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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Neymaradona, Neymessi, Nei Pelé


Por Tuca Veiga

Feliz da bola quando chegou aos pés do menino.

Como a tinta disposta na paleta do pintor, estava pronta para virar obra de arte.

Ele a acolheu.

Ao estilo R10, deixou os marcadores atordoados com o suingue de seus pés.

Só na saudade.

Na meia cancha, os carregadores de piano estavam prontos para desafinar a sinfonia.

Esperto, ergueu a cabeça, chamou a tabela.

Quem piscou, perdeu o garoto sair do cerco na lateral e bater nas portas do gol numa fração de segundo.

Mão na cara do marcador.

Do jeito que o Rei mandou.

Ali, nem o garoto vestido de branco sabia o que iria fazer.

E como ele gosta de improvisar!

Puxou por entre as pernas, deu a vaca no João e viu a trave ficar grande.

Três dedos.

Macia.

Com requintes de crueldade.

Foi assinar a obra de arte, correr pro abraço e ficar na eternidade.

O mais bonito de 2011.

E xô complexo de vira-lata.

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