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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Massa, Senna e Barrichello não vão ao pódio em Interlagos

Melancolia: brasileiros não vão ao pódio
Por Alessandro Lefevre

Os motores roncaram nesta sexta-feira pela primeira vez em Interlagos. A Fórmula 1 chegou, mas não trouxe novidades. 

Não teremos nenhum brasileiro disputando as primeiras posições. 

Se a previsão se confirmar, esta será apenas a quinta vez desde 1970, quando Emerson Fitipaldi estreou na F1, que um brasileiro não terminará uma prova entre os três primeiros durante toda uma temporada.

Com uma desbotada Ferrari vermelha, Felipe Massa foi o melhor brasileiro. Ele fez o quinto melhor tempo pela manhã e o sexto à tarde.

Bruno Senna, da Lotus, está longe de se parecer com o tio. Talvez porque atualmente ter um bom carro é fundamental para o desempenho do piloto.  

Os resultados de Bruno nos treinos livres não são sequer dignos de nota.  

Mesmo assim, como disse neste post, Senna é a esperança verde e amarela na categoria.

A torcida é para que ele renove o contrato com a Lotus e faça uma temporada desde o começo no ano que vem.

E o Rubinho, heim?! Barrichello é um ex-piloto em atividade. E ponto.

Com o campeonato já decidido, o domingo vai mesmo ter as atenções voltadas à antepenúltima rodada do Brasileirão.

Pra você que vai almoçar com a família, assista à largada, deixe a TV ligada, volte pras fofocas, veja a bandeira quadriculada e a festa no pódio (sem a execução do Hino Nacional).

Luzes no fim do túnel
Já que não têm nada a perder, a esperança é que os pilotos sejam agressivos e partam para as ultrapassagens sem medo. Afinal, até o Mundial de Construtores já tem a Red Bull como campeã.

Prova começa seca e termina molhada
Outro ponto interessante é a previsão de chuva para o meio da corrida. Isso pode dar uma graça ao Grande Prêmio do Brasil. As equipes vão ter que trabalhar rápido para a troca de pneus e pode haver alteração nas posições. Fora os pegas na chuva que são sempre mais interessantes.

Veja o que Felipe Massa e Bruno Senna falaram sobre a próxima temporada:

5 comentários:

  1. tem gente que aprecia e acompanha automobilismo.

    e tem gente que gosta mesmo é de ver brasileiro ganhando.

    são duas coisas distintas.

    alguns esclarecimentos para o segundo grupo de pessoas:

    a fase dos anos 70 (2 títulos e 2 vices) e dos anos 81 a 91 (6 títulos em 10 anos) não vai se repetir.

    não porque não tenhamos pilotos de qualidade. Barrichello e Massa estão entre os 10 melhores do grid atual, mas o primeiro não tem equipamento competitivo, e o segundo não conseguiu voltar ao nível de rendimento de antes do acidente na hungria em 2009. Bruno Senna ainda não teve tempo de demonstrar ser um piloto top, mas entendo que ele não é nenhum fora de série.

    para haver renovação em qualquer esporte, é necessário investimento em categorias de base, coisa que não existe no Brasil. não só no automobilismo, mas em praticamente todo esporte, exceção ao futebol e talvez ao vôlei (é sintomático o fato de uma das únicas categorias-escola de monopostos só existir por iniciativa do Felipe Massa).

    Salvo um ou outro caso particular de trajetória de piloto, as categorias de base de monopostos são necessárias para se chegar à F1. correr na europa é muito caro, portanto temos que ter categorias no brasil para um início de carreira financeiramente viável.

    sobre as "esperanças brasileiras": Luiz Razia e Felipe Nasr são pilotos promissores, mas hoje em dia promessa não é suficiente. Lucas Di Grassi é um piloto mais rápido do que o Bruno, mas ser o mais rápido também não é o suficiente hoje em dia. É assim que as coisas são hoje em dia, se acostumem com isso.

    agora, se uma matéria sobre automobilismo afirma que num fim de semana de GP Brasil o melhor do dia vai ser o futebol, é porque o autor gosta mesmo é de futebol.

    por isso acha que o Barrichello é um ex-piloto, que Massa está com performance ruim somente por causa do carro e que o Senna já mostrou qualidades suficientes pra ser um piloto de ponta

    por isso não cita o Fittipaldi quando comenta o sucesso de pilotos brasileiros na F1.

    por isso escreve uma pachecada como "Talvez, com um carro um pouco melhor, o menino, que é ousado como o tio, possa dar novas alegrias aos brasileiros. Força, Senna! Você é a esperança do esporte a motor no Brasil!"

    pelo visto o autor só aprecia fórmula 1 quando tem brasileiro vencendo corrida, portanto sugiro ao mesmo assistir e escrever somente sobre UFC (ou futebol).

    PS: a propósito, esporte a motor não se resume a F1. para a pachecada de plantão: temos pilotos brasileiros em diversos níveis de competitividade espalhados em diversas categorias. Um brasileiro foi campeão de F3 inglesa esse ano. pela primeira vez temos brasileiros correndo o mundial de rali de velocidade. também pela primeira vez temos brasileiros competindo na NASCAR. temos pilotos competitivos da indy. é só escolher.

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  2. eh meu amigão vc está merecendo uma vaga na globo!

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  3. Alexandre,

    Nossa atual safra de pilotos não é nem sombra dos grandes pilotos que tivemos no passado.

    Mas não podemos dizer que o Gonçalves, Massa e B Senna sejam ruins - eles estão na média.

    O problema é que pra fazer história é preciso estar acima da média

    abs

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  4. Pedro Araújo,

    o esporte foi feito para torcer. Eh claro que há falta de investimentos em categorias de base, mas se os brasileiros não vão bem qualquer esporte perde o apelo por aqui.

    Vc pode assistir pq gosta de corrida, mas o brasileiro em geral assiste para vibrar.

    a F1 inclusive só ficou famosa por aqui justamente pela notoriedade de Fitipaldi, Piquet e Senna.

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  5. Pedro, o grande Felipe Massa, que você diz que tem seu desempenho comprometido por conta do acidente em 2009, disse ontem à Folha que, se receber ordens da Ferrari, dá passagem a Alonso novamente para que ele conquiste o vice-campeonato.

    Coisa que Barrichello fez com Schumacher.

    Senna ainda não passou por um teste de fogo desses.

    Por isso, apesar das críticas, confio que o Bruno ainda possa trazer alegria ao povo brasileiro.

    Tem que ser competitivo. Ou peita e chama a responsabilidade. Ou abre e fica marcado por isso. É fácil...

    Quanto à falta de investimentos em categoria de base, isso é realmente notório. O paitrocínio é ainda um dos poucos caminhos para crescer no esporte a motor.

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