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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

A pelota fica mais triste e menos inteligente



Nelson Rodrigues e a reflexão

Por Felipe Pugliese


Gosto de ler e busco sempre mencionar a obra de Nelson Rodrigues em meus textos. É nostálgico, mas realizador. Me sinto com o dever cumprido ao repassar algo tão diferenciado como a obra do gênio.


Um dia o Anjo Pornográfico esfregou na cara dos mais conservadores uma emblemática verdade: "O tempo é uma convenção que não existe para o craque, muito menos para a mulher bonita. Existe, sim, para o perna-de-pau e para o bucho!".


O tempo passou, Nelson morreu e a realidade do futebol brasileiro mostra que o cronista estava certo. Sem jogadores com mais de 35 anos o nosso futebol não tem beleza. Sem os “senhores” da bola a pelota fica mais triste e menos inteligente.




Começamos por Zé Roberto e sua perna esquerda. O camisa dez do Grêmio não joga, e sim desfila. Lanço um desafio: vendem o camisa dez o Grêmio durante um jogo e verão o que, ainda assim, é capaz de fazer.


Chegamos ao líder Fluminense e nos deparamos com uma constelação de craques. Nenhum, porém, com a mesma elegância de Deco com a bola nos pés. Ainda em território carioca temos a liderança e hombridade absoluta de Juninho Pernambucano no desmantelado Vasco da Gama. Sem falar de Seedorf, que dispensa qualquer sílaba para elogios.


Não vou me estender muito, mas seria injusto nem ao menos citar nomes como Marcos Assunção, Rogério Ceni...


Em 2013 a lista dos vovôs que reinam na terra que um dia foi dos índios aguarda ansiosamente por um REFORÇO: o maestro Alex. 

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