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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Rogério Ceni: O Drama de um M1TO e sua aposentadoria


Por Luiz Felipe Fogaça

Eu precisei de um pouco menos de 24 horas para poder falar sobre esse assunto sem ser de forma reservada. Antes disso troquei apenas algumas mensagens e poucas palavras com amigos que dividem as paixões pelo vermelho, preto e branco.

Mesmo assim, ainda não sei direito o que dizer sobre esse fato, um dos mais tristes que já vivi nos meus 26 anos. Pouco importa a zoação de sempre dos rivais, esse texto é para quem é apaixonado pelo futebol e suas reviravoltas.

É impossível um torcedor com minha idade, apaixonado como eu, pelo São Paulo, não ter Rogério Ceni como ídolo absoluto e não ser extremamente grato ao arqueiro.

Rogério sabe sim do poder que tem e sabe jogar com isso e com as palavras. Não precisa ser jornalista para entender o poder que o “M1TO” tem. Diferente de Marcos, Rogério não é carismático, não é bem quisto por todos e coleciona inimigos no mundo da bola.

Grande o suficiente para não ser indiferente a ninguém, todos tem amor ou ódio pelo goleiro que bateu inúmeros recordes pelo São Paulo, perfeccionista, determinado e sim egoísta.

O sentimento que antes era do medo evidente com sua aposentadoria, começa a dar lugar pelo de que talvez esteja na hora, tamanho os insucessos colecionados recentemente e a liderança que vem se perdendo para atender anseios individuais.

O fato é que em seu último jogo contra o Corinthians, teve a chance perfeita, de fechar com chave de ouro, mas perdeu a cobrança, por méritos ou não de Cássio. Aloísio que seria o outro batedor, não estava em campo, se desse lugar a qualquer outro que perdesse, seria questionado, como foi no jogo contra o Flamengo, no primeiro turno, em Brasília, quando Jadson assumiu a batida e perdeu.

Tudo se volta contra Rogério, que tem sim sua parcela de culpa, embora no coração desse apaixonado, não mereça o que está passando nesses dias.

Se para alguns não merece ser alçado ao status de “M1TO”, muito menos merece ser crucificado.

Ontem no Morumbi eu estava no coro que gritou seu nome após o jogo e não consigo me revoltar com RC, independente de qualquer informação, pública ou não. A ingenuidade me leva a acreditar que Rogério quer sempre o melhor para o time, embora aparentemente também seja humano e venha se perdendo cada vez mais.

E assim, virando um assunto delicado, vem chegando o fim do ano e talvez o fim da carreira do “M1TO”, que será para sempre Rogério Ceni, de quem falarei com grande orgulho, para as futuras gerações e futuros apaixonados.

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