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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Volta por cima

Eduardo e Mônica voltaram à moda, mesmo assim decido escrever sobre outra dupla: Jobson e Casagrande. Começamos, contrariando os padrões modernos daquilo que chamam de educação, pelo mais novo. Jobson não é apenas mais um atacante, é um personagem. Surgiu no Botafogo como uma grata surpresa. Um jogador rápido, fazedor de gols... promissor. Isso até cair em uma grande besteira. Droga!

Para aqueles que não se lembram, ai vai um leve refresco de memória. Pelo Campeonato Brasileiro de 2009, ainda quando jogava pelo Botafogo, o atacante foi flagrado no exame antidoping. Flagrada, a cocaína parecia por um ponto final no sonho de mais um brasileiro. O tempo passou e Jobson ficou seis meses afastado dos gramados.

O tempo passou mais uma vez o atacante atualmente defende o Bahia. Está fazendo gols. Está feliz. Porém, no próximo dia 21 o atacante será julgado (ainda pelo caso de 2009) e pode ficar mais um ano e meio longe daquilo que mais gosta.

Opinião em primeira pessoa: Afastar o ser humano, ainda em recuperação, daquilo que ele mais gosta de fazer é regredir em sua volta por cima. Tirar Jobson novamente do futebol seria o mesmo que prender um usuário de cocaína achando que isso irá ajudá-lo.

Aproveitando o tema “recuperação”, quem chega na área é Walter Casagrande Júnior, o grande Casão. Há algum tempo, as notícias sobre a internação do ex-jogador em uma clínica de recuperaçã me assustaram. Gosto do cara e acho o melhor comentarista esportivo da atualidade, sem falar naquilo que representou como atleta. Desta vez, parecia que a heroína, finalmente, havia o vencido. No entanto, o tempo passou (pela terceira vez) e Casão está de volta, até chorando durante as transmissões da Globo. Sua presença no Arena SporTV é fundamental.

Ainda em fase de recuperação, Casagrande cedeu uma entrevista reveladora à revista Placar deste mês. Sinto-me na obrigação de transcrever alguns trechos, pois, como fã, acredito que esse é o testemunho da volta por cima. Valeu Casão!

Início nas drogas

“Desde novo eu usava. Na época em que jogava, com 18, 19 anos, eu fumava só um baseadinho. Eu nem bebia”.

Drogas I

“As pessoas diziam que eu era um cara legal. Mas, quando eu estava sozinho, me achava um bosta...A droga, no meu caso, era a ponto do Iceberg. Meus problemas eram internos”.

Drogas II

“Se não tivesse sido um atleta de pontA, que treinava para c..., teria morrido há muito tempo”.

Volta a Rede Globo

“Voltei em abril de 2009, no Arena SporTV. Estava emocionado para c... Não via o Cléber Machado há um ano e tanto. Foi emoção à flor da pele... Quando sai da clínica nasci de novo”.

Galvão Bueno

“Profissionalmente, ou no comportamento dele, nem tudo me agrada, nem tudo eu gosto. Mas, como ser humano, por tudo o que ele fez por mim, pode contar comigo para o resto da vida.

Vida de ator

“Outro dia me deram o DVD. Foi um sacrifício assistir. O filme é muito ruim”.

Um comentário:

  1. Show de bola a matéria... e são tantos outros casos esquecidos, não divulgados, ou até desconhecidos...

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