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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Carta aos “JOÕES BOBÕES”

Inspirado na ressurreição do futebol uruguaio fui buscar alguma explicação na literatura “celeste” para essas comemorações ridículas que são realizadas pelos jogadores JOÃO BOBOS. E encontrei-a. No livro, “Futebol ao Sol e à Sombra”, o escritor Eduardo Galeano resume com clareza a atual realidade do futebol mundial, excluindo, é claro, três casos especiais: o Barcelona (seleção espanhola), o Santos e a Alemanha.




Bonecão?



"Triste sinais dos tempos, o século XXI sacraliza a uniformidade em nome da eficiência e sacrifica a liberdade nos altares do sucesso. “A gente não ganha porque vale, a gente vale porque ganha”. Cada vez mais, como todo o resto, o futebol profissional parece regido pela UINBE (União de Inimigos da Beleza), poderosa organização que não existe mas manda. Fabrica-se, em série, um futebol mais frio que uma geladeira.".



Vocês não podem ser reféns de um padrão ou a ações de marketing realizadas por um meio de comunicação. Os atletas precisam entender que são maiores que isso. Vocês compõem o maior espetáculo da Terra. Levam alegria a quem a vida cotidianamente castiga, curam dores momentâneas, matam a fome, param guerras.






Quando a pelota balança o barbante, nos tornamos iguais. Então artilheiros, gritem, pulem, chorem, subam no alambrado, vão aos torcedores, sejam criativos, deixem a emoção tomar conta de vocês. E como Galeano escrevera:





"O gol, mesmo que seja um golzinho, é sempre goooooool na garganta dos locutores de rádio, um dó de peito capaz de deixar Caruso mudo para sempre, e a multidão delira e o estádio se esquece que é de cimento, se solta da terra e vai para o espaço.".

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