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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Tênis volta a ter equilíbrio com “quarteto de ouro”

Por Gabriel Duque

2003 foi o último grande ano para o tênis em termos de equilíbrio, com Lleyton Hewitt, Andy Roddick, Andre Agassi e Juan Carlos Ferrero se revezando na liderança do ranking mundial. Além deles, Roger Federer começava a ganhar títulos de expressão, conquistando seu primeiro Grand Slam, em Wimbledon, e o brasileiro Gustavo Kuerten teve seu último ano em bom nível.

De lá para cá, foram fases de domínio. Teve o período comandado por Federer, depois Rafael Nadal aprendeu a derrotá-lo e roubou seu posto e, em 2011, um monstro chamado Novak Djokovic surgiu e desbancou os dois. Mas, neste ano, o cenário mudou de vez. Os três tiveram seus momentos de brilho e um quarto atleta se juntou a este seleto grupo.

O sérvio iniciou 2012 dando a impressão de que repetiria o grande desempenho da temporada anterior e levou o Aberto da Austrália em uma das finais mais emocionantes que já acompanhei, com direito a incríveis jogadas de Djoko e Nadal durante 5h53min. Sem se abater com o revés, o incansável espanhol veio quebrando recordes no saibro e faturando mais uma vez Roland Garros. Infelizmente, uma grave lesão no joelho fez Rafa perder o segundo semestre inteiro.

Brecha aberta para o rei Federer ressurgir aos 31 anos, mostrar toda sua técnica, simplicidade e qualidade para executar os golpes. O suíço faturou o caneco em Wimbledon e ficou com a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres ao ser derrotado por Andy Murray em uma belíssima final. O inglês, questionado por suas falhas em momentos decisivos, ganhou o improvável ouro em casa, embalou e conquistou também o US Open.

No entanto, no último torneio Masters 1.000 do ano, todos os três favoritos caíram. Então, o raçudo espanhol David Ferrer apareceu e conseguiu um belo título, o seu primeiro num torneio deste nível. Depois de tantas variações, 2012 terminou como começou e Djokovic, com uma campanha invicta, conquistou o ATP Finals, em Londres.

Resta ainda, neste fim de semana, a decisão da Copa Davis entre a Espanha, desfalcada de Rafael Nadal, mas com Ferrer e Nicolás Almagro, e a República Tcheca, de Tomas Berdych e Radek Stepanek. Apesar das partidas serem disputadas em Praga, a Fúria leva pequena vantagem pelo retrospecto recente, já que tem três títulos nos últimos quatro anos.

Contudo, quem vai receber o presente de fim de ano será o Brasil com duas exibições de tirar o fôlego. Djokovic vai enfrentar Guga, neste sábado, no Rio de Janeiro, e ainda irá jogar uma partida de futebol. Já Federer virá a São Paulo em dezembro, entre os dias 6 e 9, para encarar o brasileiro Thomaz Bellucci, o francês Tsonga e Ferrer. Hora de aproveitar e curtir as raras presenças de ídolos do esporte mundial em nosso país.

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