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sábado, 24 de novembro de 2012

Vettel x Alonso: pressão total em busca do tri

Por Gabriel Duque

Novo tricampeão mundial de Fórmula 1 e nova despedida do heptacampeão Michael Schumacher das pistas marcam o GP do Brasil, em Interlagos. Dono das conquistas de 2010 e 2011, Sebastian Vettel cresceu na reta final da temporada e, com 13 pontos de vantagem sobre Fernando Alonso, está com o título encaminhado. O espanhol, da Ferrari, campeão em 2005 e 2006, sabe que a vida está complicada e já disse que depende de uma “corrida estranha” para buscar o caneco.

De fato, a chuva tem boas chances de aparecer na prova e é a aposta ferrarista. A ajuda do brasileiro Felipe Massa também será de fundamental importância para Alonso tentar tirar a diferença para o rival alemão. Além das armas na pista e as estratégias dos boxes, o espanhol vai no jogo de palavras provocando e visando desestabilizar Vettel. Fernando, inclusive, não fala das qualidades e virtudes do adversário e só cita o carro da Red Bull como o trunfo do germânico.

Mas quem não tem nada com isso e corre livre, leve e solto é Lewis Hamilton, que já está acertado para pilotar em 2013 pela Mercedes e quer se despedir da McLaren com vitória. E o inglês poderia até estar na luta pelo título caso o carro de sua futura ex-equipe fosse mais confiável e não o deixasse na mão. No entanto, agora lhe resta a última corrida pela escuderia para brilhar diante do público paulistano.

Após liderar os dois primeiros treinos livres na sexta, Lewis manteve o domínio e cravou a pole position em Interlagos. Vettel conseguiu ficar à frente de Alonso no grid e vai largar em 4º. Apesar da pressão de ser favorito à conquista, o alemão só precisa usar a estratégia para se sagrar tricampeão. Sem mostrar bom desempenho na classificação, o espanhol sairá em 8º e terá que ser agressivo para minimizar a posição ruim no grid, podendo se envolver em incidentes na luta para galgar postos.

Mesmo com a disputa restrita a Vettel e Alonso e com momentos de destaque de Hamilton, o campeonato de 2012 foi um dos mais equilibrados da história da F-1 com sete vencedores diferentes nas sete primeiras etapas. Além dos três, Jenson Button, Nico Rosberg, Mark Webber e Pastor Maldonado também subiram ao degrau mais alto do pódio. O Mundial, depois, ainda registrou um triunfo de Kimi Raikkonen.

Dança das cadeiras

A saída de Schumi mexeu bastante com o mercado de pilotos da categoria. Hamilton foi para o lugar do alemão na Mercedes e foi sucedido pelo mexicano Sergio Perez na McLaren. Já a Sauber efetivou Esteban Gutierrez, outro mexicano, trouxe Nico Hulkenberg e acabou se desfazendo do mito japonês Kobayashi. A vaga aberta na Force India é disputada pelos brasileiros Luiz Razia, que vem da GP2, e Bruno Senna, também em negociação para renovar com a Williams.

Os dois pilotos canarinhos e Rubens Barrichello seguem de olho em um posto na Caterham, uma das equipes do fim do grid. O veterano, de 40 anos, tenta voltar à categoria após passar a temporada 2012 na Fórmula Indy e com participações na Stock Car. Porém, por enquanto, o único brasuca confirmado é Felipe Massa na Ferrari.

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