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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A corrida por Montillo



Por Luiz Fernando Módolo

No primeiro semestre de 2010 a Universidad de Chile, a popular La U, e o Flamengo fizeram uma série de quatro jogos pela Copa Libertadores da América. A La U eliminou o time brasileiro e mostrou um futebol envolvente, moderno e regido por um meia argentino, até então desconhecido . Surgia ai, Walter Montillo.

O time da cidade maravilhosa bem que tentou, mas não conseguiu trazer o “hermano”.  O Destino do jogador, foi o Cruzeiro.

Hoje, mais de dois anos depois e com contrato renovado até 2015, as especulações, mais uma vez voltam sobre a troca de clube de Montillo, só que dessa vez seria interna, sem cruzar fronteiras, pelo menos as nacionais. A corrida pelo maestro argentino coloca frente a frente São Paulo, Santos, Grêmio e próprio Cruzeiro que quer manter o jogador.

Definitivamente, esse não foi um dos melhores anos do atleta. Talvez seu desempenho nesse ano não justifique toda cobiça em torno de seu nome. Se nessa temporada foi discreto, em 2010 e 2011, ele jogou o fino da bola e ainda seria uma boa aposta a qualquer clube brasileiro.

Dentre os candidatos a levarem o argentino, o São Paulo tem a principal carta na manga, dinheiro,. Com o deposito do PSG em janeiro do restante da venda de Lucas, o time tricolor terá caixa para convencer o Cruzeiro a liberá-lo.

Por sinal o time do Morumbi quer argentino para ocupar a lacuna deixada por Lucas e já cobrir uma eventual saída de Osvaldo. Entretanto Montillo não tem a mesma característica do camisa sete, ele gosta de ocupar uma faixa mais central do campo, e não o lado direito como faz o meia da seleção no 4-2-3-1 montado por Ney Franco.

Para complicar ainda mais o São Paulo já possui Jadson, Ganso e Canete que atuam mais centralizados. Será que vale gastar essa grana para trazer mais um jogador com as mesmas características e tentar improvisá-lo pelo lado do campo? Para o tricolor seria melhor procurar um jogador que já é acostumado a fazer essa função e com as características necessárias para tal.

No Santos o encaixe é perfeito, com a saída de Paulo Henrique Ganso, o meia argentino ocuparia a posição com naturalidade, já que não se deve deixar essa responsabilidade nos pés de Felipe Anderson, que ainda precisa amadurecer para tal. 

A questão na baixada é financeira, o a pedida pelo jogador ainda é alta, cerca de 15 milhões de Euros e o Santos, não parece disposto a arcar.

Já no Grêmio, Montillo serviria de duas maneiras no elenco. Uma delas é jogando ao lado de Zé Roberto e Elano, com o camisa sete fazendo um papel de segundo volante de Luxemburgo.

Outra função do argentino seria jogar no lugar do experiente camisa dez, que com 38 anos não deve jogar quarta e domingo, sendo preservado para os jogos mais importantes do time gaúcho  Novamente a barreira é financeira, o Grêmio já declarou que não tem o dinheiro que o Cruzeiro pede, mas tenta convencer os mineiros com jogadores como moeda de troca.

O certo é que o time azul celeste já contratou Diego Souza para o ano que vem. Não se sabe se para substituir Montillo ou jogar ao lado dele. A permanência do argentino e a criação da dupla enchem a torcida da raposa de esperança de que 2013 será melhor que os dois anos anteriores. 


Trocar ou não de técnico: eis a questão?

Por Gabriel Duque

Há muito tempo, se discute no futebol brasileiro a necessidade de dar mais tempo para o treinador trabalhar no clube, desenvolver um projeto, aprimorar a parte tática, criar um grupo e dar uma cara para o time. No entanto, a nossa mentalidade sempre era de que é melhor demitir 1 ao invés de 11. E 2012 chegou para mudar um pouco este panorama.

O Campeonato Brasileiro estava acostumado a ver quase uma troca de técnico por rodada, mas, neste ano, nove equipes conseguiram manter seus comandantes durante toda a competição. Fluminense, que vem com Abel desde junho de 2011, foi o campeão e renovou com o treinador até o fim de 2013.

Atlético-MG e Grêmio também seguraram Cuca e Luxemburgo, respectivamente, e brigam pelo vice-campeonato. Corinthians, com Tite desde outubro de 2010, conquistou a Libertadores e se prepara para o Mundial de Clubes. Muricy é outro que segue no Santos, onde faturou o Paulistão e a Recopa. O fato é que todos eles estão confirmados nas mesmas casas para o ano que vem.

Além deles, o Botafogo, com Oswaldo de Oliveira, o Cruzeiro, com Celso Roth, o Náutico, com Gallo, e a Portuguesa, com Geninho, disputaram todo o campeonato sem mudar o comando. Será essa a nova tendência? Será que os dirigentes estão entendendo um pouco mais de planejamento? Ou será que às vezes ainda é melhor trocar de técnico?

O São Paulo, por exemplo, só cresceu na temporada após defenestrar Leão, que não conseguia encontrar um padrão e uma formação ideal e o time vivia em altos e baixos. Com Ney Franco, a equipe ainda patinou, mas o treinador descobriu a melhor combinação, impôs um estilo de jogo e trabalhou o posicionamento em campo. O Tricolor, em quarto no Brasileiro e na final da Sul-Americana, foi a exceção à regra.

De resto, todas as decepções do ano tiveram suas trocas, como Flamengo, Inter, Vasco e Palmeiras. Agora, para 2013, vamos ver quem conseguirá sobreviver no comando de seus clubes.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Marketing e Futebol

Neymar e camisa azul fusquinha, duas forças do marketing santista



Por Felipe Pugliese


Marketing e Futebol. Duas palavras que parecem caminharem juntas e dependeram uma da outra quando o assunto é: aumento da receita de um clube. Exemplos não faltam, tanto para o lado que deu certo quanto para aquele que beira a margem do inadmissível.


Ouvindo especialistas da área, os casos de Corinthians e Santos são citados como aprendizado para quem quer entrar no setor.


O Timão mudou o jeito de pensar. Tirou o departamento da mão de terceiros e começou a agir por si só. Muitas estratégias deram certo, muitas mesmo. Contudo, algumas foram consideradas verdadeiros fracassos. Quem não lembra da camisa roxa? Pois é, as vezes é pago um preço alto por arriscar, faz parte.


O Corinthians acaba de fechar com a Caixa e muitos exaltam mais uma ação do Marketing. Este que vos escreve não. Pensando nos próximos anos foi excelente, mas e 2012? Quanto dinheiro o clube não deixou de ganhar...


O Santos é Neymar e Neymar é dinheiro. A agremiação sabe usar de forma impecável a imagem da jóia. A fidelidade do torcedor também colabora, basta ir a um jogo na Baixada para ver quantos aderiram à nova camisa azul fusquinha.


Por outro lado, outros clubes parecem ainda navegar no mais profundo dos sonos quando o assunto é este em questão.


Barcos disse que, dependendo da proposta, pode deixar o Palmeiras. Meu Papai do céu, cadê o departamento de marketing deste clube numa hora dessas? Façam algo para envolver o torcedor e a imagem deste suposto ídolo. Conquistem o coração de Barcos com uma campanha que demonstre o quanto ele é importante para a nação alviverde. Com a verba arrecadada segura o cara. Aliás, o Palmeiras tem um departamento capaz de pensar nisso?


Me recordo que na época do insultado Belluzzo o clube engatinhou, quando ao menos tentou explorar a imagem de Marcos, Kleber e Valdívia. 


Outro exemplo intolerável mora no Rio de Janeiro, mais precisamente na Gávea. Lembro-me quando estive em Guayaquil, cidade que o Flamengo e Ronaldinho Gaúcho estiveram na Libertadores. Mais de dois mil equatorianos – eu disse DOIS MIL -  foram ao aeroporto para ver o craque.


Uma imagem fortíssima de um ídolo como Ronaldinho certamente gera muita, mas muita receita se bem trabalhada. O Flamengo, dono do maior público do país, não soube aproveitar. Deram uma Ferrari nas mãos de um cego.


Em 2013, quem tem tudo para fazer um belo projeto é o Coritiba, com o produto Alex em mãos. É hora, também, do Fluminense ser mais criativo, assim como o Botafogo foi com Seedorf. 

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Quando a fase é ruim...



Por Luiz Felipe Fogaça

Se muitos acham que não existe fase ruim, que não possa piorar. Os últimos acontecimentos do Palmeiras reforçam essa tese.

Depois de cair novamente para Série B, nada mais poderia abalar os alviverdes. Ledo engano, eis que ao anunciar uma grande reformulação do elenco, o time de Palestra Itália vê dois de seus ídolos em situação delicada.

Marcos Assunção, hoje é indiscutível, no Palmeiras, tanto para os diretores, como para os torcedores. O Volante, ao lado de Henrique e Barcos é um dos pilares da reformulação do Verdão, o exemplo a ser seguido. Comprometido, dedicado, um verdadeiro líder.

O problema começa com Barcos. O pirata, mais novo xodó da torcida palestrina, já deu indícios que quer deixar o clube, em uma grande mostra de ingratidão. O argentino alega que continuar no clube, pode fazer com que perca lugar no selecionado de seu pais. Só devia se lembrar, que em tantos anos de carreira, nunca foi lembrado, só chegou a se destacar, por conta da exposição dada pelo clube, que agora quer largar.

Os times defendidos anteriormente pelo  centroavante, são de grandeza muito inferior ao do Verdão. Tomará que ele pense um pouco melhor e seja grato, ao time que lhe abriu as portas de verdade, no futebol e não largue na primeira oportunidade, mostrando que é diferenciado e não só mais um.

Fora, Barcos, o outro ídolo, que vive tempos difíceis é Valdívia. O chileno foi acusado por Marcos Assunção de fazer corpo mole e de não estar comprometido com o time, acusação essa que fez coro com muitos jogadores, que concordam com seu capitão.

Diferente do hermano, Valdívia, já não conta com apoio dos cartolas e tão pouco da torcida, que não aguenta mais ver o jogador no departamento médico, enquanto Assunção joga a base de infiltrações.

O grande problema é que o meia, hoje não tem mercado e se resolver mesmo se desfazer do jogador, a diretoria deve perder parte do investimento feito, assinando atestado de incompetência.

É quando a fase é ruim, o bicho pega. Boa sorte para o Palmeiras em 2013.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Os fuzilados do Internacional

"...Chora...chora que chorar faz bem..."



Por Felipe Pugliese

Jogadores valiosos, cadeira de técnico vazia e uma torcida cada vez mais desiludida. Sem falar na diretoria, que parece fora de foco. O Internacional viveu uma temporada muito ruim e alguns culpados precisam ser colocados no paredão e fuzilados do futuro colorado.


O primeiro que coloco na mira é já pegou o chapéu e saiu debaixo de lágrimas. Ídolo e vilão ao mesmo tempo: Fernandão. Dominado pela vaidade e desejo de ser técnico, mas sem o mínimo de preparo e conhecimento, o ex-atacante demitiu Dorival Jr. e pegou a prancheta. O resultado foi pífio.


O Inter precisa de um novo técnico para ontem. Mano Menezes ou Abel Braga, não tem como fugir dos dois. Dinheiro não é problema. Um tem potencial em levantar elencos desacreditados e o outro tem identificação, história e coração vermelho e branco.


Renovação tem que ser a palavra certa. Chega de D’ Alessandro, Índio, Kleber e até mesmo Guiñazu. Foi uma geração que venceu, mas precisa dar espaço para um novo elenco ambicioso levar o colorado ao título nacional – um dos únicos objetivos ainda não atingidos. 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A provável volta do Felipão



Por Luiz Felipe Fogaça

Sem a empolgação do Brasileirão, que continua rolando, mas já tem quase tudo definido. O assunto que domina as mesas redondas, da televisão e dos bares, é sobre o novo técnico da Seleção.

Cada um tem sua aposta, sua esperança, seu desejo. A demissão que dividiu a opinião de torcedores e jornalistas, principalmente pelo padrão que Mano parecia enfim dar a ao selecionado ainda ecoa. Entretanto, todos agora só querem saber do que vem por ai e já imaginam o que os nomes poderiam trazer de diferente ao Brasil.

Ao descartar, a contratação de um estrangeiro, no caso Guardiola. Marín sinaliza que não vai romper parâmetros e nem fazer apostas. Sendo assim resta só um nome. O de Luis Felipe Scolari.

Se o nome preferido da cúpula da CBF é o de Felipão, a aposta fica por conta da experiência do treinador e de uma nova formação da vitoriosa “família Scolari”. Se for bem verdade, que o treinador, pouco fez depois do título em 2002, é preciso lembrar, que com um time limitadíssimo ganhou a Copa do Brasil deste ano.

O esquema adotado pelo treinador, pode até estar ultrapassado e na contramão dos principais times e seleções do mundo, mas pode dar certo. 

Diferente da tendência atual, Scolari, não abre mão de um centroavante de origem e assim Fred e Luís Fabiano, ficam animados para jogar mais uma Copa.

Neymar deve jogar aberto pela esquerda, como Luan fez no decorrer do ano no Palmeiras. Pelo meio o treinador deve apostar em um meia clássico, como Gaúcho, Ganso, Zé Roberto. Enquanto mais recuado pela direita Oscar deve fazer papel semelhante ao de Kléberson na campanha do penta, Ramires também pode exercer esse papel.

A dupla de volantes, com certeza deverá contar com dois bons marcadores, um que só faça esse papel, como Ralf ou Lucas Leiva. O corintiano deve levar vantagem, pelo entrosamento com Paulinho, que deve ser o outro.

Analises e especulações a parte, o fato é, que quem vier, terá pouco tempo e muita pressão para evitar um novo Maracanazo.

domingo, 25 de novembro de 2012

GP do Brasil das 1.001 emoções com Vettel tri

Por Gabriel Duque

Homenagem, reconhecimento e emoção na despedida derradeira de Schumacher da Fórmula 1. Adrenalina, agressividade e cautela na largada. Toques nas curvas iniciais e o medo de ficar da prova e perder o título mundial. Queda para o fim do grid, carro danificado, chuva, pista meio molhada e ansiedade para recuperar posições. Reação na corrida até a hora de chegar próximo a rivais complicados. Calma e precaução.

Detritos por todo lado, pneu furado de Rosberg e o safety car entrou na prova juntando toda a galera. Nada decidido. Temor e dúvidas no ar. Traçado secando, água voltou a rolar, decisão errada de parar nos boxes, problemas no rádio e novo perigo de cair para o fundo do pelotão. Essa vinha sendo a tônica da corrida de Sebastian Vettel, que observava de longe a posição de Alonso e a briga dos ponteiros.

Na liderança da corrida e com chances de conseguir uma inédita vitória para a Force India, Nico Hulkenberg se atrapalhou com a pista úmida e perdeu o primeiro lugar para Hamilton. Decepção. Tentativa de retomar a dianteira, acidente com Lewis e punição para o afobado Hulk. Aplausos e desejo de boa sorte a Hamilton em sua volta aos boxes, se despedindo da McLaren.

Sorte também do confiante Alonso, que ganhou dois postos com a confusão. Massa deixou o companheiro passar e Fernando apareceu em 2°. Otimismo ferrarista. Desespero dos taurinos. Tranquilidade foi-se embora e a necessidade de reagir novamente fez Vettel dividir cada curva ferozmente, inclusive jogando Kobayashi para fora da pista. Empolgado, o alemão foi com tudo para cima de Schumi e deixou o heptacampeão na saudade.

Pedaço de carro sai voando. Ele vai aguentar até o fim? Doido para ver a quadriculada, Sebastian não quis saber e desceu o pé no acelerador. O rádio da equipe clamou para Vettel segurar a onda: “relaxa aí, meu. O título é seu”, disse o engenheiro em bom inglês.

Posições se consolidaram e só duas coisas poderiam estragar a festa da Red Bull: uma escapada de Vettel ou um problema com Button. Nem um nem outro. No fim, acidente perigoso. Safety car voltou e enfim Vettel tirou o grito de campeão da garganta. Choro contido no cockpit. Pódio com Button em 1°, Alonso em 2° e Massa em 3°. Felicidade do inglês, cara de frustração e poucos amigos do espanhol e o brasileiro não conteve a emoção e também chorou diante da torcida paulistana. Nos boxes, Sebastian comemorou com o time.

O GP do Brasil do chove e não molha foi o palco perfeito para todas as sensações possíveis. Não tinha melhor maneira de completar uma temporada tão repleta de emoções. Que em 2013 o cenário se repita!

sábado, 24 de novembro de 2012

Vettel x Alonso: pressão total em busca do tri

Por Gabriel Duque

Novo tricampeão mundial de Fórmula 1 e nova despedida do heptacampeão Michael Schumacher das pistas marcam o GP do Brasil, em Interlagos. Dono das conquistas de 2010 e 2011, Sebastian Vettel cresceu na reta final da temporada e, com 13 pontos de vantagem sobre Fernando Alonso, está com o título encaminhado. O espanhol, da Ferrari, campeão em 2005 e 2006, sabe que a vida está complicada e já disse que depende de uma “corrida estranha” para buscar o caneco.

De fato, a chuva tem boas chances de aparecer na prova e é a aposta ferrarista. A ajuda do brasileiro Felipe Massa também será de fundamental importância para Alonso tentar tirar a diferença para o rival alemão. Além das armas na pista e as estratégias dos boxes, o espanhol vai no jogo de palavras provocando e visando desestabilizar Vettel. Fernando, inclusive, não fala das qualidades e virtudes do adversário e só cita o carro da Red Bull como o trunfo do germânico.

Mas quem não tem nada com isso e corre livre, leve e solto é Lewis Hamilton, que já está acertado para pilotar em 2013 pela Mercedes e quer se despedir da McLaren com vitória. E o inglês poderia até estar na luta pelo título caso o carro de sua futura ex-equipe fosse mais confiável e não o deixasse na mão. No entanto, agora lhe resta a última corrida pela escuderia para brilhar diante do público paulistano.

Após liderar os dois primeiros treinos livres na sexta, Lewis manteve o domínio e cravou a pole position em Interlagos. Vettel conseguiu ficar à frente de Alonso no grid e vai largar em 4º. Apesar da pressão de ser favorito à conquista, o alemão só precisa usar a estratégia para se sagrar tricampeão. Sem mostrar bom desempenho na classificação, o espanhol sairá em 8º e terá que ser agressivo para minimizar a posição ruim no grid, podendo se envolver em incidentes na luta para galgar postos.

Mesmo com a disputa restrita a Vettel e Alonso e com momentos de destaque de Hamilton, o campeonato de 2012 foi um dos mais equilibrados da história da F-1 com sete vencedores diferentes nas sete primeiras etapas. Além dos três, Jenson Button, Nico Rosberg, Mark Webber e Pastor Maldonado também subiram ao degrau mais alto do pódio. O Mundial, depois, ainda registrou um triunfo de Kimi Raikkonen.

Dança das cadeiras

A saída de Schumi mexeu bastante com o mercado de pilotos da categoria. Hamilton foi para o lugar do alemão na Mercedes e foi sucedido pelo mexicano Sergio Perez na McLaren. Já a Sauber efetivou Esteban Gutierrez, outro mexicano, trouxe Nico Hulkenberg e acabou se desfazendo do mito japonês Kobayashi. A vaga aberta na Force India é disputada pelos brasileiros Luiz Razia, que vem da GP2, e Bruno Senna, também em negociação para renovar com a Williams.

Os dois pilotos canarinhos e Rubens Barrichello seguem de olho em um posto na Caterham, uma das equipes do fim do grid. O veterano, de 40 anos, tenta voltar à categoria após passar a temporada 2012 na Fórmula Indy e com participações na Stock Car. Porém, por enquanto, o único brasuca confirmado é Felipe Massa na Ferrari.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Por que agora, meu DEUS ???

É o fim...



Por Felipe Pugliese


A imprensa delira e se afoga em gargalhadas. Os corneteiros se alucinam em orgasmo interminável. Existe, claro, aquele que lamenta o final de um planejamento. O fato do dia, da semana, do mês e do ano é um só: Mano Menezes caiu. O gaúcho foi chutado como um cachorro do cargo de treinador do escrete mais glorioso do universo.


O que eu me pergunto é: por que justamente agora? Por que justamente na hora que Mano parecia ter encontrado uma formação? Por que justamente na hora que o treinador foi campeão, em cima da Argentina, jogando na casa dos melindrosos Hermanos? Por que agora, meu DEUS ???


Este que vos escreve sempre defendeu Mano. É impossível montar um time de uma hora para outra. É necessário tempo, o que o técnico da seleção não tem. Agora que Menezes parecia encontrar um padrão. O torcedor começava a pegar o gosto novamente pela coisa. E mandam o cara embora... francamente! 


Três nomes são ventilados. Na verdade quatro. Tite, Felipão. Muricy Ramalho e Abel Braga.
Tite é o mais querido, inclusive por mim. Porém, não serve para o cargo. Precisa de tempo, convívio com atletas, relacionamento com o grupo. Essa foi a força do Corinthians. É trocar seis por meia-dúzia.


Muricy é bom. Não vive grande fase, já que não conseguiu (sem Neymar) fazer o Santos jogar em 2012. Abelão vai pela contramão. É competente, fez uma temporada maravilhosa, mas lhe falta experiência.


Para falar a verdade, caros leitores, a vaga vai cair no colo do Bigode. Felipão é desejado pela torcida e acredito que pelas autoridades envolvidas. Já faz até parte do comitê que organiza 2014. Já está envolvido com a trupe mafiosa.


Vamos nos preparar para um período enjoativo de especulações para o cargo. Seria uma boa deixar nas mãos do povo? Um sonho, mas bem que o título mais importante depois do ocupado por Dilma poderia ser eleito por voto em urna. 

Gol de bicicleta a gente nunca esquece

Por Lucas Bueno


Neste post gostaria de compartilhar com vocês, leitores do Paixão, a ousadia que os europeus andam usando para marcarem seus gols. Depois do gol de "bicicleta-golpe" que o sueco Ibrahimovic fez há duas semanas parece que a bicicleta, esta criada por um brasileiro, o "diamante negro" Leônidas da Silva, tornou-se corriqueira no Velho Continente. 

A bicicleta legítima - à brasileira - o escritor uruguaio Eduardo Galeano descreveu no capítulo sobre Leônidas em seu livro, Futebol ao sol e à sombra. "Leônidas fez muitos gols, que nunca contou. Alguns foram feitos do ar, os pés girando, a cabeça para baixo, de costas para o arco: foi muito hábil nas acrobacias da chilena, que os brasileiros chamam de bicicleta. Os gols de Leônidas eram tão lindos que até o goleiro vencido se levantava para felicitá-lo."


Enquanto a bicicleta do marrento Ibra foi considerada pela televisão britânica como o gol mais bonito do século XXI. Menos né! O zagueirão francês Mexès aprontou a sua e fez de fora da aérea pelo Milan. Golaço! E hoje chegando em casa vejo a seguinte manchete: "Fener avança com gol de bicicleta".


De novo! Não é possível até turco fazendo bonito. Para sermos justos vamos dar o nome do autor.   Bekir Írtegun! Gol este que classificou seu time para a próxima fase da Liga Europa.


Com tantas bicicletas pelo mundo, lembrei-me de um gol que fiz em um Interclasses na 4ª série em Taubaté, interior de São Paulo. Perdemos o jogo por 3 a 2 na semi-final, masmarquei de bicicleta o primeiro tento do meu time após cobrança de lateral do meu amigo Diego (ele pode confirmar essa história). Pena que ninguém filmou esta obra-prima! Independente da "marca" da bicicleta, se é puxeta, pedalando, deitado... A primeira a gente nunca esquece.




quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A saga do Furacão para voltar à Série A



Como a maioria dos grandes clubes, o Atlético-PR, deve fazer sua parte e conseguir voltar à elite do futebol brasileiro um ano após a sua queda.

O acesso não poderia ser mais emocionante. Depois de passar boa parte do torneio sem estar entre os quatro, o Atlético - que vem de dez jogos sem perder - entrou na zona de acesso e atualmente ocupa a terceira posição.

Se é bem verdade que podia já ter garantido a subida, com antecedência na última rodada, agora é jogar suas forças contra seu maior rival. Com 70 pontos, um empate garante o furacão de volta a Série em 2013. 

E o último jogo é justo contra o Paraná, em clássico regional de tirar o fôlego.O Atlético-PR ainda defende invencibilidade de quatro anos contra o tricolor paranaense.

Apostando em atletas experientes, como Luiz Alberto , Manoel, Paulo Baier, mesclado a pratas da casa e estrangeiros por muitos considerados de segundo escalão, o Furacão tem tudo para volta a elite.

Paulo Baier, aliás, o eterno veterano, é ídolo por lá e tem sua escalação pedida pelos torcedores no clássico da última rodada, mas deve começar no banco.

O fato é que ano que vem o time deve estar de volta ao primeiro escalão do futebol brasileiro e os torcedores do clube esperam mais do que modestas colocações, tanto no Brasileiro, como na Copa do Brasil e principalmente o título do Paranaense para terminar com o reinado do Coxa.

Superclássico morno e Mano mira Copa das Confederações

Por Gabriel Duque

Jogo entre Brasil e Argentina na Bombonera, estádio do Boca Juniors. Um prato cheio para um clássico intenso, de rivalidade, cheio de emoção, com jogadores dando a vida por cada bola, em cada dividida, para honrar sua camisa, derrotar seu maior adversário e cavar seu espaço na própria seleção. Certo? Errado. Esse é o cenário que se espera de uma partida dessa magnitude, mas ontem dureza foi passar o tempo todo acordado.

Primeiro tempo foi morno, sem graça, fraco tecnicamente, com times desfigurados. Serviu apenas para ver que Montillo não vive boa fase, Martinez não pode cobrar titularidade no Corinthians e Barcos segue jogando sozinho como no Palmeiras. Ah, Peruzzi, lateral-direito do Vélez, foi um dos melhores em campo. No Brasil, um time apático e desinteressado. Só dois corriam: Durval na zaga e Neymar no ataque. Thiago Neves mostrou que sua convocação realmente não faz sentido.

Mas os hermanos precisavam da vitória para buscar o título e isso tornou a etapa final um pouco melhor. Erro do juiz, nervos se aflorando e um tanto de tensão no fim deixou o duelo menos modorrento. Acabar o clássico nos pênaltis foi a melhor maneira. As cobranças da marca da cal sempre chamam a atenção e trazem uma adrenalina a mais.

No geral, a partida não serviu para nenhuma avaliação da evolução do time de Mano Menezes e o título foi para lá de irrelevante, afinal quando o atual selecionado canarinho disputou torneios de verdade foi eliminado na Copa América e ficou com a prata nas Olimpíadas. A seleção fecha a temporada 2012 e Mano acumula aproveitamento de 68,3% no comando da equipe com 27 vitórias, 6 empates e 7 derrotas em 40 confrontos disputados. Agora o pensamento é na Copa das Confederações de 2013, no Brasil.

Para a competição, vejo o selecionado com 17 convocados definidos, restando apenas seis vagas no grupo. Confira a relação:

Goleiros – Diego Alves, hoje o titular de Mano, e Jefferson, sempre convocado, estão dentro. O terceiro nome fica entre Cavalieri, Victor, Rafael e até Cássio.

Laterais – Daniel Alves e Marcelo são os donos dos flancos e sem nenhuma sombra. A falta de qualidade das opções testadas é grande e eu levaria apenas Adriano de substituto, mas Alex Sandro tem sido peça cativa nas convocações.

Zagueiros – Thiago Silva e David Luiz estão garantidos e Dedé com sua vaga encaminhada apesar de ter caído bem de rendimento. Réver e Castán disputam o último posto, mas vários nomes como Luisão (Benfica) e Alex (PSG) já foram chamados e correm por fora.

Volantes – Ramires e Paulinho formam a dupla titular com Sandro e Arouca como opções. O quarteto está quase assegurado, porém acredito que Mano ainda avalie os retornos de Rômulo e Lucas Leiva, que eram convocados quando sofreram graves lesões.

Meias – Oscar e Kaká são os nomes do momento. Achar outros armadores tem sido tarefa árdua. Mano já convocou 25 atletas para a posição. Thiago Neves e Giuliano, relacionados no último amistoso, não tem lá grande gabarito. Se Ganso voltar a apresentar seu bom futebol e Ronaldinho mantiver o nível, vejo ambos com chances de completar o selecionado nesta função.

Atacantes – Neymar só sai da seleção caso se machuque, Hulk parece ter se encaixado no esquema e Lucas e Damião são os reservas. O quarteto está formado. Fred, Luis Fabiano, Pato e Robinho precisam mostrar muito para roubar uma vaga. Hoje, eu aproveitaria a falta de laterais para levar mais um homem de frente e os goleadores tricolores estariam disputando essa vaguinha.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Rodada da Champions define: City fora e apenas uma vaga para Chelsea ou Juventus


Alô torcedores apaixonados pela bola no Velho Continente,

A quinta jornada da primeira fase da Uefa Champions League veio pra definir quaaase tudo. Restam apenas TRÊS vagas entre os DEZESSEIS finalistas que seguirão na luta pela Taça 'Orelhuda'. Nenhum dos concorrentes se enfrenta diretamente, o que torna as brigas interessantes.

Chelsea ou Juve- Grupo E
Situação difícil do Chelsea, que foi surrado pela Velha Senhora nesta rodada (3 a 0), apesar do fato de enfrentar o Nordsjaelland (QUEM???) em casa. Os Blues têm 7 pontos, contra 9 da Juve e 10 do Shakhtar, e precisam vencer e torcer por uma derrota da Juve, que pega o embalado Shakhtar, na Ucrânia. Regido pelos brasileiros Willian e Fernandinho, o time de Donetsk vem jogando o fino da bola, e inclusive deu aulas ao Prof. Fala Muito sobre o que fazer no Japão. Mas isso é papo pra outra coluna... O fato é que Roberto Di Matteo caiu e o Chelsea já trouxe Rafa Benítez, que estava sem emprego há algum tempo e já perdeu uma final de Mundial de Clubes, para o São Paulo.

Benfica ou Celtic- Grupo G
No grupo do Barcelona, o favorito para ficar com a última vaga é o Celtic, que aprontou a maior surpresa da Liga até agora ao derrotar o próprio Barça por 2 a 0. Repetir o feito dos escoceses é algo que o Benfica dificilmente conseguirá atuando em pleno Camp Nou. Enquanto isso, a empolgada torcida deve empurrar o Celtic pra cima do Spartak e garantir a classificação.

Galatasaray ou Cluj- Grupo H
No grupo que já tem o Manchester United como líder assegurado, os turcos, que têm Felipe Melo, devem ficar com a última vaga, já que enfrentam o Braga, saco de pancadas na brincadeira. Mesmo poupando titulares, os Red Devils devem cumprir seu papel em casa diante do Cluj e garantir a presença do Galatasaray nas Oitavas-de-final.

Classificados
Porto, PSG, Schalke 04, Arsenal, Málaga, Milan, Borussia Dortmund, Real Madrid, Shakhtar, Bayern de Munique, Valencia, Barcelona e Manchester United já estão lá!

Bye, Bye
Vexame mesmo quem deu foi o Manchester City, que já não tem chances e mais uma vez fica pelo caminho na primeira fase da principal competição europeia. De alento, a liderança da Premiership, onde luta pelo bicampeonato. Mas para um time que tem Aguero, Tevez, David Silva, Maicon, Yaya Toure, Kompany Hart, Nasri e vários outros é pouco...

Artilharia
Messi e Cristiano Ronaldo. A eterna briga entre os dois volta pela artilharia da Liga. Ambos dividem o posto com Burak Yilmaz, do Galatasaray, com cinco gols. Em grande forma, os dois principais jogadores do mundo devem travar esta batalha intensamente.

A próxima rodada não deve render muitas emoções, mas os apaixonados pelo mundo todo já anseiam pela próxima fase da Liga dos Campeões! É aguardar pra ver!



O clássico dos clássicos - A oportunidade de mostrar serviço


Independente do sentimento de cada um pela Seleção e da importância do jogo, Hoje teremos o privilégio de assistir o maior clássico do mundo da bola, Argentina x Brasil em plena Buenos Aires, na outrora temida La Bombonera.  Apesar dos diversos confrontos entre nós e nossos hermanos, as duas seleções nunca jogaram no estádio do Boca Jrs, conhecido como um verdadeiro caldeirão, pela altíssima pressão da torcida.

O jogo não é tão amistoso assim, afinal vale o título do Clássico das Américas. Los Hermanos precisam ganhar de um gol de diferença para que a partida vá para os pênaltis, já que o Brasil venceu o primeiro jogo por 2 a 1 - gols de Paulinho e Neymar em território nacional.

A grande surpresa deste jogo serão os tricolores, Diego Cavalieri e Fred , que já mereciam faz tempo a chance e hoje começam o jogo como titulares. Mano vai mudar a característica de seu time e vai atuar com três volantes. Além da dupla de volantes do Corinthians, Paulinho e Ralf, Jean - também do Fluminense - está escalado. Na armação o time contará apenas com Thiago Neves e, na frente, Neymar e Fred.

A mudança na formação se deve em muito, para privilegiar o goleador do Brasileirão, que não era convocado há mais de um ano.

Este jogo pode ser a última e única oportunidade para que alguns jogadores mostrem seu trabalho para o técnico da seleção e conquistem uma vaga no grupo que vai para a Copa das Confederações de 2013 e para a Copa do Mundo de 2014.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Todo dia é dia de negro

Jorge Ben Jor - referência da música nacional



Por Felipe Pugliese


Jorge Ben Jor garantiu certa vez que “todo dia era dia de índio”. Tomo o microfone do carioca e atualizo a afirmação: todo dia é dia de negro.


Não deveríamos celebrar apenas um dia de consciência negra. No Brasil essa é a raça que combustiva o País. Sem o negro não há dança, alegria, trabalho e suor. Não há vida.


Em homenagem à data, montei uma seleção de negros que já vi jogar ou ouvi falar na história recente.  Desde já deixo claro que nasci no final de década 90. Alguns critérios precisam ser explícitos: técnica não é fundamental para estar neste time. E, sim, eu sou o técnico e escalo quem bem entender.


Goleiro: Dida – Frio e calculista. Sempre foi o tipo de goleiro que amedronta o atacante. Ficar cara a cara com a muralha é um pesadelo. Raí que o diga...


Zagueiro I: Odvan –  Sem técnica, mas com muito história no futebol brasileiro. Folclórico, feio, grande e estabanado. Apesar dos pesares foi muito vitorioso e dificilmente será esquecido.


Zagueiro II : Cléber – O famoso Clebão. Ídolo palmeirense e muito técnico. Pelo alto beirava a perfeição, por baixo assustava. Por ser negro todos o temiam, porém parecia ser doce como caramelo.


Lateral-esquerdo: Kleber – Muitos vão contestar, mas contra números não há argumentos no futebol. Há mais de dez anos Kleber é titular de grandes clubes do Brasil: Corinthians, Santos e Inter. Merece vestir a camisa da minha seleção.


Lateral-direito : Amaral – Sim, vou improvisar na direita. Amaral jamais poderia estar no banco. O mundo vai acabar e todos lembrarão de monstro Amaral.


Volante I: Rincón -  Fred Eusébio Rincón foi o maior líder que já presenciei dentro de campo. Mandava e desmandava. Com ele no time tinha que ser muito macho para peitar o negrão. Marcelinha Carioca que o diga...


Volante II : Cesar Sampaio – Pela educação e currículo vitorioso. Sampaio passou pelos maiores do Brasil e sempre demonstrou ser um profissional diferenciado. Teve a imagem manchada com o rebaixamento atual do Palmeiras.


Meia: Zé Roberto – Hoje no Grêmio ele desfila com a mesma classe que desfilou há mais de dez anos pela Portuguesa, quando começou. É um craque e meu time precisa de craques.


Atacante I:  Denner – Não vi jogar, mas não posso deixa-lo de fora. Uma fatalidade impossibilitou que muitos conhecessem esse talento. Rápido e fatal, como uma bala de revólver.


Atacante II: Edílson – O capeta em forma de gol. Genial por onde passou. Ousado e atrevido não tinha medo de ninguém. Gostava mesmo era de humilhar até mesmo o mais bruto e temível zagueiro.



Atacante III: Serginho Chulapa – Precisávamos de um maloqueiro no time. Alguém que bata e apanhe sem carnaval. E ainda por cima tenha tesão pelo gol. Chulapa veste a nove da minha esquadra.



O técnico sou eu mesmo, Felipe Pugliese. Não sou negro, mas quero ser a exceção.  O nome da equipe é Liberdade e o hino: "Um sorriso negro, um abraço negro... traz felicidade...."

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Ganso estreia e rege 62 mil torcedores

Por Lucas Bueno


Domingo ensolarado e com Morumbi lotado. O maior público deste Brasileirão com 62 mil são-paulinos. Todos para verem a estreia de Ganso com a camisa 8 tricolor. Nada poderia atrapalhar o dia de festa, nem mesmo o gol dos pernambucos diminuiu o ânimo da multidão. 

Logo que foi chamado por Ney Franco para entrar aos oito minutos do segundo tempo. Explosão de alegria no estádio! A partir daí só foi festa. O São Paulo empatou, Ganso entrou, Rogério Ceni virou e garantiu a vaga da Libertadores depois de dois anos sem disputá-la. Mas e o P.H Ganso?


Ahhh... O novo ídolo foi aplaudido quando errou, ovacionado quando acertou e tirou um "Uhhh" da garganta dos tricolores quando arrematou um chute por cima do gol. Estava tudo azul para o São Paulo. Consciente, Ganso diz que voltará aos poucos. E é isso mesmo! Ontem, vi um Paulo Henrique com um semblante bem mais feliz se comparado a sua apresentação contra o Cruzeiro. 

Naquela ocasião, parecia ainda preocupado com toda a situação que envolveu sua contratação. A responsabilidade de corresponder aos 24 milhões de reais investidos e ainda machucado, sem previsão de volta. Agora falta jogar e ganhar confiança, porque o dom refinado no toque de bola ele jamais esquecerá.


Só temo pensar até quando a paciência do torcedor tricolor durará se Ganso não começar a jogar bem?! Neste ano, até o artilheiro Luis Fabiano foi vaiado pela torcida. O "maestro" da camisa 8 em forma é jogador de seleção brasileira e ele sabe disso.

Com 100% da força física e com a cabeça boa ajudará muito o São Paulo em 2013, que chegará novamente forte para buscar o quarto título das Américas. 

O maestro chegou! Com uma banda forte e um coral que o ajudará nas apresentações, o cara da batuta só tem uma preocupação: reger mais de dezessete milhões em espetáculos inesquecíveis.

Por mais respeito ao torcedor do Palmeiras



Por Luiz Felipe Fogaça

Uma coisa que todos nós torcedores aprendemos, independente do time que torcemos, é que o SE não entra em campo. Se aquela bola tivesse entrado, se tivéssemos ganhado aquele jogo, se, se, se.  O se pode até confortar em determinadas situações, mas não deve ser o principal motivo NUNCA.

E a desculpa, que a diretoria, o técnico, jogadores e até alguns torcedores, querem dar para a queda do Verdão, não tão ão assim, é a falta de sorte, a arbitragem, razões do acaso. Vale lembrar que é a segunda queda do time em 10 anos.

Um time que com 20 derrotas em 36 jogos, ocupou a zona de rebaixamento, durante 30 destas rodadas, não pode culpar nada, nem ninguém, a não ser sua própria incompetência.

É engraçado ver o presidente Arnaldo Tirone, dizendo que tem sua parcela de responsabilidade, parcela?  

Se o Palmeiras não aprendeu com a primeira queda, tá na hora de mudar o discurso, mudar a atitude e realmente tirar a lição certa de tudo isso.

Tá na hora de levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima, mas fazer isso direito, não como dá ultima vez. Até por que, dificilmente o Palmeiras vai contar com outra geração de jovens promissores, para fazer com que o time suba. Geração aquela, comandada por Vágner Love, que neste último domingo, foi o Vilão, e comemorou como se nada pudesse fazer e realmente não podia.

A mudança precisa ser radical. Aproveitando a eleição, que agora vai contar com processo democrático com a participação dos sócios do clube, realmente mudar e principalmente, jogar junto.

Talvez, jogar junto, seja o primeiro passo. Se os jogadores, correram e fizeram tudo que puderam dentro de suas limitações. O mesmo não pode se dizer dos cartolas. Todos sabem, que a oposição no clube do Parque Antártica, joga contra o time, chega a torcer para o fracasso, só para conseguir chegar ao poder e assim, vão se passando os mandatos, um jogando contra o outro e quem sofre é o verdadeiro torcedor.

Pelo menos por mais respeito ao torcedor, aquele que muitas vezes deixa tudo de lado para acompanhar o clube do coração, aquele que chora, mas que ano seguinte vai apoiar, por mais respeito a eles, os dirigentes palmeirenses tem de se unir, em prol de um sentimento, de uma coisa maior que se chama Palmeiras.

Chega do mesmo, é hora da mudança. Por que planejamento e união, não fazem mal a ninguém.

domingo, 18 de novembro de 2012

Superações e o Hepta brasileiro no Futsal

Por Luiz Felipe Fogaça

A história de superação de Falcão, melhor jogador do mundo em tantas oportunidades, seria o suficiente para nortear, qualquer crônica, qualquer texto, qualquer relato, sobre o sétimo título mundial do Brasil, no Futsal.

No final do jogo, com recorrente humildade, o camisa 12 brasileiro, dedicou a conquista para todos os companheiros, para todos os brasileiros e pouco se importou com a não indicação de seu nome como possível melhor jogador do mundial.

Chega de falar de Falcão, até por que, este assunto já foi abordado com primazia pelo Paixão, eu apenas não poderia deixar de fazer a minha menção.

A final, teve todos os ingredientes de uma decisão. Virada, prorrogação, goleiro linha, gol no final e muita emoção para todo lado.

O jogo começou com muita marcação e com os espanhóis melhores. Com tabelas rápidas, os europeus  envolviam o time brasileiro e por muito pouco não abriram o placar.

No segundo tempo foi à vez do Brasil voltar melhor e iniciar os trabalhos, com Neto. Com o gol, o Brasil foi para cima, mas nãoo conseguiu ampliar e ai entrou em campo o velho ditado, quem não faz toma.

Depois de rebote de Thiago, Torras empatou e deixou tudo igual e para piorar, um minuto depois, Aicardo virou para a Fúria.

Se a virada deixou nossa Seleção perdida, a vontade, a garra e o coração prevaleceram e Falcão, mais uma vez mostrou sua estrela, empatando o jogo.

A Espanha ainda meteu uma bola no travessão, ainda do final do tempo regulamentar. Bola essa que mostrou que o dia era nosso.

Em uma prorrogação com os dois lados se respeitando, o time canarinho teve sua chance em tiro direto, com Rodrigo que saiu do banco para bater, entretanto, o goleiro espanhol brilhou.

Quando tudo se encaminhava para os pênaltis, o cronômetro corria seus segundo derradeiros, Neto, o vilão de outrora, que havia perdido um pênalti  em 2004 contra a própria Espanha, apareceu.

Como mais um capítulo, mais uma história, que só o futebol pode escrever, Neto virou herói. Faltando 19 segundos, o brasileiro fez linda jogada individual e com uma bomba acertou o gol espanhol, fez seu segundo gol no jogo e deu número finais a partida.

Vitoria mais que merecida, para o Brasil, que almoça sorrindo depois deste jogo.  E um viva para o esporte, que nos dá tanta alegria.


sábado, 17 de novembro de 2012

10 anos da Queda!

Por Lucas Bueno

Há uma década o Palmeiras era rebaixado à Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro com uma derrota para o Vitória, por 4 a 3, em Salvador. Na última rodada, o time estava com o mesmo número de pontos, 27, que Paraná, Bahia e Portuguesa, (os dois últimos brigam novamente com o Palmeiras contra o rebaixamento neste ano.) e só dependia de uma vitória para se salvar. 

A escalação em 2002 tinha: Sergio, Arce, Alexandre, César e Rubens Cardoso (campeão mundial com o Inter em 2006). Paulo Assunção (hoje no São Paulo), Flávio, Zinho e Juninho. Muñoz e Itamar. Saíram do banco de reservas: Nenê (atual PSG) e Léo Moura (hoje no Flamengo).


Uma equipe bem superior a que entrará em campo amanhã contra o Flamengo, dez anos e um dia após a queda, para tentar evitar o óbvio. Com inúmeros desfalques, Gilson Kleina deve colocar em campo contra o Flamengo em Volta Redonda: Bruno, Artur, Maurício Ramos, Román e Juninho. Márcio Araújo (Marcos Assunção), Correa, Mazinho e Tiago Real (Patrick Vieira). Maikon Leite e Barcos. 

Em 2002, o Brasileirão era disputado em um único turno com mata-matas na fase decisiva. O Palmeiras perdeu dez jogos, empatou outros nove e venceu apenas seis. Na época, o campeonato era de "tiro curto" e não dava muitas chances para recuperação. 

Com o início dos pontos corridos com turno e returno há mais tempo, 38 jogos, para as equipes reverterem uma situação ruim de começo de torneio. Mas neste ano, o Palmeiras perdeu 20 dos 35 jogos disputados. Incompetente o Brasileirão inteiro!


Contra o Fluminense, no jogo do título dos cariocas, pudemos ver o retrato exato do time no decorrer desse campeonato nos minutos finais em Presidente Prudente. Barcos, o único diferente, tentava salvar sozinho o verdão sem cor. João Denone, Wesley e Correa se arrastavam em campo todos machucados,.O time luta, luta... Mas falta muita qualidade para escapar da Série B. Este 1% que faz o palmeirense acreditar em uma salvação só o faz sofrer ainda mais e adiar o que está sacramentado há muito tempo.

Fazendo um "joguinho" de suposições. Se juntássemos as escalações dos dois Palmeiras teríamos um bom time com Sergio, Léo Moura, Arce, Zinho, Nenê, Barcos... Entretanto, a realidade é bem diferente para os alviverdes que olham para o atual elenco e não enxergam quase ninguém.

E para você, qual time é o "menos ruim" do Palmeiras: o de 2002 ou o de 2012?

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Botafogo - O que acontece com o time do quase?

Por Luiz Felipe Fogaça

“Ainda pior que a convicção do não, é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase. É o quase que incomoda, que entristece, que mata, trazendo tudo que poderia ter sido e não foi”. A citação de Luis Fernando Veríssimo, pode resumir o sentimento de um botafoguense nos últimos anos.


A apatia que toma o semblante dos que amam o time da estrela solitária parece não ter fim. E ano após ano vem piorando. Se não bastasse a tristeza com o próprio Botafogo, os alvinegros ainda têm que ver seus rivais viverem tempos de glória. Até o Flamengo, que quase caiu neste ano, conquistou o Brasileirão recentemente.

Tamanha indiferença é justificável. O time se reforça bem, como fez esse ano com Seedorf e Andrézinho. Se  em algumas posições o elenco deixa a desejar, o primeiro time tem qualidade e é melhor que o Palmeiras que conquistou a Copa do Brasil deste ano, por exemplo.

É bem verdade que existe um abismo de qualidade entre os jogadores de defesa e os do meio e ataque. Fábio Ferreira comandando a zaga é de dar medo em qualquer um, entretanto, ainda assim o time tinha que exercer melhor papel nos campeonatos que disputa.

A diretoria planeja, não interfere, paga em dia, faz tudo o que está ao seu alcance para que a paz reine em General Severiano. Vontade não falta, porém na hora h o time trava, parece que não vai, chega a desaprender a jogar bola.

Fatores psicológicos não podem ser os grandes culpados pela ausência de títulos, ainda mais em um time que se renova.

O que falta? O algo a mais, o brilho no olho, a bola que bate na trave entrar, falta o algo a mais.  Haja superstição para superar o jejum de títulos do clube, que vê o longínquo 1995 como ano de sua última grande conquista, com Túlio maravilha ainda no auge de sua forma. 

O cenário pinta como um dèjá vu na cabeça dos botafoguenses, que veem o time contratando, começando bem, botam esperança que esse ano vai, esse ano ninguém segura, mas as esperanças se esvaem e caem por terra abaixo.

Qual a solução? Essa pergunta incomoda os cartolas e torcedores, que não veem a hora de voltar a gritar campeão. Talvez a aposta em um técnico novo para evitar mais do mesmo. Chega de Caio Junior, Oswaldo - chega até do bom Cuca. A aposta em novos valores, principalmente na zaga, para mesclar com os medalhões e bons jogadores do time, podem trazer bom resultado. 

Enquanto não encontra a solução, o torcedor do time da estrela solitária continua saudoso, se lembrando dos tempos de glória, procurando um novo Garrincha,  um novo Túlio, e novas superstições. Esperando em breve retomar o caminho da glória.

Tênis volta a ter equilíbrio com “quarteto de ouro”

Por Gabriel Duque

2003 foi o último grande ano para o tênis em termos de equilíbrio, com Lleyton Hewitt, Andy Roddick, Andre Agassi e Juan Carlos Ferrero se revezando na liderança do ranking mundial. Além deles, Roger Federer começava a ganhar títulos de expressão, conquistando seu primeiro Grand Slam, em Wimbledon, e o brasileiro Gustavo Kuerten teve seu último ano em bom nível.

De lá para cá, foram fases de domínio. Teve o período comandado por Federer, depois Rafael Nadal aprendeu a derrotá-lo e roubou seu posto e, em 2011, um monstro chamado Novak Djokovic surgiu e desbancou os dois. Mas, neste ano, o cenário mudou de vez. Os três tiveram seus momentos de brilho e um quarto atleta se juntou a este seleto grupo.

O sérvio iniciou 2012 dando a impressão de que repetiria o grande desempenho da temporada anterior e levou o Aberto da Austrália em uma das finais mais emocionantes que já acompanhei, com direito a incríveis jogadas de Djoko e Nadal durante 5h53min. Sem se abater com o revés, o incansável espanhol veio quebrando recordes no saibro e faturando mais uma vez Roland Garros. Infelizmente, uma grave lesão no joelho fez Rafa perder o segundo semestre inteiro.

Brecha aberta para o rei Federer ressurgir aos 31 anos, mostrar toda sua técnica, simplicidade e qualidade para executar os golpes. O suíço faturou o caneco em Wimbledon e ficou com a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres ao ser derrotado por Andy Murray em uma belíssima final. O inglês, questionado por suas falhas em momentos decisivos, ganhou o improvável ouro em casa, embalou e conquistou também o US Open.

No entanto, no último torneio Masters 1.000 do ano, todos os três favoritos caíram. Então, o raçudo espanhol David Ferrer apareceu e conseguiu um belo título, o seu primeiro num torneio deste nível. Depois de tantas variações, 2012 terminou como começou e Djokovic, com uma campanha invicta, conquistou o ATP Finals, em Londres.

Resta ainda, neste fim de semana, a decisão da Copa Davis entre a Espanha, desfalcada de Rafael Nadal, mas com Ferrer e Nicolás Almagro, e a República Tcheca, de Tomas Berdych e Radek Stepanek. Apesar das partidas serem disputadas em Praga, a Fúria leva pequena vantagem pelo retrospecto recente, já que tem três títulos nos últimos quatro anos.

Contudo, quem vai receber o presente de fim de ano será o Brasil com duas exibições de tirar o fôlego. Djokovic vai enfrentar Guga, neste sábado, no Rio de Janeiro, e ainda irá jogar uma partida de futebol. Já Federer virá a São Paulo em dezembro, entre os dias 6 e 9, para encarar o brasileiro Thomaz Bellucci, o francês Tsonga e Ferrer. Hora de aproveitar e curtir as raras presenças de ídolos do esporte mundial em nosso país.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A Seleção e a indiferença de seu povo

Neymar faz golaço, mas é pênalti perdido que repercute
Por Tuca Veiga

Não adianta, o brasileiro ama mesmo é o seu time de futebol. Não é por um acaso que este blog chama Paixão Clubística, afinal, raros são os torcedores que opinam deixando o amor pelas cores de suas equipes de lado. A Seleção, invariavelmente, fica de lado no coração do torcedor. Mas nem sempre foi assim.

Faltando um ano e meio para a Copa, o time canarinho tem o desafio de cativar a nação e fazer com que o povo brasileiro jogue junto em 2014. Neymar, com sua categoria e carisma, poderia ser o ídolo que Mano precisa, mas por jogar aqui e entortar as defesas Brasil afora, muitos torcem para que a Joia não obtenha sucesso. Que besteira.

Torço por Neymar, torço pela Seleção e há anos penso que o principal adversário de nossa equipe na Copa será a sua torcida. Seja pela pressão de se vencer uma competição em casa, seja pela impaciência do torcedor que não pensa duas vezes antes de chiar quando as coisas vão mal, seja pela paixão clubística que impede muitos de vibrar com o nosso escrete.

Li muitas pessoas esculachando e, de certa forma, até vibrando com o pênalti perdido por Neymar contra a Colômbia. Confesso que não consigo entender. Em um jogo tão importante para a construção desta equipe, onde tivemos mais chances na primeira etapa, tomamos um gol e por pouco não viramos, era de se esperar que o povo brasileiro vibrasse e se envolvesse um bocado. Doce ilusão.

Sentado no sofá de minha casa, cheguei a gritar gol no lance de empate – uma bela jogada da estrela da companhia. Antes, no intervalo, me peguei com aquele gosto de frustração, mas com a inquietação de quem não vê a hora do jogo recomeçar para correr atrás do prejuízo. Em suma, torci pela Seleção como torço pelas cores de meu time. Não posso nem pedir, tampouco fazer com que outras pessoas curtam a Seleção, mas não consigo entender o que faz o pessoal torcer contra e não apoiar um time que, se pegar no breu, pode sim brigar pela sexta estrela.
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