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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Chegamos ao ápice do cafajestismo




Por Felipe Pugliese


Mano Menezes apanha como um cachorro vira-lata. É menosprezado, ofendido e mal-amado da mesma forma que um canino andarilho. Todos querem tirar uma casquinha do treinador brasileiro. Ah, como é gostoso achincalhar o próximo, não é mesmo?

Eu, neste espaço, vou fazer algo raro desde que o gaúcho assumiu o escrete. Vou elogiá-lo. Sim, vou falar bem do cara. Vou tratá-lo com o mesmo respeito que trato um cachorro de grife.

O torcedor não gosta do Sr. Menezes pelos mesmos motivos que nunca tolerou Dunga: a falta de um “currículo” expressivo. Acredito que o lado clubístico interfira nas opiniões algumas vezes, mas não o coloco como principal motivo.

 A gota d`água para este que vos escreve veio após o cancelamento do jogo diante da Argentina. Ouvi de um jornalista “Para mim chega. Fora Mano”.  Viram só, caros leitores? Até a falta de energia elétrica tem caído no colo do comandante.

Falando de bola e não de bastidores. É verdade que algumas posições (goleiro e primeiro volante) ainda não têm donos no time. De resto, a seleção já está definida.

Thiago Silva e David Luiz são referências no miolo de zaga e Dedé é um baita reserva. Marcelo e Daniel Alves laterais. Ramires e Paulinho se firmam cada vez mais como homens no meio. Agora paro meu raciocínio para escrever o mais importante tópico do texto: o Brasil hoje tem um camisa 10 (a vontade de acrescentar um palavrão na frase é enorme)!


Oscar é cérebro da seleção comandada por Mano Meneses


Oscar é o maior mérito de Mano Menezes como técnico da seleção. E não me venham querer tirar o dedo do treinador da situação. O gaúcho sacou nada mais nada menos do que Paulo Henrique Ganso, Ronaldinho Gaúcho e Kaká e esfregou na cara de todos que “Oscar é o dez”.

Neymar, Lucas, Leandro Damião, Luís Fabiano (tem tudo para se firmar) e Hulk completam os homens de Mano.

A Copa das Confederações está aí e nós torceremos contra o Brasil para que Mano não chegue à Copa do Mundo. Chegamos ao ápice do cafajestismo.

Não há melhor forma de encerrar o texto. Vou citar Nelson Rodrigues que, um dia, escreveu que o “o brasileiro é um narciso às avessas”. Concordo de cabo a rabo. Temos um enorme tesão em limpar a sola dos sapatos naquilo que é nosso. 

3 comentários:

  1. Texto excelente, ótimo ponto de vista, mas na verdade eu acho que o time não tem padrão de jogo, só isso.

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  2. Acho impossível ter padrão de jogo se o time joga uma vez por mês junto... e quando joga.

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  3. Cara concordo plenamente, sou apaixonado pela Seleção, é minha paixão desde pequeno, e tenho fé nessa seleção que hoje luta pra chegar bem em 2014. Torço muito pelo Mano e pela equipe. E bora torcer que logo mais o Brasil que todos querem ver, vai aparecer.

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