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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Castigo, revolta, vergonha e vexame

Por Gabriel Duque

Só há dois sentimentos para o são-paulino após a derrota para The Strongest na altitude de La Paz: revolta e vergonha. O time tricolor conseguiu somar seu quarto revés nesta edição da Libertadores da América, todos fora de casa. Perdeu para Bolívar, Atlético-MG, Arsenal e para o rival de ontem. A classificação para as oitavas de final virou tarefa quase impossível para o clube tricampeão continental.

Com a equipe em situação delicada, vem o inconformismo. Boa parte do elenco não demonstra aquela garra essencial para vencer uma competição tão dura quanto a Libertadores. A revolta é ainda maior pelos vacilos nos momentos cruciais da partida. Denilson perde de forma incrível uma dividida, que origina o primeiro gol. Osvaldo tenta diversos chutes, mas peca na pontaria. Ganso desperdiça oportunidade de ouro com o gol praticamente aberto. Aloísio também têm várias chances e não converte.



Ah que falta fez o Luis Fabiano. Se estivesse em campo com o número de chances que tiveram os atacantes tricolores, o artilheiro deixaria sua marca com certeza. Mas ele também vacilou e foi expulso né. Pois é, um dos atletas mais experientes prejudicou o grupo. Por falar nisso, até o Mito Rogério Ceni voltou a falhar na finalização meia boca do segundo gol boliviano. Faltam explicações para tantos erros.

O pior é que o São Paulo teve boa atuação, criou as jogadas e poderia ter vencido o confronto. É o segundo castigo que o Tricolor recebe na semana, pois também havia sido superior ao Corinthians no clássico de domingo, mas foi derrotado. A vergonha e o vexame de cair na fase de grupos, podendo ter a pior campanha da história do clube na Libertadores, pairam na cabeça de atletas e torcedores.

Na última rodada, a obrigação é vencer o Atlético no Morumbi com os desfalques de Luis Fabiano e Jadson, suspensos. Se ganhar do time que apresenta o melhor futebol do país no momento já é problema, ter que torcer para o Arsenal de Sarandí derrotar o The Strongest na Argentina só deixa a situação mais apreensiva. Fato é que o futuro de Ney Franco estará relacionado a estes resultados. Apesar do treinador ter sua parcela de culpa na demora para encontrar o melhor esquema de jogo, o grupo vem errando demais e deixa o clube perto da eliminação vexatória.

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