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sexta-feira, 10 de junho de 2011

As quatro linhas na telona

Retratar o futebol no cinema é uma das coisas mais difíceis que existem. Pelo menos para nós brasileiros. Entendemos demais do esporte e cobramos produções perfeitas. Filmagens mal feitas do jogo geram comentários jocosos. "Que coisa ridícula. Quem é que chuta a bola desse jeito? E o meião do cara não fica sujo? Olha que forçada a defesa do goleiro".


É claro que existem filmes de sucesso que reproduzem o mundo fora das quatro linhas. É o caso do excelente Holligans, com Elijah Wood. Mas fazer com perfeição algo que é tão próximo do nosso cotidiano, a bola em jogo, a cobrança de corner, a catimba, a cabeçada que trisca a trave e sai pela linha de fundo, levando os torcedores ao delírio, é quase impossível.

E como criar sintonia entre a pipoca e a redonda? Me parece que os diretores brasileiros acharam a solução. Ou mostram aquilo que cerca o futebol (mandingas, macumbas, brigas, bastidores, polêmicas, etc) ou fazem... Documentários! Tem gol melhor do que o de verdade?! É isso. Tem que filmar o jogo real, o sofrimento e o contentamento dos jogadores, a angústia dos treinadores e a Paixão Clubística dos torcedores. Coisas que ninguém consegue interpretar com exatidão.

O mais novo filme, que em breve estará no escurinho dos cinemas de Salvador, Feira de Santana e São Paulo, é o Bahêa Minha Vida. Dirigido por Marcio Cavalcante, o longa metragem conta a paixão, os sonhos e a vida do torcedor do Tricolor de Aço. Uma vida expressa em alegrias e lágrimas, em gritos e silêncios, em desencantos e euforias. É realmente uma bela homenagem. Veja o teaser do documentário. É de arrepiar até o mais fanático dos torcedores do Vitória:

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