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sexta-feira, 6 de maio de 2011

“Um jogador chato de enfrentar”




Como é bom ver o Brasil ganhar. Esta sexta-feira começou assim, com a aprazível sensação que o nossa mais nova promessa do tênis brasileiro, Thomaz Belucci, é imbatível. Corrijo-me enquanto há tempo: Thomaz Belucci está imbatível. Para os leigos, eu provo esta afirmação com fatos e números.

Esta semana ele atropelou nada mais nada menos que o britânico Andy Murray e o tcheco Tomas Berdyc, 4° e 7° colocados no ranking mundial (finalizo este texto antes da provável semifinal diante do sérvio Novak Djorkovic). Somente os mais céticos não acreditam que o brasileiro é forte candidato ao título Masters 1.000 de Madrid. Aprofundo-me ainda mais: Forte candidato a novo ídolo nacional.

O garoto de apenas 23 anos parece a cada torneio que disputa aumentar ainda mais a sua versatilidade dentro de quadra. “Um jogador chato de enfrentar”, assim o define Fernando Meligeni, ex-tenista brasileiro. Sem medo de estar cometendo um sério equivoco, digo que esta evolução se deve a um nome: Larri Passos. Sim, amigos, aquele mesmo Larri que levou o nosso maior ídolo do tênis, Gustavo Kuerten, a três títulos de Rolland Garros está lapidando este nosso novo diamante.

A cada ponto conquistado Larry comemora como se fosse um título de Rolland Garros. Talvez esta vibração intensa seja o que faz este filme se repetir no tênis brasileiro.



Para comentar a evolução no tênis de Tomaz Belucci, o Paixão Clubística ouviu Fernando Meligeni, o Fininho, ex-tênista brasileiro. Acompanhe o bate-papo.


P.C:Fininho, você vibrou muito com a vitória do Tomaz (Belucci) nesta manhã de sexta-feira?

F.M: Muito. Claro que a gente que já esteve lá dentro torce de uma maneira diferente, não de uma forma desvairada. É uma felicidade muito grande ver a evolução deste garoto.

P.C: Na sua opinião, o que mudou no Tomaz Belucci após a chegada do Larry Passos?

F.M: Hoje ele está muito mais encorpado tecnicamente. É difícil falar em responsabilidade, mas o Larry tem uma parcela gigantesca nesta evolução. Eles demoraram um pouco para se encontrar, mas, depois de uns três ou quatro meses, hoje ele é claramente diferenciado. Um jogador chato de enfrentar.

P.C: Nasce um novo ídolo brasileiro?

F.M: É cedo para responder, mas ele já conseguiu algo importantíssimo que foi trazer o tênis de volta à mídia. Hoje eu saí na rua e muita gente me perguntou sobre ele. Ele balançou o nosso esporte de forma positiva.

P.C: É possível compará-lo com o Guga, já que os dois foram treinados pelo mesmo treinador?

F.M: Eu acho o Tomaz (Belucci) mais agressivo que o Guga. Acredito que daqui a pouco tempo ele vai adotar uma outra filosofia de jogar com um pouco mais de responsabilidade e cautela.

P.C: Esse tipo de comparação, com ex-jogadores, pode prejudicá-lo?

F.M: Com certeza. Nós temos que perder a mania de sermos viúvas de ex-ídolos. O Tomaz é o Tomaz, o Fininho foi o Fininho e por aí vai.

Um comentário:

  1. Será que o Belucci tem carisma suficiente para ser ídolo nacional? E tênis?

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