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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Segunda

A segunda rodada do Brasileirão 2011 terminou com quatro líderes. São os melhores? Não se sabe, difícil cravar os bons e os ruins em apenas dois jogos. Mas algo curioso está acontecendo. Onde estão o Internacional, com irretocável elenco, e o Cruzeiro, de Montillo e cia? Uma considerável ressaca pela eliminação na Libertadores aparece, meio calada e tímida, como possível explicação. Mas será mesmo?

E quanto ao Vasco, que vem jogando com os reservas, e ontem, no segundo tempo contra o América, de Minas, se deu ao luxo de poupar o meia Bernardo? Duas vitórias sem sequer levar à campo o bom time titular que está na final da Copa do Brasil, onde é favorito. E sim, o Vasco tem bom time. Há anos, o time da Colina não tem elenco tão razoável e capaz de brigar por algo que seja mais que o meio da tabela. Se vai chegar, são outros quinhentos.

À parte isso, há o Corinthians, também com duas vitórias. O time está despedaçado depois da saída de Ronaldo, com Jorge Henrique ainda vivendo do que já fez e dependendo de Danilo e da dupla Liédson e William para tentar almejar algo mais. O adendo é: Alex, no meio, e Emerson, no ataque, poderão dar, quando estrearem - ainda não se sabe quando exatamente -, o que o Corinthians precisa e ainda não tem.


O Atlético-MG, na ponta, não chega a ser surpresa. Dorival Júnior parece ter o time sob controle e, com a subida natural de produção de alguns dos reforços, pode, sim, ficar na briga até o fim. O Botafogo, claro, em situação bem diferente, tenta ainda fazer um time forte. Mas será que Loco Abreu e Herrera, no ataque, e Maicossuel, caso jogue o seu melhor, além das boas contratações de Renato e Elkeson não fazem do Fogão um candidato a, no mínimo, um bom time?

Dos prontos, há o São Paulo, levanto-se em conta, claro, a participação cada vez mais adiada de Luis Fabiano, no ataque. Ele, ao lado do garoto Lucas e Dagoberto, se permanecer jogando assim, aliados à boa estrutura de defesa que o tricolor sempre tem... Como não pensar em briga pelo título? Assim como o Flamengo, que deu de presente o empate ao Bahia, em Salvador. À parte a injusta expulsão de Helder e o penâlti não marcado para o time de Renê Simões, as falhas rubro-negras são as mesmas: não há defesa, a dupla de zaga somente faz testar, a cada rodada, a capacidade cardíaca dos torcedores. E os méritos, também: realmente Luxemburgo acertou a mão no sistema ofensivo. O meio-campo e o ataque, cada vez mais entrosados, já fizeram sete gols, atual melhor marca do Brasileirão.

O Fluminense ainda carece da chegada de Abel Braga para ter, de fato, algo concreto para colocar em campo. Assim como o Santos, que aguarda o tão sonhado título da Libertadores para, enfim, dar atenção mínima ao Brasileirão. Mas a disputa do Mundial pode, de novo, fazer com que Muricy escale o time que apenas ganhou um ponto em dois jogos. Já o Palmeiras... Apenas Kléber e Marcos Assunção não levarão os comandados de Felipão a canto algum, a não ser a segunda metade da tabela.

Destaque da rodada: E não é que o Ceará mostrou que a mágica de Vágner Mancini ainda pode durar... Vencer o Inter, em Porto Alegre, mesmo com o Colarado em má fase, sempre é um feito considerável. O Ceará o fez, foi recebido com um alvoroço no aeroporto na volta para Fortaleza e já desponta como candidato a adversário mais indigesto do Brasileirão. Que o diga Vanderlei Luxemburgo, Ronaldinho, Thiago Neves...

2 comentários:

  1. O Botafogo, com a chegada de Elkeson e Renato, já não é mais favorito ao rebaixamento. Apenas isso. E o Ceará só ganhou do Inter porque o Inter de Falcão é fraquíssimo. Talvez o ídolo do Colorado seja o primeiro técnico a cair no Brasileirão.

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  2. Será que é somente isso? Será tão simples assim? Será que futebol é bola ou búlica? Ciência exata? Mas concordo que, nessa toada, o Falcão tem tudo para cair.

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