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terça-feira, 23 de julho de 2013

O Pesadelo que insiste em não acabar




Por Luiz Felipe Fogaça

O jejum de títulos é o menor dos problemas, até por que no final do ano passado o São Paulo ganhou um daqueles títulos sem valor que sempre servem para  esquentar as discussões na mesa do bar e serem comemorados pelos fanáticos.

Até o começo do ano, para não irmos mais além, era impossível quem colocasse o São Paulo como ameaçado pelo rebaixamento. Pelo contrário, o time era considerado até favorito, com Ganso, Luis Fabiano, Lúcio, Jadson, Osvaldo.

Pouco mais de seis meses se passaram e o pesadelo parece não ter fim. Diretor correndo de carro em dia de jogo decisivo, churrasco pra comemorar sabe lá Deus o que um dia depois de chegar a maior série de derrotas da história do clube, jogadores descompromissados que não rendem e brigam entre si. E um monarca inatingível, que deve reeleger sua chapa no comando.

O time foi na contramão de tudo que dizia ser e ostentava, subiu para cabeça, o pensamento de que a estrutura funciona por si só reflete diretamente em campo, quando vemos segundo tempos pífios, sem físico nenhum, constantes contusões, zero poder de reação.

Paralelo a isso o ex-preparador físico faz o time do Atlético-MG voar em campo e Rosan e Turíbio seguem como os melhores nomes em recuperação de atletas e fisioterapia.

A máquina não vai bem e não existe luz no fim do túnel, por hora é pedir a Deus que os bons nomes que existem no elenco joguem o que podem e comecem a ganhar para tirar o time dessa incomoda posição.

Uma ligação muito mal explicada entre torcida e clube, basta ver a nota oficial da torcida sendo disparada pelo clube para todos os integrantes do projeto sócio-torcedor.

O  fim parece óbvio, resta torcer para que o meio seja modificado para que não cheguemos no trágico e anunciado rebaixamento.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

A Série B de Brasileirão

Cesar Greco/Fotoarena
Por Alessandro Lefevre

Para Ari, o sábado sempre foi o melhor dia para ver futebol.

Agora, com o time na Segundona, nem um pênalti desperdiçado no comecinho do jogo era problema. 

Ari sabia que o Palmeiras era melhor do que o Figueirense. 

Mas foi sofrido. A equipe catarinense foi quem abriu o placar.

A virada veio só no segundo tempo. Só que a campainha resolveu tocar.

Cada passo adiante deixava o volume da TV mais baixo.

Ele olha através do olho-mágico, abre a porta e resmunga: "Oi, Zuzu".

"Não vai me dar nem um beijo, Ari?"

Ari só tinha TV no quarto. Da entrada do apartamento mal dava para ouvir o narrador.

"É que, é que... o Palestra tá jogando." Ele dá logo o beijo. No rosto. Para não ter perigo de demora.

"É assim que você me recebe, Ari?! Contra quem o Palmeiras tá jogando?"

"Figueirense. Jogo importante. Jogo de seis pontos."

Quando o casal chega ao quarto, ela fica inconformada. "Dá para você me dar atenção? Tomara que o Figueirense marque um gol."

Nem bem Zuzu tinha terminado de falar e Milton Leite já gritava. "Gooooollll".

Como se não bastasse, o tento de empate era de um ex-palmeirense.

"Porra! Justo do Ricardo Bueno? Você dá muito azar. Vai dar azar assim na puta que o pariu."

Se não fosse um certo mago chileno marcar o gol da vitória no finzinho, teríamos mais um conto com final na delegacia... Como manda a cartilha do mestre Nelson Rodrigues.
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