Por
Tuca Veiga
“Pimenta
nos olhos dos outros é refresco”. O antigo ditado explica muito bem o que
acontece hoje na cidade de São Paulo. Palmeirenses cabisbaixos, em cacos,
acompanham diariamente outro provérbio ir por água abaixo, pois a esperança,
pelo jeito, será a primeira a morrer neste ano.
Torcer
para que o rival se afunde é, nos dias de hoje, algo mais que corriqueiro, é
uma regra e poucas são as exceções. No caso da segunda queda alviverde, que não
aconteceu somente na calculadora, eu posso dizer que sou uma exceção.
Não
quero ver o arquirrival de meu time no fundo do poço. Fora uma ou outra tiração
de sarro, não tenho mais nada a ganhar com isso. O Derby fará muita falta em
2013. Vão me obrigar a torcer para que eles passem de fase na Libertadores
para, enfim, vingarmos as vezes que paramos nas mãos de São Marcos. Embora a
principal competição sul-americana não seja lá uma Brastemp, é difícil crer que
o Verdão seja um postulante ao título.
Eu
sei que virou moda ser “anti”, mas numa boa, o Palmeiras não merece cair justo
no ano que recuperou a sua dignidade, justo quando fez sua torcida sorrir após
temporadas e mais temporadas.
Quem
merece é o diretor que torce contra para que sua ala possa chegar ao poder.
Quem merece é o torcedor que bate em atleta, é o cara que não sabe lidar com a
sua frustração e joga cadeiras em campo, fazendo com que o time perca mandos
justamente na hora que mais precisa da ajuda da arquibancada. Destes, eu não
tenho a menor pena.
Mas
do Palestra velho de guerra, rival de muitas decisões, confesso que tenho.
mas aih, lembremos q ainda nao caiu!
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