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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Superclássico morno e Mano mira Copa das Confederações

Por Gabriel Duque

Jogo entre Brasil e Argentina na Bombonera, estádio do Boca Juniors. Um prato cheio para um clássico intenso, de rivalidade, cheio de emoção, com jogadores dando a vida por cada bola, em cada dividida, para honrar sua camisa, derrotar seu maior adversário e cavar seu espaço na própria seleção. Certo? Errado. Esse é o cenário que se espera de uma partida dessa magnitude, mas ontem dureza foi passar o tempo todo acordado.

Primeiro tempo foi morno, sem graça, fraco tecnicamente, com times desfigurados. Serviu apenas para ver que Montillo não vive boa fase, Martinez não pode cobrar titularidade no Corinthians e Barcos segue jogando sozinho como no Palmeiras. Ah, Peruzzi, lateral-direito do Vélez, foi um dos melhores em campo. No Brasil, um time apático e desinteressado. Só dois corriam: Durval na zaga e Neymar no ataque. Thiago Neves mostrou que sua convocação realmente não faz sentido.

Mas os hermanos precisavam da vitória para buscar o título e isso tornou a etapa final um pouco melhor. Erro do juiz, nervos se aflorando e um tanto de tensão no fim deixou o duelo menos modorrento. Acabar o clássico nos pênaltis foi a melhor maneira. As cobranças da marca da cal sempre chamam a atenção e trazem uma adrenalina a mais.

No geral, a partida não serviu para nenhuma avaliação da evolução do time de Mano Menezes e o título foi para lá de irrelevante, afinal quando o atual selecionado canarinho disputou torneios de verdade foi eliminado na Copa América e ficou com a prata nas Olimpíadas. A seleção fecha a temporada 2012 e Mano acumula aproveitamento de 68,3% no comando da equipe com 27 vitórias, 6 empates e 7 derrotas em 40 confrontos disputados. Agora o pensamento é na Copa das Confederações de 2013, no Brasil.

Para a competição, vejo o selecionado com 17 convocados definidos, restando apenas seis vagas no grupo. Confira a relação:

Goleiros – Diego Alves, hoje o titular de Mano, e Jefferson, sempre convocado, estão dentro. O terceiro nome fica entre Cavalieri, Victor, Rafael e até Cássio.

Laterais – Daniel Alves e Marcelo são os donos dos flancos e sem nenhuma sombra. A falta de qualidade das opções testadas é grande e eu levaria apenas Adriano de substituto, mas Alex Sandro tem sido peça cativa nas convocações.

Zagueiros – Thiago Silva e David Luiz estão garantidos e Dedé com sua vaga encaminhada apesar de ter caído bem de rendimento. Réver e Castán disputam o último posto, mas vários nomes como Luisão (Benfica) e Alex (PSG) já foram chamados e correm por fora.

Volantes – Ramires e Paulinho formam a dupla titular com Sandro e Arouca como opções. O quarteto está quase assegurado, porém acredito que Mano ainda avalie os retornos de Rômulo e Lucas Leiva, que eram convocados quando sofreram graves lesões.

Meias – Oscar e Kaká são os nomes do momento. Achar outros armadores tem sido tarefa árdua. Mano já convocou 25 atletas para a posição. Thiago Neves e Giuliano, relacionados no último amistoso, não tem lá grande gabarito. Se Ganso voltar a apresentar seu bom futebol e Ronaldinho mantiver o nível, vejo ambos com chances de completar o selecionado nesta função.

Atacantes – Neymar só sai da seleção caso se machuque, Hulk parece ter se encaixado no esquema e Lucas e Damião são os reservas. O quarteto está formado. Fred, Luis Fabiano, Pato e Robinho precisam mostrar muito para roubar uma vaga. Hoje, eu aproveitaria a falta de laterais para levar mais um homem de frente e os goleadores tricolores estariam disputando essa vaguinha.

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