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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Futebol democrático

Ainda em pré-temporada, a National Footbaal League não se importa muito com os resultados finais de cada partida. E nem deve, pois nessa semana o New England Patriots, time do astro e marido de Gisele Bündchen, Tom Brady, perdeu para o Detroit Lions. Os assuntos mais comentados pelos americanos são os últimos acordos milionários, como do WR do Arizona Cardinals Larry Fitzgerald e do QB Michael Vick, do Eagles, além das famosas previsões, algo que os comentaristas mais fazem na vida!   

E se tem alguma coisa complexa no futebol americano é chutar um palpite. Na NFL não existe categorias de base nem empresários comprando passes de meninos com 12 anos para depois fazer acordos com os cartolas mais chegados. A grande maioria dos jogadores que vão para o Draft (processo de escolha dos jogadores para os times da NFL) está no último ano da faculdade e precisa mostrar muito serviço nas ligas universitárias. E não é como no Brasil, onde o clube que tem mais dinheiro leva. A equipe pior colocada do ano passado é a primeira a escolher um atleta no Draft, a penúltima a segunda e por ai vai.
Outro motivo que dificulta um comentário sobre qual é o melhor time é o número de jogadores titulares. Com 11 no ataque, 11 na defesa, 1 kicker e 1 punter, cada equipe tem, no mínimo, 24 atletas de primeiro time. Ou seja, é mais fácil analisar e palpitar o melhor clube de vôlei ou de basquete do que um de futebol americano.

E por fim, mas não menos importante, é a questão da grana. Sempre que Santos, ou Flamengo (apenas dois exemplos) vão enfrentar um clube de pequeno porte, os comentaristas que adoram números fazem as contas e falam: Mesmo se juntar toda a folha salarial desse time, não chega à recompensa de Neymar ou Ronaldinho Gaúcho. Pra variar, a NFL tem outro método. Com o último acordo realizado, cada equipe pode gastar até 120,4 milhões em salários aos seus atletas. Claro que eles tem mais grana, mas a questão aqui é que a NFL é umas das ligas mais democráticas do mundo. Sendo assim, a disputa do campeonato é mais dividida e não fica apenas entre dois ou três clubes como ocorre no futebol europeu.

5 comentários:

  1. Não sabia dessa fita que a equipe pior colocada tem prioridade. Bela regra!

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  2. irado, não tinha ideia de nada que está escrito...! mandou muito andrézão!

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  3. andré, uma pergunta: e se o nego não aceita ir para o time mais capenga da NFL ?? O cara é o bam bam bam dos universitários e o america-mg quer contratar ele....ele é obrigado a ir??

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  4. Ele pode recusar, mas ai não seria mais "draftado" naquele ano.

    No entanto é muito difícil isso acontecer. 1º pq não existe nenhum América-MG lá. Tem time que já perdeu os 16 jogos da temporada, mas a recuperação, a longo prazo, é quase certa (os donos dos times querem vencer e não como os nossos que apenas pensam nos próprios bolsos).

    2º: O cara que recusar ficaria marcado. Os jogadores também reclamam quando não são valorizados, fazem greve por um salário melhor, mas negar um convite para jogar na liga profissional seria considerado burrice.

    E outra, pra entrar no Draft precisa ter saído há, pelo menos, 3 anos do Ensino Médio deles. Ou seja, os jogadores tem estudo e consciência. Muito diferente do Brasil, onde a grande maioria nem no colegial chega.

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  5. O texto ficou muito bom e interessante, André. Boa parte dessas coisas que você citou não eram conhecidas por aqui.

    Fausto, o Lebron James, por exemplo, foi draftado pelo Cleveland Cavaliers, um time totalmente sem tradição. E após ser draftado, teve que esperar um determinado número de temporadas para poder trocar de time, outra regra que existe por lá.

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