Páginas

segunda-feira, 13 de junho de 2011

A Tropa do Alemão dá o primeiro título ao Mavericks

A festa texana não tem hora para acabar. O primeiro título da história do Dallas Mavericks e cada gole de cerveja bebido na comemoração são um oferecimento do gigante chamado Dirk Nowitzk.

Nada foi capaz de segurar o alemão nas finais da NBA. Nem o trio de craques do Heat, tampouco a febre de 39 graus no quarto jogo fizeram a montanha gelada derreter. Nowitzk foi decisivo. Quando o jogo apertava, a bola rodava de mão em mão até chegar ao homem. Do alto dos seus 2,13 cm, Dirk flutuava em quadra e fazia chover. Longe de ser desajeitado, com uma precisão de poucos, o alemão fez o aro parecer grande na série decisiva.

Bem diferente de Dirk Nowitzk, considerado com sobras o jogador das finais, o astro Lebron James se apagou. Depois da primeira partida, Lebron decaiu jogo pós jogo. O primeiro sintoma foi o crescimento vertiginoso do parceiro Dwyane Wade – até aí beleza –, depois vieram a falta de pontos e do protagonismo. Com um volume menor de jogo, a bola passou a ficar pouco em suas mãos e quando ela chegava parecia queimar. Depois de largar os Cavalliers por conta da sede por uma conquista, o peso da responsabilidade começou a pesar. Ele parecia que precisava provar a cada bola, e provou. Provou com diversos erros infantis que ainda não está no patamar dos maiores da história.

Outro diferencial da Tropa do Alemão foi justamente o seu poder coletivo. Dallas tem dois armadores extremamente qualificados. J.J. Barea e Jason Kidd sabem colocar a bola debaixo do braço e dar ritmo ao jogo. Os raçudos Shaun Marion e Tyson Chandler brigam por cada lance, por cada palmo de quadra e são o termômetro do garrafão.

E por último, Jason Terry. Junto com Dirk, perdeu a outra final da franquia, cinco anos atrás, também contra o Miami. A vontade de comer o prato frio era tanta, que chegou a tatuar o troféu da NBA no braço antes mesmo da temporada começar, com a promessa de apagar caso não fosse campeão. Não será necessário. Irregular nos três primeiros jogos, o neguinho marrento não afinou e pontuou bastante nos últimos duelos. Na marcação, anulou James. No ataque, o repertório era maior: infiltrações, dribles, cestas de três e uma desenvoltura em quadra típica do basquete de rua.

Parabéns Dallas Mavericks, campeão da temporada 10/11.

4 comentários:

  1. Pô, eu acho exagero dizer que o James foi infantil e não está no patamar dos grandes. Dá uma olhada nos números dele nos jogos das finais:
    Jogo 1: 24 pontos, 9 rebotes, 5 assistências, 1 roubo de bola e 1 turnover.
    Jogo 2: 20 pontos, 8 rebotes, 4 assistências, 4 roubos de bola, 5 turnovers.
    Jogo 3: 17 pontos, 3 rebotes, 9 assistências, 2 roubos de bola, 4 turnovers.
    Jogo 4: 8 pontos, 9 rebotes, 7 assistências, 2 roubos de bola, 4 turnovers.
    Jogo 5: 17 pontos, 10 rebotes, 10 assistências, 0 roubos de bola, 4 turnovers.
    Jogo 6: 21 pontos, 4 rebotes, 6 assistências, 1 roubos de bola, 6 turnovers.

    Em um time com a qualidade do Heat (onde 3 de seus jogadores estavam acostumados a jogar "sozinhos"), eu não acho absurdo que o Lebron tenha feito exibições somente boas, não.
    Na minha humilde opinião, até o Kobe, num time com tantas estrelas, teria um aproveitamento menor, dependendo da marcação adversária. Explico: ambos (Kobe e Lebron) estão acostumados a fazer 30-50 arremessos por jogo. Acertando 15-20. Sendo marcado por 2 jogadores, o mínimo que ele deveria fazer era deixar aqueles com menos marcação jogar. E foi isso que ele fez.

    Acontece que, num jogo onde não há jogo de garrafão, a distribuição de bola importa muito. E o time do Heat precisou confiar no mediano Mike Bibby (que foi bom, anos atrás, pelo Sacramento Kings).

    Se o time do Heat jogasse com o Bosh como 5, o Lebron como 4, Wade como 3, House como 2 e Chalmers como 1, o jogo poderia ter sido diferente. Mas preferem colocar o Anthony na quadra, que, em 10 minutos jogando, pegou 3 rebotes e só! Não fez mais nada!!!

    Esse time do Heat só tem a crescer, e eu espero ver o Lebron jogando, no mínimo, como 3 a temporada inteira. E que eles arrumem um armador de verdade. Depender dos finalizadores para distribuir a bola não dá (afinal, eles estão sempre muito bem marcados).

    ResponderExcluir
  2. Caro Tomás,

    Compreendo que os números do Lebron não foram horríveis. Mas a expectativa era muito maior. Não apenas nos números como chamando a responsabilidade do jogo, algo que ele fez somente na primeira partida e em alguns momentos do último duelo. Na minha opinião foi muito pouco.

    Coloco abaixo um dado que li no blog do Everaldo Marques, narrador da ESPN:

    Lebron James teve média de 26,7 pontos por jogo na temporada regular. Nas finais, esse número baixou para 17,8 pontos por partida. A queda de quase nove pontos na média por jogo entre temporada regular e finais foi a maior da história entre jogadores que anotaram pelo menos 25 pontos por partida na temporada regular. Com a derrota nas finais de 2011, Lebron agora é o segundo jogador da história a ter 2 títulos de MVP no currículo e derrotas nas duas primeiras finais de sua carreira - o outro é Karl Malone.

    ResponderExcluir
  3. Dá uma olhada no que o Lebron declarou:

    "Eu coloquei muita pressão em mim para não decepcionar meus companheiros, talvez foi até demais. Não joguei no nível que estou acostumado. Isso custou o título nas finais? Não sei, eu não estou satisfeito com minha performance".

    ResponderExcluir
  4. É claro que ele não está satisfeito com o que produziu. Afinal, trata-se do jogador especulado a ser o próximo Jordan (na real, segundo o Pippen, maior que o Jordan).
    Mas dizer que o astro Lebron se apagou nas finais é um pouco de exagero. Ele foi muito bem marcado e não conseguiu superar seu adversário. Parabéns pro adversário. Não precisa desmerecer o cara. Parece que, só porque quem estava marcando ele não é estrela o grande que deve ser diminuído, e não o pequeno engrandecido.

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...