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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O comovente gol de Maurine

Fiquei mais do que arrepiado com o gol da Maurine, que classificou a Seleção Feminina para a decisão. Me comovi de verdade com a emoção que transbordou da lateral-direita. Um sentimento puro que mudou suas feições, a fez chorar, correr sem rumo.
Maurine perdeu o pai na segunda-feira, um dia antes do jogo decisivo para o time brasileiro. Antes que a comissão técnica a procurasse, ela bateu no peito, chamou a responsabilidade de ser uma das principais jogadoras do time e pediu para ficar. Pediu para jogar pelo Brasil – no caso, o seu pai, que tem o nome de nosso país.
Da mesma maneira que o time do Vasco, perante o grave caso do seu treinador, Ricardo Gomes, a Seleção tirou da dor o combustível para buscar o título. Uma maneira de homenagear o pai de Maurine.
Mas a principal homenagem estava guardada. Como foi bonito vê-la balançar a rede, se ajoelhar, pensar no pai, e vibrar. Vibrar como se aquele fosse o gol mais importante de sua carreira. Foi como se naquele momento houvesse uma conexão espiritual entre os dois.
Ficou claro o motivo dela ter optado por não regressar ao Brasil. Maurine precisava fazer um gol para dedicar ao seu pai. À memória dele. À dor da família.
“Minha mãe estava chorando quando cheguei em casa”, comentou um camarada meu, Caio Figueira – o Pan. Percebi que não fui só eu que fiquei tocado com a cena. Só mesmo uma pessoa de coração de pedra é capaz de assistir ao lance e não se arrepiar com a cena.
Por isso indico aos leitores do Paixão um dos gols mais emocionantes dos últimos tempos. Quem se interessar pode acompanhar a entrevista que ela deu para a Record, no começo do segundo vídeo.
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