca Veiga

Quando chegou ao Corinthians vindo do Botafogo nem o jogador tampouco o torcedor poderiam imaginar como a camisa corintiana cairia bem em Jorge Henrique. Seu jeito lutador logo caiu nas graças de uma torcida que preza pela raça.

Jorge encaixou como uma luva na equipe comandada por Mano Menezes. Era semifinal do Paulistão de 2009, o São Paulo tinha crescido na reta final e passado o Corinthians na classificação, podendo definir a classificação em casa. Mano notou que as boas atuações de Junior César colaboraram com a ascensão do rival e botou Jorge para incomodá-lo. Incomodar? Jorge ainda frequenta os pesadelos do lateral-esquerdo, hoje no Galo.

Foi naquele duelo que Mano encontrou o esquema que faria daquela geração, comandada por Ronaldo, bastante vencedora. O título do Paulistão veio mole-mole. Cristian abriu o caminho com aquele gol espírita no último minuto, no Pacaembu. Uma semana depois, Ronaldo calou o Morumbi, assim como deixou em silêncio a Vila, no primeiro duelo da final com o Santos.

Mas o que a nação corintiana queria mesmo era a Copa do Brasil, que havia escapado um ano antes. E foi aí que o aniversariante deste dia 23 de abril se tornou, de vez, ídolo da torcida. Um gol em cada jogo da final, dancinha do Michael Jackson e a música estava pronta: “Inter, fez com que ‘nóis’ caísse (sic), mas nóis tamo no pique, com os gols do Jorge Henrique”.

Um semestre, duas taças. Belo começo. De lá pra cá, o camisa 23 só trouxe felicidades para a Fiel. Sempre com grandes atuações nos clássicos, principalmente contra o arquirrival Palmeiras, e carregando na alma o espírito do padroeiro do Corinthians, São Jorge, a quem também celebramos e dedicamos as nossas orações neste dia 23 de abril.

Jorge Henrique chegou em 2009 e em quatro temporadas com o número 23 nas costas, conquistou o Paulistão, a Copa do Brasil, o Brasileirão, a Libertadores e o Mundial. É mole ou quer mais?

Por essas e outras, Salve Jorge!


sexta-feira, 19 de abril de 2013

Libertadores rumo ao 4° título brasileiro seguido

Por Gabriel Duque

Finalizada a fase de grupos da Taça Libertadores, fica evidenciado o domínio Brasil-Argentina no torneio continental. Apesar de terem as equipes consideradas mais fortes da região, alguns clubes dos dois países atravessaram grandes dificuldades para se classificar, como São Paulo, Grêmio, Boca Juniors e Tigre. No total, 10 agremiações seguem no torneio e apenas o Arsenal de Sarandí foi eliminado.

Dos 16 representantes nas oitavas de final, seis são brasileiros, quatro argentinos e os outros se dividem entre um paraguaio (Olimpia), um mexicano (Tijuana), um colombiano (Independiente Santa Fé), um peruano (Real Garcilaso), um uruguaio (Nacional) e um equatoriano (Emelec). Se os brasileiros mostrarem sua superioridade dentro de campo, há boas chances de pela primeira vez termos quatro semifinalistas do mesmo país.



De um lado do enquadramento, Fluminense e Grêmio têm vida aparentemente tranquila, mas, com os elencos fortes que possuem, precisam apresentar desempenho melhor para não tomarem sustos e evitarem surpresas desagradáveis. Do outro lado, o bicho vai pegar com o time de melhor campanha, o trio de ferro paulista e três equipes argentinas de bastante respeito. Isso sem contar com a reedição da final do ano passado entre Corinthians e Boca. No entanto, apesar do equilíbrio maior nesta chave, há possibilidades de clássicos paulistas nas quartas e na semi.

Sem bairrismos e torcidas à parte, aposto em Atlético-MG x Corinthians e Fluminense x Grêmio nas semis. Após as conquistas de Inter em 2010, Santos em 2011 e Corinthians em 2012, o Brasil tem tudo para conseguir o quarto título seguido. Vamos ver agora quem confirmará o favoritismo.

Confira os confrontos
Atlético-MG x São Paulo
Palmeiras x Tijuana
Corinthians x Boca Juniors
Vélez Sarsfield x Newell's Old Boys
Independiente Santa Fé x Grêmio
Nacional x Real Garcilaso
Olimpia x Tigre
Fluminense x Emelec

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Futebol sem segredos - Na base da garra clube da fé esta classificado



Por Luiz Felipe Fogaça

O time que já fez a moeda cair de pé precisava de um verdadeiro milagre para se classificar, pelo menos era isso o que todos diziam. Muitos já davam a eliminação como favas contadas, só esqueceram que do outro lado tinha um time com grande tradição no torneio.

Certamente esse dia ficará marcado na memória por um bom tempo e sempre terá um lugar cativo nas saudades do torcedor. O dia seguinte é aquele que o torcedor vai acordar ler o jornal com gosto, ver todos os programas esportivos, ler todos os sites, ver e rever os gols sem medo de ser feliz. Fora os desabafos modernos nas redes sociais e diversos lugares que já foram feito.

Da ansiedade do começo do dia a extrema satisfação no final, com boas doses de adrenalina no meio. Não existe um são paulino sequer que não tenha por esse redemoinho de emoções durante esta marcante quarta-feira 18 de abril de 2013.

Se a classificação parecia garantida e era obrigatória no começo do ano, as circunstâncias que já sabemos de cor e salteado deram dramaticidade ao jogo mais importante do ano até aqui.

Os radinhos por todos os lados e as caras que não escondiam o nervosismo que estava por vir. 

Um Morumbi lotado com mais de 50 mil torcedores mostrou por que o São Paulo é conhecido como o time da fé. Eu acredito, era o sentimento dividido por todos.

Ai o São Paulo entrou em campo, deixou a soberba de lado, jogou bola, correu deu carrinho, confirmou o que o Palmeiras nos provou a uma semana atrás, que futebol se ganha com raça, com garra. Técnica sem garra num ganha jogo, garra sem técnica ganha campeonato.

Em um jogo que ditou o ritmo mesmo num tendo muitos lances agudos, a vontade sobressaiu e o Tricolor saiu vitorioso por 2 a 0. 

Ronaldinho como um maestro refletiu a imagem do time, mal tocou na bola e pouco fez. Ao contrário de Ganso que se esforçou, se superou e fez um grande jogo.

Agora os times se enfrentam nas oitavas em dois jogos que prometem.

 Resta ao time do Morumbi jogar o favoritismo pra lá, jogar bola como tem que ser e num achar que basta entrar em campo para ganhar.

Que continue a entrega, a solidariedade, a raça, a garra, e vá embora de uma vez por todas essa soberba que tem sido a maior inimiga do São Paulo neste ano, que o susto tenha servido para acordar.

Com minhas sinceras desculpas pelo fanatismo, mais aqui é São Paulo. 

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Duelo histórico - Galo quer calar o Morumbi para evitar tricolor nas oitavas



Por Luiz Fernando Módolo

Morumbi lotado, jogo de libertadores, de um lado os donos da casa precisando de uma vitória para se classificar e de outro o atual vice campeão brasileiro e líder do grupo. Parece o jogo dessa quarta-feira entre o São Paulo e o Atlético-MG, certo? Contudo não é.

No domingo nove de abril de 1978 essas duas equipes entraram em campo na capital paulista pela competição continental, em jogo a classificação. Na época só um clube passava para a próxima fase, o tricolor e o galo jogavam para abrir distancia do rival e encaminhar a vaga para a fase seguinte. Deu Atlético Mineiro, com gols de Serginho e Paulo Isidoro o time mineiro calou o Morumbi lotado. Mirandinha ainda descontou para a equipe paulista.

Coincidentemente o Galo também era vice-campeão nacional, assim como hoje, contudo na época o campeão era o São Paulo. Um ano antes do confronto na competição continental o São Paulo entrava no Mineirão como desafiante e desacreditado.

O Atlético era o time do momento, o grande favorito. Liderados por Toninho Cerezo os mineiros jogavam em casa a final, que na época era em partida única. Entretanto o São Paulo levou o caneco nos pênaltis e surpreendeu a todos que esperavam o bi do Galo.

De lá para cá muita coisa mudou, o São Paulo ganhou três Libertadores e três Mundiais e se tornou uma camisa temida em todo o continente. Já o Galo disputa esse ano somente sua terceira libertadores desde 1978 e em nenhuma das outras ocasiões conseguiu chegar se quer em semifinais. 

Pela camisa e força são paulina na competição o Galo vem para o jogo hoje querendo ganhar de qualquer forma. Deixar o tricolor sair vitorioso e ter que fazer as oitavas contra os paulistas pode ressuscitar a equipe mais acostumada com a Libertadores dos últimos 20 anos.

Desde o presidente Kalil, até o roupeiro todos em Minas sabem que eliminar o rival agora é fundamental para os planos de Ronaldinho e companhia.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Brincando com a memória


 Por Pedro do Val - convidado do Paixão

Estávamos ao 24 minutos do segundo tempo. Ele, o camisa 10, veio em direção ao gol, balançou pra lá, pra cá, fez que foi e num segundo, saiu pelo outro lado. Pela culatra.

Em que ano estamos mesmo? 1958? 2013? Tá meio confuso isso aí! Não sei se é Seedorf, o holandês brilhante, ou Garrincha, nosso velho amigo das pernas tortas.


O gringo gingou como um passista à gringa, mas com agilidade. Jogou o corpo como fazia o velho Mané. Encheu os olhos de quem o observava, fez lembrar como é o bale visto das arquibancadas. Era Garrincha encarnado. Um alento ao futebol arte, tão em falta e tão essencial.

Seedorf brincou com a memória dos mais velhos, e com certeza, marcou a dos mais novos. Parece que relembramos como é ver, ao vivo em um jogo, um belo drible de Garrincha.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Final alemã na Champions?

Por Gabriel Duque

Serão 18 títulos em campo nas semifinais da Liga dos Campeões 2012/2013. Após sorteio realizado na Suíça, o Real Madrid, maior campeão do torneio com nove taças, irá enfrentar a sensação deste ano, o Borussia Dortmund, dono de um caneco. Do outro lado, o poderoso e admirado Barcelona vai encarar o forte e temido Bayern de Munique. Ambos ganharam a Champions quatro vezes. Palpite não vale muito, mas aposto e torço por uma final alemã.

Nada contra os times espanhóis, mas, apesar dos investimentos pesados dos merengues e das recentes conquistas catalãs, os germânicos podem duelar de igual para igual com os ibéricos. Interessante observar também que os quatros semifinalistas formam a base de suas seleções nacionais, que não por acaso mostram o futebol mais bonito entre os selecionados. Voltando aos confrontos, vale lembrar que na última temporada Real e Barça foram eliminados nesta fase da Liga.

Para o time de Dortmund, a esperança é embalar após a dramática classificação contra o Málaga e repetir o bom desempenho da fase de grupos quando derrotou o Real Madrid. Mesmo sendo menos experientes que os rivais no torneio continental, Gotze, Reus e Lewandowski têm tudo para brilhar. Já o Real precisa superar o trauma das desclassificações recentes, já que caiu para o Bayern na temporada passada.



Entre Barça e Bayern, a expectativa é de um confronto de tirar o fôlego. O PSG já mostrou para o time de Munique ser possível atacar a equipe catalã e não ficar acovardado e trancado na defesa o tempo todo. Após os vice-campeonatos na temporada 2009/2010 perdendo para a Inter de Milão e na última edição caindo diante do Chelsea, é hora dos alemães darem um passo a mais para buscar o título. Messi e companhia, por sua vez, tentam voltar a conquistar a Europa com seu futebol envolvente.

Os jogos de ida serão em 23 e 24 de abril e as partidas de volta em 30 de abril e 1 de maio. Se os alemães fizerem valer a torcida ou se ambos perderem, esta pode ser a quarta final da Champions entre times do mesmo país. Real e Valencia decidiram o título na temporada 1999/2000, Milan e Juventus disputaram o caneco da edição 2002/2003 e Manchester United e Chelsea se enfrentaram na final de 2007/08.

Falando em Chelsea, o time inglês, atual campeão da Champions, está na semifinal da Liga Europa contra o Basel, da Suíça. Na outra semi, Benfica e Fenerbahce duelam. Com quatro clubes de quatro países diferentes, quem será que vai para a decisão?

terça-feira, 9 de abril de 2013

A batalha de Dortumund



por Luiz Felipe Fogaça

Com contornos de drama, coração na ponta da chuteira, dois gols nos acréscimos e um desfecho digno de filme hollywoodiano. Assim foi o confronto entre Borussia e Málaga, que rendeu a classificação do time alemão para semifinal. Se o final pode ter sido o que muitos esperavam, o jogo sem dúvida nenhuma foi épico e surpreendente.

Em toda sua vida, o zagueiro brasileiro Felipe Santana talvez nunca sonhasse em decidir um jogo como esse e definitivamente entrar para história como protagonista de um dos melhores jogos da história, pelo menos um dos mais emocionantes.

A partida ganhou seu tom dramático logo aos 25 minutos do primeiro tempo quando Joaquín abriu o placar para o time espanhol, o que obrigaria o time alemão a marcar dois gols, já que a primeira partida terminou zero a zero.

Lewandowski sempre ele tratou de igualar e acalmar os nervos dos amarelos, ainda no primeiro tempo. Depois de receber belo toque de letra de Gotze, o polonês se livrou do goleiro e tocou para o fundo da rede.

Quem achou que o empate ainda no primeiro tempo seria o suficiente para impulsionar o Borussia e que veríamos um Málaga recuado se enganou. Os espanhóis foram melhor durante boa parte do confronto e faltando menos de 10 minutos para o final do jogo aumentaram a sua vantagem com Eliseu, só uma catástrofe tiraria o time da semifinal.

Com menos de 10 minutos de jogo e precisando de dois gols, ou seja, um legítimo milagre, o técnico alemão apostou, tirou um volante, botou um zagueiro e lançou o brasileiro Felipe Santana como centroavante.
Ai meus amigos, é que começa a história, quando os primeiros pés frios já deixavam o estádio, já estávamos pelos acréscimos do juiz e alguns já não mais acreditavam o time com maior média de público do mundo empatou com Reus, num bate rebate dentro da área.

Se muitos falam de dedo do treinador, estrela, ou qualquer coisa desse gênero aos 92, quase 93 minutos um minuto após empatar, Felipe Santana aparece sozinho, tão sozinho que estava impedido, mas a arbitragem não viu e empurrou para o fundo da rede, deixando o “muro amarelo” completamente louco e os espanhóis desolados.

Para quem estava vendo o jogo, mesmo não nutrindo nenhum sentimento especial por nenhum dos times é impossível num ficar boquiaberto e sem entender o que aconteceu. Como bem disse um amigo é por isso que o futebol é o que é. Basta escolher seu adjetivo, inacreditável, incrível, espetacular.

Que tarde, que jogo! 

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Castigo, revolta, vergonha e vexame

Por Gabriel Duque

Só há dois sentimentos para o são-paulino após a derrota para The Strongest na altitude de La Paz: revolta e vergonha. O time tricolor conseguiu somar seu quarto revés nesta edição da Libertadores da América, todos fora de casa. Perdeu para Bolívar, Atlético-MG, Arsenal e para o rival de ontem. A classificação para as oitavas de final virou tarefa quase impossível para o clube tricampeão continental.

Com a equipe em situação delicada, vem o inconformismo. Boa parte do elenco não demonstra aquela garra essencial para vencer uma competição tão dura quanto a Libertadores. A revolta é ainda maior pelos vacilos nos momentos cruciais da partida. Denilson perde de forma incrível uma dividida, que origina o primeiro gol. Osvaldo tenta diversos chutes, mas peca na pontaria. Ganso desperdiça oportunidade de ouro com o gol praticamente aberto. Aloísio também têm várias chances e não converte.



Ah que falta fez o Luis Fabiano. Se estivesse em campo com o número de chances que tiveram os atacantes tricolores, o artilheiro deixaria sua marca com certeza. Mas ele também vacilou e foi expulso né. Pois é, um dos atletas mais experientes prejudicou o grupo. Por falar nisso, até o Mito Rogério Ceni voltou a falhar na finalização meia boca do segundo gol boliviano. Faltam explicações para tantos erros.

O pior é que o São Paulo teve boa atuação, criou as jogadas e poderia ter vencido o confronto. É o segundo castigo que o Tricolor recebe na semana, pois também havia sido superior ao Corinthians no clássico de domingo, mas foi derrotado. A vergonha e o vexame de cair na fase de grupos, podendo ter a pior campanha da história do clube na Libertadores, pairam na cabeça de atletas e torcedores.

Na última rodada, a obrigação é vencer o Atlético no Morumbi com os desfalques de Luis Fabiano e Jadson, suspensos. Se ganhar do time que apresenta o melhor futebol do país no momento já é problema, ter que torcer para o Arsenal de Sarandí derrotar o The Strongest na Argentina só deixa a situação mais apreensiva. Fato é que o futuro de Ney Franco estará relacionado a estes resultados. Apesar do treinador ter sua parcela de culpa na demora para encontrar o melhor esquema de jogo, o grupo vem errando demais e deixa o clube perto da eliminação vexatória.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

A primeira decisão do ano



Por Luiz Felipe Fogaça

Estamos acostumados a escutar nas chamadas para jogos o seguinte bordão, hoje é dia de decisão, vale tudo para o X, Y joga a vida em campo hoje. Muitas vezes são apenas artifícios para tornar a partida sempre mais atrativa e vendável. Apelos de venda e espetacularização à parte hoje é dia de decisão para os são paulinos na Libertadores.

Depois de dois anos sem disputar o torneio o time voltou a jogar aquele que sempre dizem que o seu torcedor adora e a equipe esta acostumada.  E justamente na disputa continental que o time não vai bem e pode amargar eliminação precoce na primeira fase.

Para não correr esse risco o time precisa vencer na Bolívia, qualquer outro resultado obrigaria o São Paulo a vencer o Atlético-MG na última rodada, em caso de derrota o tricolor ainda precisaria torcer por um resultado combinado na partida de The Strongest e Arsenal.

Faz exatos 21 dias que o torcedor da equipe do Morumbi só quer saber desse jogo. Desde a derrota para o Arsenal que nada mais importa a não ser a partida de hoje em La Paz. Nem as vitórias seguidas no paulista, tampouco a derrota no clássico com boa atuação, HOJE é o dia para o torcedor tricolor.

A primeira decisão do ano, que pode salvar Ney Franco, os jogadores, a diretoria.

Enquanto o apito inicial não é dado, o torcedor sofre ansioso e a hora teima em não passar. Para o fanático a cada 3 pensamentos 2 são do jogo de hoje a noite, nada mais toma a atenção do que a espera pelo embate. 

A escalação já foi lida 500 vezes, a esperança em determinado jogador já esta depositada, as contas todas já estão feitas, matérias de TV, internet, rádio já foram vistas, lidas e ouvidas.

 Já esta tudo planejado, onde ver, com quem, que horas, como chegar, que horas sair, Dia de decisão é assim, emoção a flor da pele o dia todo.

Agora só resta esperar a bola rolar.

Galo e Ronaldinho Gaúcho - Os melhores do Brasil




Por Luiz Felipe Fogaça

Com 15 ponto em 15 possíveis , media de 3 gols por partida, nove de saldo e um futebol de dar gosto, o time do Galo é o time a ser batido nessa Libertadores. 

Ronaldinho Gaúcho joga fácil, distribui o jogo, dá seus dribles, marca seus gols e comanda o Atlético. Do truque da água na primeira rodada, ao golaço feito neste último confronto, o meia tem sido o destaque em todos os jogos e já conta com 3 gols e 6 assistências.

O sorriso sempre presente no seu rosto mostra que o craque tem jogado com a velha alegria de sempre e o resultado não podia ser outro, o futebol de Gaúcho contagia o resto do time. A fase do camisa 10 é tão boa que não é exagero dizer que é o melhor jogador em atividade no futebol brasileiro no atual momento.

O time ainda conta com uma defesa sólida com Réver e Leonardo Silva, um meio de pegada com Pierre e Leandro Donizete, bons laterais e um trio de ataque onde até Jó se destaca ao lado de Diego e Tardelli e Bernard que só são coadjuvantes por que Gaúcho está jogando o fino da bola.

Além disso, tem a torcida que faz sua parte e empurra o time que ostenta grande invencibilidade em seus domínios. Com a vitória sobre o time argentino garantiu o direito de decidir todos os mata-matas que vierem pela frente no Independência.

No banco Cuca joga para acabar com o estigma de que arma bons times que falham na hora H e exterminar o rótulo de eterno vice. O treinador faz excelente trabalho na frente do Galo e hoje só esta atrás de Tite, mas usa tão bem suas armas como o treinador do Corinthians.

Quem poderá parar o Galo? 

terça-feira, 2 de abril de 2013

Uma lesão, um gol ilegal, dois craques e os acasos do futebol



Por Luiz Felipe Fogaça

Talvez o jogo em Munique tenha sido melhor, mas no fundo a emoção ficou por conta do duelo entre PSG e Barça em Paris.

Na Baviera o Bayern contou com a sorte e em chute desviado abriu o marcador aos 25 segundos do primeiro tempo, um daqueles acasos que acabam com qualquer planejamento anterior.  É bem verdade que depois o time soube marcar bem a Juve e acelerar o jogo com ótima atuação de Robben e principalmente Ribery. 

Com muita autoridade o time alemão soube comandar oe ditar o ritmo, marcar o segundo e praticamente definir o confronto. Vale lembrar que nas oitavas os alemães também contavam com placar bem favorável e quase foram surpreendidos pelo Arsenal.

Resta saber se o maestro Pirlo vai conseguir conduzir a Juve nessa empreitada, sem o bom coadjuvante Vidal que está suspenso. Na ida o meio campo do time italiano foi dominado e não viu a cor da bola no jogo.

Na cidade da luz o jogo que parecia mais um confronto comum com o time catalão impondo seu jogo e sua maior posse de bola mudou após uma contusão muscular de Messi. Se muitos criticam o Santos pela dependência de Neymar, nesse jogo ficou nítida a falta do craque para o Barcelona.

Se para muitos o futebol é feito de acasos, a lesão muscular de Lionel Messi, é um desses capaz de mudar qualquer partida e foi o que aconteceu.

O jogo teve de tudo para apimentar as discussões dos amigos nas mesas de bares e nas redes sociais, pênalti, gol ilegal, gols no final e boas atuações de Messi e Ibrahimovic. E tudo terminou em um 2 a 2 de dar gosto ao torcedor, placar esse que deixa tudo aberto para partida de volta.  O catalão reza para que não seja nada sério com Messi, enquanto o mundo ainda acredita que seja possível parar o Barça.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...