Por Tuca Veiga
Feliz da bola quando chegou aos pés do menino.
Feliz da bola quando chegou aos pés do menino.
Como a tinta disposta na paleta do pintor, estava pronta para virar obra de arte.
Ele a acolheu.
Ao estilo R10, deixou os marcadores atordoados com o suingue de seus pés.
Só na saudade.
Na meia cancha, os carregadores de piano estavam prontos para desafinar a sinfonia.
Esperto, ergueu a cabeça, chamou a tabela.
Quem piscou, perdeu o garoto sair do cerco na lateral e bater nas portas do gol numa fração de segundo.
Mão na cara do marcador.
Do jeito que o Rei mandou.
Ali, nem o garoto vestido de branco sabia o que iria fazer.
E como ele gosta de improvisar!
Puxou por entre as pernas, deu a vaca no João e viu a trave ficar grande.
Três dedos.
Macia.
Com requintes de crueldade.
Foi assinar a obra de arte, correr pro abraço e ficar na eternidade.
O mais bonito de 2011.
E xô complexo de vira-lata.
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