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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Quadrilha da bola

Por Lucas Bueno

Chegando do trabalho às nove da manha (não pense você que vida de jornalista é fácil!) ligo a televisão e vejo informações preliminares da BBC que foi descoberto o megaesquema de manipulação de resultados, envolvendo aproximadamente 680 jogos, incluindo partidas da Champions League e das eliminatórias da Copa.

Com o passar das horas, todas essas informações estão sendo confirmadas. Esquema que tem origem em Cingapura e braços em 15 países europeus e em mais de 300 outros espalhados pelo mundo. Uma rede de corrupção que investe 2 milhões de euros e lucra 8 milhões. Quatro vezes mais! O futebol fica mais triste e os "espertinhos" mais ricos, com subornos chegando a 140 mil euros.


Dinheiro fácil quem não quer né?! Esses esquemas de corrupção nunca terão um fim. Tudo porque eles envolvem o ser humano, pessoas que são corrompíveis por natureza. O futebol é um negócio extremamente lucrativo, onde o dinheiro sujo fica "limpinho". 

Isso explica a vinda de sheiks, empresários, industriais bilionários tornando-se donos de clubes e injetando quantias inimagináveis neles. Quem tem dinheiro, sempre quer mais dinheiro. 


Já tivemos corrupções recentes no futebol da Itália, do Brasil, da Turquia. Existem fraudes em todo lugar... na política, nos estádios, no jornalismo, nas empresas, nos alfarás de casas noturnas. E esses erros devem ser punidos exemplarmente para que casos como esses apareçam cada vez menos.

O maior pecado disso tudo é imaginar que uma "simples" decisão pode mudar completamente o destino de pessoas inocentes.

Quanto técnicos perderam seus empregos após um resultado "comprado"?

Quantos títulos foram comemorados injustamente?

Quantos apaixonados foram traidores pelos engravatados que se acham no direito de modificar a história?

Quantos torcedores foram assassinados depois de um jogo que não valeu nada?

E a crença no algo melhor, onde fica?

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