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sexta-feira, 11 de maio de 2012

A vitória que esconde muita coisa




Por Luiz Felipe Fogaça

Confesso que não ia escrever esse texto, mas as discussões sobre o jogo com amigos, inclusive alguns que não torcem para o São Paulo, me fizeram perder a preguiça e cá estou.

O jogo de ontem, contra a Ponte Preta foi vencido na base da superação e da sorte, ou falha do outro time, chame como quiser. Eu sei que esse fator, faz parte de qualquer jogo de futebol, mas não dá para vencer sempre apostando em superação, abafa e sorte.

Em minha opinião, o São Paulo tem o melhor time dessa Copa do Brasil, desde o principio do torneio e não falo isso por que torço pelo time e sim por que realmente acho. 

Vamos ao que realmente interessa os problemas. Problemas esses, que com a classificação, parece que sumiriam, mas estão ali, prontos para aparecer, no menor sinal de fumaça. É óbvio que o triunfo e a vaga fizeram com que eles ficassem menos visíveis, fossem mascarados digamos assim.

O que acontece, é que o Tricolor não tem um padrão tático, é um amontoado de jogadores, que não se posicionam, correm atrás da bola para marcar e atacam todos de uma vez, desordenadamente, o que em algumas horas dá resultado. Os excessivos gols tomados em escanteios e bolas aéreas provam o mau posicionamento da equipe, que parece mal instruída por seu treinador, que ainda assim tem grande aproveitamento de pontos a frente do São Paulo, mas será que com outro não teria ainda mais. 

Leão é vaidoso e não me parece o melhor para dar padrão a um time, por que isso o São Paulo não tem.  Sem contar que por birra ou vaidade, cisma e queima alguns jogadores, como Jadson, que se para muitos ainda não rendeu o esperado é quem muda o meio de campo, faz o time girar a bola,  a melhor bola parada, quem mais dá assistência, fica claro, que sem ele perde-se muito no meio, ele TEM que ser titular.

Outra questão a se levantar é a da diretoria, que de um tempo pra cá, passou de referência no cenário nacional à ultrapassada. Sim, ultrapassada. A começar por Juvenal que manda e desmanda no clube sem oposição forte e contra a justiça que não reconhece seu novo mandato.

O mandatário Tricolor, que se intromete sim toda hora, aprova contratações sem o mínimo critério, joga para torcida. O esforçado Adalberto Baptista sofre sem experiência no cargo de maior importância, o de diretor de futebol, sofre a ponto de não saber quem contratou Paulo Miranda. Enquanto isso,  desesperados, os dirigentes vão errando e atropelando a tudo e a todos, a ponto de fazer o que fizeram com o zagueiro acima citado.

Assim, sem falar a mesma língua, aos trancos e barrancos, time, técnico e diretoria, vão indo, até quando? Não sei, mas nada será surpresa, longe de mim cornetar e secar, por que o time é bom sim e só foi eliminado do Paulista pelo Santos.
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