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terça-feira, 16 de outubro de 2012

A queda de um rival



Por Tuca Veiga

“Pimenta nos olhos dos outros é refresco”. O antigo ditado explica muito bem o que acontece hoje na cidade de São Paulo. Palmeirenses cabisbaixos, em cacos, acompanham diariamente outro provérbio ir por água abaixo, pois a esperança, pelo jeito, será a primeira a morrer neste ano.

Torcer para que o rival se afunde é, nos dias de hoje, algo mais que corriqueiro, é uma regra e poucas são as exceções. No caso da segunda queda alviverde, que não aconteceu somente na calculadora, eu posso dizer que sou uma exceção.

Não quero ver o arquirrival de meu time no fundo do poço. Fora uma ou outra tiração de sarro, não tenho mais nada a ganhar com isso. O Derby fará muita falta em 2013. Vão me obrigar a torcer para que eles passem de fase na Libertadores para, enfim, vingarmos as vezes que paramos nas mãos de São Marcos. Embora a principal competição sul-americana não seja lá uma Brastemp, é difícil crer que o Verdão seja um postulante ao título.

Eu sei que virou moda ser “anti”, mas numa boa, o Palmeiras não merece cair justo no ano que recuperou a sua dignidade, justo quando fez sua torcida sorrir após temporadas e mais temporadas.

Quem merece é o diretor que torce contra para que sua ala possa chegar ao poder. Quem merece é o torcedor que bate em atleta, é o cara que não sabe lidar com a sua frustração e joga cadeiras em campo, fazendo com que o time perca mandos justamente na hora que mais precisa da ajuda da arquibancada. Destes, eu não tenho a menor pena.

Mas do Palestra velho de guerra, rival de muitas decisões, confesso que tenho.

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