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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Um fim de ano justo ao Coxa !


 No domingo a festa pode ser muito maior, a Libertadores está em jogo

Por Fábio Votu

2011 tem sido um ano diferente e especial para o torcedor Coxa-Branca. A possível vaga na Libertadores, que estará garantida caso o time vença o rival Atlético Paranaense no próximo domingo, é um prêmio mais do que justo para um time que brilhou e fez história em 2011.
O ano começou animador, no primeiro jogo do campeonato Paranaense, no dia 3 de fevereiro, 5 a 0 contra o Iraty. Até aí tudo bem. Agora ninguém, nem os mais otimistas torcedores, esperavam que essa vitória abriria uma sequência invicta e histórica de outras 23 que viriam até o dia 5 de maio. Foram 24 vitórias consecutivas, com jogos que deixaram muito time grande de boca aberta, como o 6 x 0 em cima do Palmeiras pela Copa do Brasil. A sequência do Coxa ganhou o mundo e foi registrada no livro dos recordes como a maior ininterrupta entre clubes de futebol.
Fazendo história e se tornando destaque na mídia esportiva nacional, o Coxa foi Campeão Paranaense de 2011 e finalista da Copa do Brasil. Tinha tudo para ter sido campeão do torneio. Não foi, perdeu para o bom time vascaíno e amargou um vice-campeonato. Mais do que isso, não conseguiu a tão desejada vaga da Libertadores que estava tão próxima.
Após um primeiro semestre excelente, o Coxa começou a disputa do Brasileirão com o apoio da torcida que já depositava enorme confiança no time. Mas o inicio foi árduo. No primeiro jogo, estreia em casa, e derrota para o Atlético Goianiense por 1 a 0. Assim o Coritiba foi tropeçando no começo do Brasileirão e perdendo pontos preciosos. Ao decorrer da competição, o Coxa sempre se manteve em uma zona intermediária, não encostava nos líderes, e ao mesmo tempo se mantinha longe da zona de rebaixamento.
Assim foi indo, quietinho, cumprindo seu papel sem se preocupar muito com contas e previsões. E não é que a receita do "fazendo minha parte" deu certo. Faltando uma rodada para o final do Brasileirão o Coxa chegou. Está em quinto e só depende dele na última rodada para voltar a Libertadores, competição que não disputa desde 2004. Contou com a sorte também é verdade, afinal Figuerense, Botafogo, São Paulo e Internacional, que eram concorrentes diretos a vaga da Libertadores, perderam na última rodada.  Mas a competência do Coritiba é inquestionável.
Eficiência que pode ser resumida nas últimas 6 partidas da equipe: 5 vitórias e apenas  1 derrota. Média de 2,5 pontos conquistados por jogos, justamente na reta final, na mais complicada e difícil fase do campeonato. O Coxa chegou de repente no G5, mas por méritos, tem a terceira melhor defesa e ataque da competição, além do mesmo saldo de gols (17) dos candidatos ao título desta edição, Corinthians e Vasco.
O técnico Marcelo Oliveira até chegou a jogar a toalha após a derrota para o Fluminense a 9 rodadas atrás. Disse que a Libertadores não daria mais. Errou, a Libertadores dá sim. Fazendo o que muita gente deveria fazer, "cuidando da própria vida", o Coxa chega a última rodada do Brasileirão com um privilégio, pode voltar a Libertadores e ao mesmo tempo rebaixar seu maior rival, o Atlético Paranaense. Que jogo! É acompanhar domingo na Arena da Baixada o desfecho do futebol paranaense em 2011!

Futebol e superstição são como unha e carne

Precavida, torcida corintiana manda zica para longe
Por Tuca Veiga

Não me venha com aquele papo batido que “se macumba ganhasse jogo, o campeonato baiano terminava empatado”, pois torcedor que é torcedor, faz mandinga sim senhor.
Tem quem acenda vela, quem assista ao jogo sempre com a mesma roupa, quem fique só no mesmo lugar, quem não goste da companhia de um amigo pé frio. Tem superstição para tudo quanto é gosto.
Me recordo de quando o Corinthians ganhou de virada do Palmeiras, no Brasileirão de 2005, por 3 a 1. No gol da virada, reparei que um tênis estava amarrado e o outro não. Não deu outra: passei dois anos indo aos jogos somente com um tênis amarrado.
Quem frequenta os estádios em São Paulo sabe muito bem qual é o principal mandamento da arquibancada. “Não grita gol antes da bola entrar”, avisam os mais cautelosos quando há um escanteio ou uma falta perigosa.
“Porra, não grita gol”, reclamam os que têm certeza que a bola não entrou por conta do maldito ao lado, que deixou escapar o grito de gol precocemente. Lá em casa, adicionamos o “bela bola” a essa categoria. É só falar “bela bola” antes do passe estar completo que ele fica longo, curto ou o cara erra o domínio.
Teve um tempo que a famosa música “aaai aai ai ai, tá chegando a hora” começou a causar arrepios ao torcedor corintiano. Quem estava no primeiro jogo da final contra o Sport sabe muito bem do que estou falando. O jogo estava 3 a 0. Mão na taça. Quem será o zica que puxou essa música?
Zicar, aliás, também faz parte do manual de conduta do bom torcedor. Falta, escanteio, pressão do adversário, tudo é motivo para zicar o ataque adversário. Ou afastar a zica pra lá. Cada um interpreta do seu jeito. Jogos contra bons batedores de falta são duros. O braço fica até doendo ao final.
Mas falei isso tudo, caro leitor do Paixão, para falar de uma certeza que tenho. Na minha modesta opinião, o Vasco só salvou o primeiro ‘match point’, neste domingo, por conta da faixa de campeão aberta no Orlando Scarpelli. Cá entre nós, tem algo mais pé frio do que gritar ‘é campeão’ antes da hora?
Convido os leitores a escreverem, também, sobre as suas superstições.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

E essa agora do Ronaldo?


Por Luiz Felipe Fogaça

Ronaldo Luís Nazário de Lima, natural de Bento Ribeiro, Rio de Janeiro, um dos maiores, senão o maior jogador de futebol que eu já vi atuar, nem o fato de ter jogado no Corinthians diminui o apreço que tenho pelo Fenômeno.

Com história impressionante de superação, o maior artilheiro de Copas do Mundo cativou um a um dos brasileiros, dos italianos, dos espanhóis, de todos os cidadãos do mundo. Capaz de ser adorado por torcidas de times rivais, como é o caso de Real Madrid e Barcelona ou Inter e Milan.

Se dispensa apresentações e é conhecido por todos, Ronaldo que é embaixador da ONU, fez o maior gol contra de sua carreira, aceitou se unir a Ricardo Teixeira, com quem teve sérias desavenças e aceitou ser o chefe do Comitê Organizador da Copa.

Clubismos e teorias das conspirações a parte, 9 a cada 10 brasileiros, querem Teixeira fora da CBF, quem sou eu para julgar alguém, mas todos sabem do que Teixeira é capaz. Ronaldo não podia ter feito isso, com o povo que o ama, que o acolhe, que o respeita.

Tomara, eu esteja errado, e Ronaldo tenha vindo para mudar as coisas, vou dar o benefício da dúvida, mas está difícil de acreditar. Uma pena!

Prefiro ficar com essa imagem:

Futebol britânico de luto

Tinha acabado de chegar em Londres após quatro dias em Paris quando percebi que o futebol britânico estava de luto. Dos jornais expostos numa banca do aeroporto, quase todos traziam a foto de Gary Speed, ex-jogador que estava no comando da seleção de País de Gales e que foi encontrado morto em sua casa no domingo de manhã.

Já no trem a caminho do centro, peguei um jornal que estava em um dos bancos para ver o que tinha acontecido. Confesso que não conhecia a carreira de Speed, mas, pelas homenagens que ele tem recebido aqui no Reino Unido, não há dúvidas de que foi um nome importante para o esporte.

Não pelas conquistas, nem por ter atuado em grandes times. Como jogador, Speed atuou no Leeds United, no Everton, no Newcastle United, no Bolton Wanderers e no Sheffield United - todos clubes tradicionais, mas de menor expressão em relação a títulos. Sua principal conquista foi a taça da Copa da Liga Inglesa, em 1996, com o Leeds.

Sua principal virtude, pelo o que pude apurar, foi seu caráter. Era um cara boa praça, bem visto pela grande maioria das pessoas que trabalharam com ele e para ele. Foi também um volante de qualidade (marcou 103 gols em 677 partidas), tendo batido o recorde de atuações na Premier League, com 535 jogos (essa marca já foi superada pelo goleiro David James, hoje no Bristol City).

Sobre as circunstâncias da morte, ainda me parece cedo para alguma certeza. A polícia trabalha com a hipótese de suicídio, já que não foi encontrada nenhuma evidência de assassinato. Se confirmado o suicídio, o caso se tornará ainda mais emblemático.

Casado e com dois filhos, Speed, que tinha 42 anos, parecia entusiasmado com a recente carreira de treinador. No sábado, havia participado de uma mesa redonda na BBC, onde se mostrou otimista com o objetivo de classificar a seleção de País de Gales para a Copa do Mundo de 2014.

Jogadores, treinadores, torcedores e comentaristas se mostraram surpresos com a morte de Speed. Ninguém parecia saber o que realmente se passava com o treinador. Talvez agora apareçam algumas verdades sobre ele que o mundo da bola não teve sensibilidade de enxergar. De qualquer maneira, aqui vai um vídeo com alguns lances de Gary Speed.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Hoje sim, hoje sim... Ainda Não!

Por Lucas Bueno

Esse domingo de futebol não foi um simples domingo de futebol. Não foi preciso acordar pela manhã para saciar um pouco da nossa ansiedade vendo um clássico inglês ou uma partida do campeonato italiano. Aqui pelas terras tupiniquins era dia de decisão. E para uma data como essa montei uma "verdadeira" redação na sala. 

Televisão programada para os jogos: Figueirense x Corinthians e Fluminense x Vasco. Computador logado nos sites esportivos, além dos meus ouvidos estarem antenados a três quadras de casa, no estádio do Pacaembu para Palmeiras x São Paulo. Parafernália toda pronta e, conforme o tempo passava, a voz de Galvão Bueno e o chato GP Brasil de F-1 faziam-me querer, como nunca, mais futebol.

Nenhum torcedor se manifestou efusivamente nos primeiros quarenta e cinco minutos das três partidas. A tensão e a enorme expectativa calavam todos em frente aos televisores. Até que se iniciaram as segundas etapas e a tônica deste Brasileirão 2011 surgiu: o improvável.


No Orlando Scarpelli, Alex que havia entrado há pouco (e já deveria estar entre os onze desde o começo) fez bela jogada pela esquerda e cruzou na cabeça de Liedson, o cara decisivo do Timão, para fazer 1 a 0 nos catarinenses. O que era marasmo se transformou em alucinação. Rojões, risadas, gritos de 'é campeão' surgiram como uma avalanche. O Corinthians estava sendo pentacampeão nacional. Estava, porque Alecsandro, o tão criticado atacante do Vasco entrou e fez o seu, lá no Engenhão.

Aquela alucinação toda com o gol de Liedson dobrou de proporção com o tento vascaíno, todos os anti-corintianos se unindo para tirar uma casquinha do rival. O grito de 'é campeão' entalou por um momento  na glote alvi-negra. Momentaneamente, porque Fred desencantou novamente, empatando no Rio. Uma mistura de felicidade corintiana com vontade de acabar com a alegria dos rivais tomou conta das ruas.

Aí é que o inusitado dá as caras... o Timão vence o Figueira e a torcida grita nas arquibancadas, É Campeão! Porém, os jogadores não comemoram dentro do gramado, premeditam algo no Engenhão e pela mágica do futebol é isso mesmo que acontece. Bernardo faz aos 45 do segundo tempo e não deixa a nau cruz-maltina afundar de vez. Ele senta perto dos torcedores e chora, parece não acreditar no que acontece, nem ninguém acredita. Ainda temos campeonato brasileiro domingo que vem! Quem não crê mesmo é o bando de loucos que cravara em vão que tudo estava resolvido pela segunda vez no dia.


 O campeonato não merecia ser definido na primeira oportunidade real que teve o líder. Independentemente do resultado, em um Brasileirão em que São Paulo, Flamengo, Fluminense, Botafogo e Inter não quiseram o título, Corinthians e Vasco querem e muito. Na última rodada, a esperança, como muitos estão dizendo, não é verde e nem rubro-negra, ela atende por: Liedson, Dedé, Alex, Juninho Pernambucano, Paulinho, Felipe...

PS: assim como ontem, não tinha como não se empolgar com a disputa pela taça. Então o choque rei, nesse cenário de decisão, ficou de lado. Palmeiras 1 a 0 no São Paulo, com méritos.

Domingo alviverde no Paca

M. Assunção fez o palmeirense vibrar. Bernardo, do Vasco, também
Por Alessandro Lefevre

O domingo começou com um almoço em família, Fórmula 1 e duas cervejas belgas.

Mas o destino era mesmo o estádio do Pacaembu.

Palmeiras e São Paulo fizeram um clássico equilibrado, com leva vantagem alviverde.

Em um primeiro tempo com dois lances claros de gol pra cada lado, as bolas acabaram morrendo na trave.

Já o segundo tempo foi todo do Verdão, com gol de falta de Marcos Assunção.

Após isso, a torcida palmeirense já se preocupava com os outros jogos da rodada.

O placar eletrônico do Paca anunciou gol do Corinthians no Orlando Scarpelli. Tensão.

Logo depois, gol do Vasco. Festa no Pacaembu. As duas torcidas comemoraram juntas.

Foi como se o Brasil tivesse conquistado o hexa.

Mas o Flu empatou no Engenhão e silenciou a massa do outro lado da Dutra. Tensão.

Apita o árbitro. É Fim de jogo no Paca. Palmeiras 1 x 0 SPFC.

O Tricolor agora precisa de um milagre pra jogar a Libertadores do ano que vem.

Apesar da vitória sobre o rival, os torcedores do Verdão saíam tristonhos do estádio.

Era como se um parente tivesse morrido.

Mas a partida no Rio de Janeiro ainda rolava.

E nos acréscimos...

Alguém grita no Pacaembu: "É gooooolllll do Vasco!!!".

Provavelmente o grito mais alto que aquele sujeito deu na vida.

Festa no Pacaembu. Quase 20 mil torcedores gritando gol sem parar.

Torcedores voltavam às arquibancadas para vibrar.

Comemoração parecida só quando o Palmeiras venceu a Libertadores em 99.

Foi sofrido. Foi depois do apito final.

Parecia anunciado. E já tão dizendo por aí que, domingo, o Palmeiras é Brasil.

sábado, 26 de novembro de 2011

Ei cabra, o Ixpóóórti voltou, vissi?


Por Felipe Pugliese

Portuguesa, Ponte Preta, Náutico e Sport. Quatro clubes e um objetivo alcançado: a Série A do Campeonato Brasileiro. Para os três primeiros, a ressaca pela comemoração já passou, afinal o acesso veio há algum tempo. Já para o torcedor do Leão da Ilha o porre está só começando. “Ei cabra, o Ixpóóórti voltou, vissi?”.

Recife, uma cidade folclórica e apaixonada pelo futebol, merecia ter um time de volta à elite do futebol brasileiro. De cara veio logo dois, sem falar que o Santinha também mostrou suas caras em 2011. Posso imaginar a torcida do Sport tomando as ruas de Olinda, Boa Viagem, ou qualquer outro local, mostrando quem é a verdadeira “turma da furzaca”.

Ah, arretado leitor do Paixão Clubística, neste sábado até os esquimós do Alasca gostariam de torcer para o Sport e morar em Recife.

Bruno Mineiro é o nome que fez grande parte de Recife vibrar. Autor do gol diante do Vila Nova, o jogador de hoje em diante tem que ser chamado de Bruno Pernambucano. Todavia, o grande herói atende pelo nome, ou melhor, pelo apelido de Magrão.

Um goleiro que tem a cara e o coração do Sport. Sabe o que é ser campeão da Copa do Brasil, mas também sabe o que é ser rebaixado. E neste acesso lá está novamente seu nome cravado na história do clube. Tenho certeza que se perguntarem ao arqueiro: “você ama mais o Sport ou a si mesmo?”, ele fica na dúvida.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Mata ou Morre!

Por Lucas Bueno

Nesta reta final de Brasileirão, todas as equipes que brigam por algo: seja título, Libertadores ou zona de rebaixamento, duelam entre si. O campeonato poderá ser decidido no domingo. Corinthianos, vascaínos e tricolores cariocas vivenciam uma tensão boa pré-rodada. Já cruzeirenses e cearenses...

O Cruzeiro, no dia 13 de abril, veja só caro leitor, deste mesmo 2011, classificou-se às oitavas de finais da Libertadores como o melhor time da competição. Era a sensação do primeiro semestre, candidatíssimo ao triunfo continental e nacional. Só que a alegria promissora na temporada durou até a eliminação, em casa, para o Once Caldas ainda pelas oitavas.

Pelo lado nordestino, a história até aqui se assemelha e muito com a dos mineiros. Em maio, ganhou do Flamengo de Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves, em pleno Rio e avançou às semi-finais da Copa do Brasil, em Fortaleza, para enfrentar o Coritiba. Com todas as fichas apostadas nessa competição, o Vozão ficou sem rumo após ser eliminado pelo Coxa, na sequência do torneio.


Vozão na elite?

Após esses revezes, Cruzeiro e Ceará rolam juntos ladeira abaixo rumo ao precipício. Porém, neste domingo, apenas um sobreviverá. Vozão e Raposa guerrearão no Castelão. O Cruzeiro ganhando rebaixa os cearenses e se livra da degola. Vitória do Ceará praticamente coloca o time mineiro na segunda divisão. O empate ainda favorece os mineiros, mesmo eles tendo um clássico para decidir sua vida contra o maior rival, o Atlético-MG, na última rodada.

Os apaixonados torcedores cearenses e cruzeirenses, durante toda essa semana, devem estar desconversando ou fugindo dos assuntos envolvendo futebol. A tensão, o frio na barriga e o aperto no coração quando pensam que algo de pior pode acontecer com o timedo peito é horrível e recorrente. E esses pensamentos sempre vagam pelas mentes nesses momentos de desespero. Mas, o domingo chega e não tem mais pra onde correr. Não come-se direito, usa-se o banheiro umas desesseis vezes durante o jogo e quando marca-se um gol a euforia é enorme, como nunca fora antes. Choro, rouquidão e alegria se misturam sem distinção.

Ou o mar azul vai voltar a ser grande?

Nessas ocasiões, quando só a vitória nos interessa e estamos ganhando o jogo, o adversário pressiona sem cessar. Unhas não existem mais, controle está mordido, almofadas espalhadas pela sala. Faltando dez minutos para o término da partida não conseguimos mais vê-la. Mudamos o canal da televisão a todo momento, para que o tempo passe mais rápido. Mas ele teima em passar como a areia de uma ampulheta, leentaaameente. Voltamos a ver "direito" o jogo faltando trinta segundos para acabar. Queremos mesmo é ver o árbitro levantar os braços e nos despertar de um pesadelo que já dura seis meses. O êxtase é imenso! Não sentimos nossos pés no chão, flutuamos em estado de graça.

Esse é o lado bom da conquista. Mineiros e Cearenses, penso apenas positivamente, porque infelizmente já conhecemos as consequências do negativo, vide São Januário em 2008 e Couto Pereira em 2009, quando torcedores perdem a razão e agem como suicidas ou bárbaros com o descenso dos seus times. Então, para Ceará x Cruzeiro, será Matar ou Morrer!

Massa, Senna e Barrichello não vão ao pódio em Interlagos

Melancolia: brasileiros não vão ao pódio
Por Alessandro Lefevre

Os motores roncaram nesta sexta-feira pela primeira vez em Interlagos. A Fórmula 1 chegou, mas não trouxe novidades. 

Não teremos nenhum brasileiro disputando as primeiras posições. 

Se a previsão se confirmar, esta será apenas a quinta vez desde 1970, quando Emerson Fitipaldi estreou na F1, que um brasileiro não terminará uma prova entre os três primeiros durante toda uma temporada.

Com uma desbotada Ferrari vermelha, Felipe Massa foi o melhor brasileiro. Ele fez o quinto melhor tempo pela manhã e o sexto à tarde.

Bruno Senna, da Lotus, está longe de se parecer com o tio. Talvez porque atualmente ter um bom carro é fundamental para o desempenho do piloto.  

Os resultados de Bruno nos treinos livres não são sequer dignos de nota.  

Mesmo assim, como disse neste post, Senna é a esperança verde e amarela na categoria.

A torcida é para que ele renove o contrato com a Lotus e faça uma temporada desde o começo no ano que vem.

E o Rubinho, heim?! Barrichello é um ex-piloto em atividade. E ponto.

Com o campeonato já decidido, o domingo vai mesmo ter as atenções voltadas à antepenúltima rodada do Brasileirão.

Pra você que vai almoçar com a família, assista à largada, deixe a TV ligada, volte pras fofocas, veja a bandeira quadriculada e a festa no pódio (sem a execução do Hino Nacional).

Luzes no fim do túnel
Já que não têm nada a perder, a esperança é que os pilotos sejam agressivos e partam para as ultrapassagens sem medo. Afinal, até o Mundial de Construtores já tem a Red Bull como campeã.

Prova começa seca e termina molhada
Outro ponto interessante é a previsão de chuva para o meio da corrida. Isso pode dar uma graça ao Grande Prêmio do Brasil. As equipes vão ter que trabalhar rápido para a troca de pneus e pode haver alteração nas posições. Fora os pegas na chuva que são sempre mais interessantes.

Veja o que Felipe Massa e Bruno Senna falaram sobre a próxima temporada:

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Por Baixo??




por Mateus Lessa

Caros apaixonados pelo esporte bretão mais brazuca do Mundo! Venho hoje fazer um desabafo e abrir uma discussão com todos vocês sobre o nível de nosso campeonato. Acredito que este seja o momento ideal para isso, já que, a duas rodadas do fim, muita emoção está por vir!
Particularmente, e sei que muitos vão concordar, não aguento mais ouvir comentarista mala soltando frases do tipo "o campeonato é nivelado por baixo","os jogadores são de segunda linha" e "o nível do futebol é fraco". De bate-pronto, rebato cada uma delas.

O campeonato é nivelado por CIMA. Se há alguns anos vivíamos a velha ladainha de perder craques e trazer apenas veteranos, hoje presenciamos exatamente o contrário. A força de nossa economia, a criatividade dos projetos de marketing e a competência de alguns (poucos) dirigentes fizeram com que fatos que pareciam piada há 5 anos atrás acontecessem em 2011: repatriamos os ídolos ainda em grande momento e seguramos as grandes revelações em seus auges!

Quanto aos jogadores de segunda linha, é fácil pensarmos em 30 jogadores daqui que atuariam em times de Primeira linha da Europa: Neymar, Lucas, R10, Fred, Damião, Ganso, Alex, Luís Fabiano, Montillo, Loco Abreu, Renato, D'Alessandro, Thiago Neves, Deco, Dedé, Ralf, Oscar, Diego Souza, Bolatti, Douglas, Jefferson, Victor, Valdivia, Arouca, Paulinho, Elano, Guiñazu, Liedson, Danilo, Dagoberto, Kléber...
O nível do futebol é, na maioria das partidas, muito bom. Claro que o futebol bonito depende muito do dedo do treinador e times com mentalidades defensivas proporcionam um futebol mais truncado. Mas tem sido prazeroso ver o futebol jogado pelo Santos de Neymar, ver o conjunto e a raça do Vascão durante a maratona de jogos buscando canecos, ver o Corinthians ganhar jogos de virada do jeito que gosta, ver a força do Figueira atuando dentro e fora de casa, ver o futebol ofensivo do Flamengo, a pressão do Inter de Dorival na arrancada final pela vaga.E mais pra trás foi bom ver o Botafogo com um grande meio-campo que acabou se desencaixando, o São Paulo que venceu cinco jogos seguidos, o Coritiba que bateu recordes de triunfos. E vale lembrar que tivemos uma das partidas mais espetaculares dos últimos anos: Santos 4 x 5 Flamengo, em plena Vila Formosa, com direito a show de Ronaldinho e gol mais bonito do ano de Neymar.
Além disso, o sistema de pontos corridos, que será assunto para uma nova coluna nos próximos dias, proporcionará emoção e estádios cheios no país inteiro nos próximos dois finais de semana. Aguenta coração! E aos corneteiros de plantão, autores das frases que abrem o texto, um sonoro CALA A BOCA!

Feliz 2012, Palmeiras!


Por Leandro Chaves

Mais uma vez! Não foi neste ano que o palmeirense pode voltar a viver seus momentos de glórias que lhes são de direito. Mais uma temporada que se vai, mais uma frustração que se acumula, mais uma esperança que se renova.

Assim os 13 milhões de palestrinos se acostumaram a passar o mês de dezembro. Temporada atrás de temporada, o Palmeiras vem ferindo o seu maior patrimônio: a sua torcida.

É verdade que ainda faltam dois jogos no ano. São Paulo e Corinthians, os maiores rivais de sua história, estão em seu caminho. Como discurso para “salvar 2011”, o Verdão tem como meta impedir o primeiro de ir à Libertadores, o segundo de conquistar o título. Muito pouco para um Campeão de 97 anos. Em uma conversa de bar as vitórias podem até servir para aliviar os deboches e alimentar o orgulho, que está ferido, porém jamais abandonado nos corações alviverdes.

Embora seja bom frustrar o ano dos rivais no campo, a cabeça já está voltada para 2012. A promessa é de um elenco forte, maduro, capaz de suportar a enorme pressão que é jogar no Palmeiras de hoje. Um time com personalidade, diferente desse que se entregou para o comodismo, que confundiu falta de técnica com falta de raça e comprometimento.

Que 2012 possa ser de uma vez por todas um ano digno de Palmeiras! E que os fogos da meia noite tragam a reflexão na cabeça de seus conselheiros e diretores para uma política de paz, de profissionalismo.

Ainda que muitos dentro do próprio clube tentem lhe apequenar, o Palmeiras nunca vai virar o que não é. Nasceu para ser grande. Enfrentou uma Segunda Guerra Mundial, morreu Palestra, renasceu como Palmeiras Campeão e assim sempre será.

Aos que permanecerem e aos que chegarem, pensem: Na construção de uma vitória, acreditar é o primeiro passo de vários.

Até 2012 , Palmeiras!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Que passa Gaúcho?

Por Arthur Quezada

A minha estreia no Paixão Clubística poderia ser recheada com diversos assuntos.

Poderia ser sobre o Corinthians, que está com a mão na taça; sobre o abençoado Fred, que marcou 7 gols em 2 jogos; sobre a redenção do Imperador Adriano; sobre o futebol bonito e objetivo jogado pelo Vasco ao longo do Brasileirão... Enfim, poderia escrever sobre fatores que fazem deste Campeonato Brasileiro um torneio incriticável - do ponto de vista emocional.

Mas nesta estreia quero me atentar a um jogador apenas: Ronaldinho Gaúcho!

Confesso que no início deste Brasileirão fiquei animado com o camisa 10 do Flamengo. Fui um dos defensores da convocação dele para a jovem e inexperiente seleção canarinha, de Mano Menezes. O futebol objetivo havia voltado. Perigoso nas finalizações, malandro com dribles desconcertantes e eficiente nas bolas paradas, Ronaldinho ensaiou um retorno em grande estilo ao futebol que outrora o consagrou.

Mas analisando de uma maneira fria, realista e pessimista, pode ser que tudo não tenha passado de uma pegadinha. Assumo o risco quando falo isso. Ronaldinho pode fazer três gols na próxima rodada e silenciar o meu comentário. Mas quem viu o jogo de domingo, 20, entre Flamengo e Atlético Goianiense, presenciou uma das piores partidas do meia.

Contratado pelo Flamengo no início do ano, Ronaldinho não era apenas esperança de bom futebol, mas também como um gerador de receitas - nas áreas de marketing e vendas do clube. A expectativa era que ele repetisse o xará Ronaldo, em todos os aspectos. Mas não é isso que está acontecendo. O imbróglio entre R10, Flamengo e Traffic retrata a atual situação. Isso porque, de todos os jogadores do Flamengo, Ronaldinho é o único que não tem direitos de imagem vinculados apenas ao clube. Os direitos também pertencem a parceira Traffic – fator que impossibilita o Flamengo de explorar a imagem do craque em ações de marketing mais vantajosas e que cria rusgas entre o clube e os patrocinadores.

Baladas, polêmicas e privilégios no elenco do Fla são fatores prejudiciais tanto com a torcida, quanto com o grupo de jogadores. O ano instável do meia reflete o ano inconstante do Flamengo. Nos momentos decisivos, o futebol objetivo de Gaúcho desaparece. Uma pena, pois foi assim na seleção brasileira na Copa da Alemanha, foi assim na final do Mundial de Clubes da Fifa em 2006 contra o Internacional e, infelizmente para o Flamengo, foi assim no Campeonato Brasileiro de 2011, no qual o clube corre o sério risco de ficar de fora, até mesmo, da Libertadores em 2012 - haja visto o caminho árduo que tem pela frente (Internacional e Vasco).

Pensando bem, acho que a pergunta certa teria que ser direcionada a diretoria do Flamengo: Será que compensa Mengão?


Conheçam a epopeia que levou o Tupi à Série C


Por Henrique Hallack, o convidado apaixonado da semana.

Juiz de Fora é terra de exilados quando se lembra de futebol. São milhares de fanáticos, carentes de uma arquibancada próxima. Flamengo, Botafogo, Corinthians, Fluminense, São Paulo, Vasco, Palmeiras, Cruzeiro e Atlético são nomes fáceis de serem ouvidos em uma rápida volta pelo centro da cidade. Discussões mais do que vivas, entusiasmadas, entre torcedores que não perdem um jogo e apesar da distância, sabem tudo do seu time.

Por aqui também temos gritos entre vizinhos, pessoas que faltam à aula no dia seguinte de derrotas, ansiedade e tensão antes dos jogos, torcidas organizadas na cidade, caravanas pros estádios...

E no meio desse ‘auê’ todo, tem também o Tupi. Time querido pela cidade, podemos dizer que é um órfão abraçado por todos os torcedores. Claro, temos os fanáticos pelo Tupi e mais nada. Tribo Carijó, Império Alvinegro e Tupinga são algumas das organizadas.

E em meio à essa reta final  emocionante de Brasileirão, vimos o Tupi chegar às decisões da Série D. Creio que a reviravolta que culminou com o título e o consolidado acesso à Série C começou nas oitavas de final, quando o galo Carijó enfrentou o Volta Redonda, considerado um dos melhores times da competição até o momento. Primeiro jogo em Volta Redonda: 1 a 0 Voltaço aos 47 do segundo tempo. Tarefa difícil para o Tupi (os critérios do mata-mata são idênticos aos da Copa do Brasil). Jogo da volta em Juiz de Fora: Volta Redonda vence o Tupi no estádio Helenão por 2 a 1 até meados do segundo tempo, até que com direito a golaço de voleio, acontece o improvável. Final de jogo e o placar mostrava: 4 a 2 Carijó!

Quando parecia que o time ia embalar, disputas no STJD fazem o Tupi ter que esperar três semanas pelo próximo adversário, com quem o time iria disputar a sonhada vaga para a Série C. Muitos pensaram que o time iria perder o ritmo de jogo, mas na verdade esse tempo serviu para recuperar o que viria a ser o principal jogador do time nesta reta final: Ademílson.

O Pantera Negra da Zona da Mata, cidadão honorário de Juiz de Fora, marcou nada menos do que sete gols entre quartas de final até a decisão.

O adversário do Galo por uma vaga na série C seria o Anapolina, time de Goiás com força nos bastidores e um bom apoio financeiro. Foram três gols de Ademílson na primeira partida entre Tupi e Anapolina e dois na partida de volta – selando o acesso.

Muitos pensaram: “tá ótimo, subir já é mais do que o suficiente”. Mas não, o Tupi não parou por aí. Assegurada a vaga na C, o Carijó passou fácil pelo Oeste nas semifinais e se viu frente a frente com o Santa Cruz, time com maior média de publico do Brasil.

Primeiro jogo da decisão em Juiz de Fora. Estádio Helenão lotado, mesmo com os times da série A jogando no mesmo horário. Resultado: 1 a 0 gol de… Ademílson! Em Recife, com Arrudão lotado, Tupi segura o time do Santa Cruz e no final do jogo faz 2 a 0. Festa em Juiz de Fora!

Esse time fez a alegria dos juizforanos, principalmente porque em 2012 é certo: as arquibancadas do Estádio Radialista Mário Heleno não ficarão solitárias.

Não podemos deixar de lembrar algumas das peças importantes deste título histórico: o zagueiro Wesley Ladeira (autor do golaço de voleio contra o Volta Redonda), o goleiro Rodrigo, o meia Luciano Ratinho (aquele mesmo que já jogou no Corinthians) e Allan, o taxista de Juiz de Fora, oriundo dos campeonatos de várzea.

Veja abaixo os gols do jogo de volta contra o Volta Redonda, e os três gols de Ademílson contra o Anapolina.



terça-feira, 22 de novembro de 2011

Macaca e Timbu de volta!

                                                 Na festa, torcedores da Ponte levam até a rede de recordação do acesso

Por Fábio Votu

Os torcedores de Guarani e Sport podem até tirar uma "casquinha" dos rivais Ponte Preta e Náutico por terem mais títulos de expressão. Qualquer discussão entre um torcedor da Ponte e do Guarani termina no título Brasileiro de 1978. Inédito, o Guarani levantou o caneco e se tornou o único time do interior a ter conseguido o feito. Pros lado de Recife, o pessoal do Sport se vangloria pelo polêmico título de campeão Brasileiro de 1987 e pela conquista da Copa do Brasil de 2008. Mas no último final de semana, a "casquinha" mudou de lado.

É bem verdade que Ponte e Náutico não tenham alcançados voos ainda tão altos assim, em nível nacional, quanto seus rivais. O mais perto que chegaram foi um terceiro lugar da Macaca no Brasileiro de 1981, e um vice campeonato do Timbu na Taça Brasil de 1967. Porém no sábado (19) provaram toda força e tradição de suas camisas e causaram inveja a muita gente ao conquistarem o acesso para a Série A de 2012. Só pra não deixar de lado a história dos rivais, o Guarani é o 13º colocado, com 49 pontos, e briga na última rodada contra o perigo do rebaixamento. Já o Sport aparece como forte candidato a levar a quarta vaga do acesso, ocupa o 4º lugar e só depende dele, encara o já rebaixado Vila Nova, fora de casa.

Não dando tanta importância assim as rivalidades regionais, Ponte e Náutico fizeram uma campanha brilhante na Série B. O time campineiro por exemplo, passou 35 rodadas, das 37 até aqui, entre os quatros primeiros colocados. O Timbu foi além, fez dos Aflitos seu matadouro, e não perdeu sequer uma partida até agora em seu estádio. Para subir, é preciso fatos como estes. Números, sequências e invencibilidades, que terminam na glória e na alegria de poder voltar a disputar a elite do esporte mais popular do país.

A Macaca volta depois de ter passado 5 anos seguidos na série B - caiu em 2006. O Náutico que caiu em 2009, aprendeu com o erro em 2010 e fez a lição certinha este ano. Aposto que ano que vem muito time grande vai deixar pontos nos Aflitos e no Moisés Lucarelli. Campinas por tudo que já representou no futebol paulista, revelando grandes craques para o futebol, merece um time na Série A! E os simpáticos times folclóricos do Nordeste, como o Náutico, sempre são bem vindos. Três já estão decretados na elite: Portuguesa, Náutico e Ponte Preta! Quem ainda "cava" uma vaguinha é Sport, Bragantino, Vitória, Boa Esporte e Americana.

E já ia me esquecendo, na última rodada, Náutico e Ponte se enfrentam nos Aflitos para ver quem será o vice do campeonato. Mas quem se importa? A Série A já está aí torcedor!

O tão criticado Corinthians...

Gol decisivo fez valer a grana investida no Imperador?
Por Tuca Veiga

Líder desde o despertar do Brasileirão, o time do Corinthians é corriqueiramente criticado por grandes especialistas.
Jornalistas que admiro, como PVC, Juca Kfouri, Paulo Calçade e, até mesmo, o genial Tostão, não apostaram, não elogiaram e não se deixaram levar pelo futebol do líder.
Me recordo de um dia que estava chegando em casa e escutei no rádio o Calçade falando sobre os times que ele apostava na briga pelo título:
“Vasco, Botafogo e São Paulo”, respondeu de bate-pronto.
Fiquei indignado.
Por isso, vou falar em tópicos alguns dados sobre o tão criticado Corinthians.
Como escrevemos antes, o tão criticado Corinthians bateu em todos os candidatos ao título: Vasco, Fluminense, Botafogo, Inter, Flamengo e São Paulo.
É o time que mais ficou na ponta da tabela, que tem a melhor defesa e o maior número de vitórias, ao lado do Flu, na competição.
Somou dez pontos contra os gaúchos, nove contra os mineiros e doze contra os cariocas.
Como se não bastasse, é o time que mais ganhou de viradas. E, cá entre nós, de virada é mais gostoso.
O tão criticado Corinthians é o melhor time dentro de casa e tem a melhor média de público.
A pior colocação do time, juntando o Brasileirão do ano passado, é um quinto lugar.
O time jamais saiu da briga pela taça.
Na última partida, contra o Galo, o tão criticado Corinthians, tinha duas cartas na manga para a segunda etapa. Nada mais, nada menos, que Alex e Adriano.
Zap na testa.
E, como se não bastasse, é do Corinthians o melhor bordão do ano: “FALA MUITO!”.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Secar faz parte!



Por Luiz Felipe Fogaça

Muitos podem dizer que não, que são exclusivamente torcedores de seu time, que não importa o resto, mas eu duvido, que no seu particular, no seu cantinho, eles não sequem.

Torcer e secar caminham lado a lado no mundo futebolístico, afinal, nada mais gostoso do que saborear a vitória do seu time e comemorar a derrota dos rivais, até a amargura da derrota fica aceitável quando os rivais perdem.

Tive certeza disso ao me ver reunido com amigos torcedores de Santos e Palmeiras, torcendo contra o Corinthians ante o Atlético-MG. “Ziquei” na cara dura, até comemorei o gol do Galo como se fosse do São Paulo.

Existem vários tipos de secadores, até os que são mais secadores do que torcedores propriamente dito. Estes são aqueles que estão vestindo a camisa do Vasco neste final de campeonato, ou a do Corinthians, se forem cariocas.

Quem é que, depois de uma vitória, nunca exclamou onde quer que seja : “pode secar, aqui não tem zica!”. A secação é natural e faz parte do futebol, quem é que durante o próprio jogo não comemora gol contra os rivais? (salvo casos em que o rival pode ajudar o time do coração a ser campeão).

Secar é saudável e faz parte da rivalidade, o importante é levar na esportiva, na paz sem violência, e se a secada der certo, tirar uma onda com o amigo. Para continuar, nesse clima de secação, eu sou mais você na reta final, Boa Sorte Vasco! Forte abraço a todos os amigos leitores.

Virou livro



Por Felipe Pugliese

Enquanto todos pensam na reta final do Campeonato Brasileiro, o Santos trata o nacional como um treino de luxo. O foco, como todos sabem, está no Mundial de Clubes. O ano de 2011 foi maravilhoso para o Peixe. A conquista da Libertadores foi épica.

A trajetória, liderada pelo craque Neymar, virou livro. A obra “É Tri - O Santos reconquista a América após 48 anos” é do jornalista da Folha de S. Paulo, Vitor Sion, e será lançada nesta terça-feira na Vila Belmiro.

Acompanhe um bate-papo com o autor da obra.

P.C: Quando surgiu a ideia do livro?

V.S: Ainda durante a campanha na Libertadores eu comecei a escrever o projeto, mas não falei para ninguém. Quando o Santos foi campeão, terminei o projeto e apresentei para o clube.

P.C: Mas na primeira fase o Santos “penou” para se classificar. Nessa época já imaginava o projeto?


V.S: Em 2010, o Santos ganhou 2 títulos e o time estava jogando muito. Procurei livros q pudessem ser uma recordação e não achei, então, no começo da libertadores, já tinha a ideia mas comecei a escrever o projeto só quando o time já estava nas oitavas de final.

P.C: Quantas páginas contém o livro?

V.S: 128, com varias fotos também e um anexo estatístico.

P.C: Ouviu todo o elenco ou apenas alguns personagens? Conta acontecimento de bastidores?

V.S: Sim. Tem varias historias de bastidores. Entrevistei membros da diretoria e os principais jogadores, inclusive o Dorival Junior.

P.C: Por que o Dorival?

V.S: Tem um capitulo só sobre 2010 e outro que chama turbulênciasque, entre outras coisas, conta da queda dele. Ele é muito querido no Santos, considerado responsável pela formação do elenco.

P.C: O livro é dividido em quantos capítulos?

V.S: Oito capítulos mais anexo estatístico.

P.C: Você escreveu o livro sozinho?

V.S: Sim. O prefácio que é do Marcelo Tas.

P.C: Pensou em algum plano de divulgação do livro?

V.S: Como é produção independente, é mais difícil. Temos uma assessoria de imprensa e contamos com a ajuda do Santos também.

domingo, 20 de novembro de 2011

É do Adriano, @#$%¨&*!

Por Guilherme Reis

Após 75 minutos de jogo, muitos xingamentos e o coração saindo pela boca, eis que Liedson coloca a bola pra dentro e faz o Pacaembu dentro do meu pequeno quarto em Londres explodir.

Onze minutos mais tarde, mais uma bola na rede, mais gritaria, socos na parede de alegria e um grito na janela (que com certeza inglês nenhum entendeu):

- É do Adriano, porra!!!

Fim de jogo, cabeça a mil, vou à cozinha tomar uma água. O colombiano do quarto ao lado, com ar de preocupado, me surpreende:

- Are you ok?

- Yeah man, more than ok, my team won today, we are on the first position! - respondi eufórico, antes do gole d'água.

Voltei pro meu quarto e liguei pro meu pai, que estava com minha irmã no Pacaembu:

- Vaaai Corinthians! - exclamei.

- É nóis! Imperador! Tite neles! - ouvi antes da ligação ser cortada.

Desliguei o celular, olhei ao redor, respirei fundo e... só mais duas rodadas.

sábado, 19 de novembro de 2011

A bola fora de Michael Jordan e o Locaute



Por Luiz Felipe Fogaça

Quem é que não conhece e admira Michael Jordan? O melhor jogador de todos os tempos, o Pelé do basquete. Pois nessa semana, o ex-astro virou figura non-grata de muitos americanos, inclusive ex-jogadores. Foi dele a palavra final, que fez com que o locaute continuasse.

Vamos entender um pouco melhor. Imagine que o seu time é de uma única pessoa, pelo menos a parte majoritária dele. Cada time tem seu patrão, como são chamados por lá. O que aconteceria se todos os patrões resolvessem se desentender com todos os atletas? O locaute, a greve. Essa é a resposta.

Indo pouco mais além, pense que existem dois motivos para essa briga toda, o $$$ e a vaidade. Uma verdadeira guerra por dinheiro e vaidade. Donos e atletas brigam cada um do seu lado, por tetos salariais e principalmente a parcela da cota de TV. Isso mesmo, independente do lado, todos são ricos, mas podre de ricos e querem ainda mais.

Se atualmente os jogadores partilham entre si 57% da cota de TV, os mandatários queriam reduzir isso para 50%, o máximo aceito pelos atletas foi 53%. O acordo ia ser feito, mas MJ, agora dono do Charlotte Bobcats, representando os donos de time mais “humildes” rejeitou.

Quem perde com isso? Os fãs que não podem fazer uma das coisas que mais gosto no mundo, torcer, ir ao jogo, e trabalhadores, que vêem na NBA seu ganha pão - seja o funcionário do ginásio, ou o dono de restaurante ao lado, ponto de encontro tradicional quando tem jogo.

Enquanto isso, despreocupados, patrões tocam seus outros negócios e jogadores jogam em times menores, por salários menores ou simplesmente desfrutam de férias.

Sem temporada, pelo menos até o final do ano, resta aos fãs e trabalhadores, arrumarem outro esporte, ou outra forma de sustento. Uma vergonha senhores patrões e atletas.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Vira, noɹıʌ!

Por Leandro Chaves

Amigo internauta, o ano de 2011 ainda nem acabou, faltam três rodadas para conhecermos o campeão Brasileiro, mas sem dúvidas nenhuma a temporada já começa a deixar saudades para os amantes da emoção.

Há tempos não tínhamos um campeonato tão eletrizante, há tempos não tínhamos um ano com tantas viradas.

Virou 2011,virou a página, virou tragédia, virou drama, virou espetáculo, virou alegria, virou herói, virou história!

No Rio de Janeiro, alguém se lembra do início de temporada do Vasco da Gama? O Gigante da Colina teve o seu pior começo da história no Campeonato Carioca. Nas primeiras quatro rodadas acumulou derrotas vexatórias, não tinha mais chances de classificação na Taça Guanabara, era o penúltimo colocado do grupo e motivo de chacota dos rivais.

Mais um capítulo trágico se escrevia na história da equipe de São Januário, mas não. Veio Ricardo Gomes e as coisas mudaram. O Vasco virou o astral, virou Gigante novamente. Saiu do inferno e foi ao céu. Em cinco meses, de vexame do Rio a Campeão da Copa do Brasil, se tornou o primeiro brasileiro a garantir uma vaga na Libertadores do próximo ano. Não parou por aí e ainda mantém vivo o sonho da tríplice coroa. Com uma virada monstruosa em campo, eliminou o Universitário por 5 a 2 e continua na briga pela Sul-Americana. Com uma virada exemplar de mentalidade, não abandonou o Brasileirão mesmo com a vaga na Libertadores, e na vice-liderança tem totais condições de conseguir o título.

Caminho inverso teve o Cruzeiro. Sensação da primeira fase na Libertadores, com a melhor campanha entre todos os participantes, o time caiu já nas oitavas de final para o Once Caldas. Tomou uma virada do destino, se perdeu no ano e corre risco de rebaixamento no campeonato nacional.

E o que falar do Santos? Por muito pouco a equipe de Muricy Ramalho não deu adeus a principal competição da América ainda na fase de grupos. De time quase destemido, conseguiu avançar no sufoco e virou Tri-Campeão da Libertadores!

Não bastasse todas essas viradas de rumo, 2011 foi um ano recheado de viradas em 90 minutos. Verdadeiros espetáculos, assim podemos definir Santos 4 x 5 Flamengo, Atlético-Mg 2 x 3 Corinthians, Bahia 4 x 3 São Paulo, Fluminense 5 x 4 Grêmio. Viradas, viradas e mais viradas....

Fluzão cresce quando é tudo ou nada

Por Tuca Veiga

Não é de hoje que o Fluminense se destaca quando a situação é tudo ou nada. Nos últimos anos, o time se especializou em crescer na hora do vai ou racha. Na Libertadores em que viu o título bater na trave isso já aconteceu.
Considero o jogo em que o time eliminou o São Paulo um senhor exemplo de hora certa para se fazer os gols. Após perder por 1 a 0 no Morumbi, para os cariocas era tudo ou nada. Marcaram no começo do jogo, logo após sofrerem o empate e no último suspiro do confronto. 3 a 1. Sensacional. De tirar o fôlego. Confira a matéria do Globo Esporte no dia seguinte ao jogo épico.




Depois veio a salvação do rebaixamento, que fez a equipe ficar marcada como Time de Guerreiro, e em seguida, o título do Brasileirão, após 26 anos sem conquistas. As três cores que traduzem tradição começaram a pintar não só o Rio, como todo o Brasil.
Dado como morto, o Tricolor chegou junto na reta decisiva do Brasileirão. Abelão provou que é tudo aquilo que todos os times que o sondaram nos últimos tempos pensavam. Sóbis chegou e tem dado conta do recado. Deco conseguiu superar a sequência de lesões e tem sido o maestro da reação do Flu. E Fred, aaah Fred, como tem jogado esse camisa 9.
Ao olhar para a classificação do campeonato, notei o porquê dessa reação incrível. O Fluzão assimilou muito bem os ensinamentos de Luxa, o primeiro vencedor dos pontos corridos, pelo Cruzeiro, em 2003. Em meio à festa do título, Luxa deu a dica: “Nesse campeonato de nada adianta o empate. Você não sai do lugar”, explicou.
E foi assim, na base do tudo ou nada que o time se recuperou no Brasileiro. Até então, foram 19 vitórias (mesmo número que o líder Corinthians), 14 derrotas e somente dois empates. De longe o time que menos empatou na competição. Para ter uma ideia, Corinthians, Botafogo e Santos estão na segunda colocação, com sete empates cada.
Embalado nesse espírito do “vamo que vamo”, o time ainda sonha em beliscar os líderes e ficar com o bi. No entanto, para levar o caneco, o time terá que se apoiar mais do que nunca nessa filosofia. Para ser campeão, além de contar com o tropeço dos rivais, o Flu terá de vencer tudo. Terá que ousar. O que pode fazer com que tenhamos outras partidas incríveis, como foi a desta quarta-feira, em que venceu o Grêmio por 5 a 4.
Será que ainda dá?

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O que tem na cenoura do Coelho?

Por Lucas Bueno

Assim como Popeye, que come espinafre no final dos episódios para salvar sua amada das malvadezas de Brutus, o Coelho, mascote do América-MG, utiliza-se do mesmo recurso do marinheiro animado para ganhar uma sobrevida nesta reta final de Campeonato Brasileiro.

Virtual rebaixado há três rodadas, a equipe venceu o Corinthians, o Fluminense e agora o Botafogo, que estão no G-5 do Brasileirão. Alguma substância mágica, certamente, foi acrescentada na cenoura do Coelho para que essas vitórias consecutivas acontecessem. Superação, honra e confiança podem ser os ingredientes.


O time estava no limbo e agora sonha com a permanência na elite do futebol brasileiro. Givanildo Oliveira e seus comandados tiram a cada rodada um coelho da cartola. Mas, esses nove pontos ganhos seguidamente, e com muitos méritos, poderiam ter sido conquistados contra adversários diretos na luta para evitar o rebaixamento, como: Ceará, Cruzeiro e Atlético-MG, aqueles famosos jogos de seis pontos. Ganhar dos líderes tem um peso enorme para o restante do campeonato, mas na situação em que se encontra o América-MG, era mais confortante se os mineiros vencessem as equipes da parte de baixo da tabela.


Fábio Júnior, Kempes e o bom meio-campista Rodriguinho vêm aí! E quem segura o América-MG? O São Paulo, no Morumbi, o Atlético-PR, em Sete Lagoas (adversário direto do Z-4) e Atlético-GO, em Goiânia, são as próximas vítimas do Coelho. 

Igualmente como o marinheiro Popeye, o América se fortaleceu no apagar das luzes, porém acordou tarde demais. E diferentemente dos desenhos animados, essa história de superação não terá um final feliz. A cenoura do América-MG não manterá todo esse poder e os mineiros, na minha opinião, jogarão a Série B em 2012!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Um homem correto


Por Felipe Pugliese

O campeonato brasileiro, finalmente, chegou em sua reta final. Corinthians e Vasco aparentam ser os dois times que chegarão na última rodada brigando pelo caneco (não coloco minha mão no fogo). Contudo, não é dos primeiros colocados o futebol mais bem jogado no Brasil. Esse título vem de Florianópolis, esse título é do Figueirense.

Para um time que passou vergonha no campeonato estadual e começou o Brasileirão levando uma sapatada atrás da outra, uma vaga na Libertadores seria motivo de volta olímpica no Orlando Scarpelli. Mas, por que não imaginar o Figueira campeão nacional?

Nenhum time entre os líderes consegue emplacar três vitórias consecutivas, porém esse tem sido o diferencial dos comandados pelo técnico Jorginho, que não perde um jogo fora de casa desde agosto. Hoje o adversário é o Flamengo. Afirmo, sem medo, que uma vitória coloca o time de Santa Catarina na briga pelo título.

Não sou daqueles jornalistas que gostam de analisar tática. Reconheço o quanto isso é importante, mas realmente prefiro olhar por outros ângulos. Por exemplo: o Figueirense tem dois atacantes que estão extremamente entrosados. Wellington Nem e Júlio Cesar fazem um gol atrás do outro, o segundo parece já estar quase acertado com o Corinthians.

Todavia, para mim, o diferencial mais uma vez está no banco de reservas. Jorginho foi escorraçado após a Copa do Mundo. Duvidaram do seu potencial. Junto com Tite é um dos únicos que permaneceu no mesmo clube durante o nacional. Em uma entrevista à ESPN nesta semana disse que não pensa em treinar o Flamengo em 2012 e que seu desejo é permanecer no Figueira.

Jorginho me parece, acima de tudo, um homem correto. Por ser cristão é sempre lembrado e criticado, mas não deixa se abalar. Tem um grande futuro como treinador.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A fabiocostanização do Gladiador

F. Costa não joga há 13 meses. Gladiador segue os passos do goleiro
Por Alessandro Lefevre

Para um ídolo, capitão do time, virar um traidor ele tem que fazer muita coisa errada. E não é só na esfera do futebol. É na esfera da vida. A revista Placar de novembro traz em uma das suas matérias o momento pelo qual passa o goleiro Fabio Costa, do Santos. O arqueiro foi um dos maiores responsáveis pela volta do Alvinegro Praiano ao mapa dos grandes times quando, em 2002, junto com a segunda geração dos meninos da Vila, levou o caneco do Brasileiro para o litoral paulista.

Mas há mais de um ano ele está encostado. Emprestado ao Atlético-MG,  Fábio Costa treina em horários diferentes inclusive de outros atletas afastados pela diretoria - os dirigentes entendem que ele é má influência para a equipe. Os principais motivos para o declínio do goleiro são o temperamento explosivo e o péssimo relacionamento com o elenco do qual faz parte, independentemente do clube.

Kleber, do Palmeiras, leu a cartilha do goleiro. Com seu gênero difícil e com suas cotoveladas em campo, o Gladiador não coleciona muitos amigos no planeta Bola. Depois de forçar a sua saída do Cruzeiro, dar declarações contra a torcida do São Paulo, falar mal da Ucrânia e se transformar em um Judas para o palmeirense, o ex-camisa 30 do Verdão possui desafetos por todos os lugares pelos quais passou.

Por isso, Kleber, desde o episódio em que tentou ganhar um aumento no salário ou uma transferência para o Flamengo, começou a se fabiocostanizar. Apesar de ser bom jogador, craques de difícil trato só conseguem se manter em clubes grandes quando os resultados aparecem. Mesmo que assine com o Grêmio e esqueça seu passado, a imprensa, os torcedores, os treinadores e os dirigentes já têm um novo olhar sobre o Gladiador. 

Escolhas erradas podem acabar com a carreira de um atleta. Toma jeito, Kleber!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

UFC, o novo esporte do Brasil



Por Luiz Felipe Fogaça

País do Futebol? Se nunca existiu dúvida de que nós somos o país do futebol, eu coloco essa prerrogativa e aproveito para afirmar, nós somos o país do UFC! Isso mesmo caro leitor, se dentro das quatro linhas não estamos justificando o rótulo, dentro do octógono estamos cada vez mais mostrando nossa força.

Cada vez mais, os brasileiros vem se acostumando sábado após sábado a trocar a balada para torcer por nossos lutadores. E o Brasil não poderia estar em melhor momento no UFC, com a vitória de Cigano contundido sobre Cain Velazquez em menos de um minuto de luta, estamos com três cinturões (Anderson Silva e Aldo também tem). Salvo isso ainda temos Lyoto, Befort, Shogun, Minotouro, Minotauro, sem contar os novos talentos como o Pitbull, parece que somos o celeiro de craques também nessa modalidade.

Neste fim de semana, a maior emissora do Brasil, talvez da América Latina, uma das maiores do mundo, mexeu em sua “sagrada” grade de programação para passar ao vivo, com narração de Galvão Bueno, o principal da casa, que não narrou a Seleção contra o Gabão, a luta principal do UFC. Com certeza, isso contribuirá ainda mais para o crescimento, até por que, a Globo não ditará os horários do evento.

O interesse da Globo, ilustra a crescente da modalidade. Depois de menosprezar o UFC RIO e dividir a audiência com a RedeTV que transmitiu o evento, a emissora entendeu que o esporte veio para ficar.

Se os campos de várzea são cada vez mais escassos, as academias e lutadores vem aumentando dia após dia.

Com certeza o futebol não irá perder o seu espaço, mas definitivamente o UFC veio para ficar.

domingo, 13 de novembro de 2011

Finalmente hoje é domingo


Por Guilherme Reis

Depois de uma semana com aulas de inglês e noites que começam às quatro e meia da tarde, hoje é dia de ver meu Corinthians entrar em campo e defender, no Pacaembu, contra o Atlético-PR, às 19h daqui de Londres, a liderança do Campeonato Brasileiro.

A distância é imensa, a transmissão pela internet não é lá essas coisas, mas assistir ao Coringão me causa um raro conforto.

É uma sensação de estar no Brasil, mesmo não estando. É uma lembrança do cheiro, da emoção do estádio, das vozes brasileiras.

Agora eu sei que a torcida gritando no Pacaembu e o branco e preto no gramado são uma combinação sem fronteiras.

Seja no Velho Mundo ou nas Arábias, ver o Corinthians jogar será sempre ver o Corinthians jogar, com direito a ritual pré-jogo, raiva da bola que não entra, grito de gol na janela e esperança de mudar um placar adverso até o último lance.

Não tenho dúvida que para os torcedores de outros times, se fanáticos como eu, a recíproca é verdadeira.

E é por essas e outras que o futebol é algo tão merecedor de seu status. Aproxima as camadas sociais; mexe com a auto-estima das pessoas; e, sem sombra de dúvidas, diminui a distância e a saudade de quem está longe de casa.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Júlio Cesar tem tudo para ser o novo Ronaldo



Por Felipe Pugliese

Como é difícil jogar no Corinthians. Ser goleiro então...um erro já vale julgamento sem direito a defesa (sem trocadilhos). Intrigantes e opinativos leitores do Paixão Clubística, quando o assunto é o Alvinegro Paulista, nada me irrita mais do que as críticas ao arqueiro Júlio Cesar. Ah, meu amigos, isso me tira do sério.

“Ele falha muito”, “Ele tem braço curto”, “Ele toma muito gol de falta”. Me poupem, por favor. O Corinthians já foi campeão Brasileiro com Nei e Maurício no gol. Julio César ama o manto, começou no terrão e tenho certeza que sofre mais do que todos quando erra. E tem mais: quantas vezes ele salvou o Timão? Várias.

Dizem que perdemos o título brasileiro em 2010 graças à falha dele contra o Goiás. Mentira. O Corinthians empatou a partida minutos depois e teve todo o segundo tempo para virar o jogo. Digo mais, não fosse o camisa 1, o Coringão terminaria aquele campeonato na melhor das hipóteses fora das primeiras colocações. Contra o Santos na final do Paulistão ele também falhou, concordo. Porém, só chegamos na decisão por causa de um pênalti defendido pelo próprio Júlio.

O lado torcedor eu até entendo, mas as críticas, sem fundamentos, vindas da mídia eu não aceito. Não aceito. Gostaria de dar nomes aos bois, ou melhor, ao boi: o Sr. Chico Lang tem sido o maior hipócrita quando o assunto é Júlio Cesar. Quando o camisa um vai aos programas da Gazeta o jornalista rasga uma seda do tamanho da sua cara de pau para o arqueiro. Todavia, é só o goleirão falhar que o cidadão é o primeiro a dizer “O Corinthians não tem goleiro”. Vai te catar, Sr. Lang!

Para finalizar, eu acho um grande, enorme e tremendo absurdo o Corinthians buscar outro goleiro para 2012. Júlio Cesar é o dono da camisa 1. Tem tudo para ser o novo Ronaldo. “Ah, mas o Fábio, goleiro do Cruzeiro, seria uma boa”. Seria, mas ele também falha, assim como todos. Quer saber? Podem contratar outro arqueiro. Será só mais um para a lista que já conta com Babadilla, Renan...

Resolvi ouvir quem realmente entende o que é ser goleiro do Corinthians: Espaaaaaalma Ronaldo!

Ronaldo, como tem visto as constantes críticas ao goleiro Júlio Cesar?
Ele sabe que isso é normal na vida um goleiro. Na minha época não era diferente, a pressão sempre será grande e ele sabe disso. Mas ele também sabe que em muitos jogos ele arrebentou.

Na sua opinião, o ponto-fraco do Júlio Cesar também é o chute de longa distância?
O que eu fico “puto” é que ninguém fala da “merda” da bola, que é ruim e leve demais.

Vê alguma semelhança entre ele (Júlio Cesar) e você?
Eu vejo sim. Ele acompanhou minha carreira e sabe que muita gente também me criticava, alguns para ajudar e outros para arrebentar mesmo.

Acha que o Júlio Cesar permanece como titular em 2012?
Aí eu já não sei. O que eu quero é que o Tite não seja mais o treinador. Isso sim.

Por quê?
Muito retranqueiro, nunca vi coisa igual. Jogar com um monte de volantes no Corinthians? Coloca eu lá que faço melhor.

Não vamos mais te ver na televisão?
Calma, meu filho. Logo, logo você vai ver quem estará na Band batendo de frente com o Neto.
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