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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Se toda Quarta fosse assim...

Admito. Enquanto muitos esperavam ansiosos o encontro dos ícones do plástico futebol brasileiro, Ronaldinho Gaúcho e Neymar, estava meio reticente ao confronto, porque vi diversos jogos com tamanha publicidade não corresponderem a tal.



Por isso, quando cheguei em casa, liguei a televisão para ver Coritiba e São Paulo. O confronto começa já com uma bola na trave do Coxa. Pressão caseira no Couto Pereira. Aí surge uma bolinha na tela, gol na Vila, Borges. Logo em seguida outra bolinha, segundo gol do camisa nove santista, CyBORGES, programado para marcar.



Percebi que estava vendo o jogo errado, por isso, liguei o computador no Santos e Flamengo. Dois jogos ao mesmo tempo. No televisor, Carlinhos Paraíba tratou de calar todas as vaias que os torcedores coxa-branca entoavam com um tirambaço de esquerda no ângulo de Edson Bastos. Lá na Baixada e no computador, o R10 fez um gol sem goleiro após falha de Edu Dracena e Rafael. Já Thiago Neves fez o segundo dos cariocas na sequencia.



Para não deixar por menos, Neymar, o pequeno Deus, fez um gol magnífico, o terceiro do Santos. Depois de abusar da habilidade no meio-campo, ele finalizou a jogada com um drible desconcertante no “pobre” Ronaldo Angelim, foi pra lá e pra cá, cadê o menino?! Bola na rede!





Se não bastasse a chuva de gols na Vila em 30 minutos, o São Paulo também fazia três gols em meia hora de partida, sendo o terceiro um gol muito bem trabalhado por Dagoberto e Wellington, esse a cada jogo se firma como titular absoluto do tricolor.



Em Curitiba, o duelo estava praticamente decidido, três a nada para os visitantes. Praticamente porque haveria surpresas no decorrer da noite. Mas vamos contá-las por ordem de importância. Vila Belmiro... e pênalti sobre Neymar. É a partir desse momento que o Peixe “morre afogado”.



Elano pede a bola e vai para a marca da cal, concentrado. Todas as críticas sobre o pênalti na Copa América deviam passar por sua cabeça e ele foi corajoso. Com uma cavadinha à Loco Abreu, Elano desperdício o penal e a chance de dar a volta por cima. As más línguas dizem que Elano bateu o pênalti cavado para pelo menos acertar o gol, coisa que não fez em gramados hermanos.



Assim que o goleiro Felipe defendeu a cobrança pensei, o castigo vem a galope e veio. O Mengo empata antes do fim do primeiro tempo.





Que aula do verdadeiro futebol brasileiro, mas ainda com só um protagonista, o jovem Neymar. Ainda, porque o segundo ato desse espetáculo começou com o onze santista fazendo o quarto gol do Peixe na noite. E lá do sul do país outra joia brasileira resolveu dar as caras nesse noite genial. Lucas antecipou a saída de bola do Coxa e com um toque sutil, encobriu o arqueiro adversário. (Coitado do Mano que não viu nada parecido na Argentina.)



Com os jovens talentos dando as caras, Ronaldinho Gaúcho resolveu entrar e roubar a cena. Primeiramente, empatou a partida que não deveria ter fim, com uma cobrança de falta que mais parecia uma tacada de sinuca. Bola encaçapada nas redes santistas. Genial! (Lembrou-me o gol de Rogério Ceni no clássico contra o Palmeiras de Marcos). Depois fez o gol da vitória do Flamengo, o quinto sendo o terceiro dele. Noite épica na Vila!


Mas outro jogo rolava no meu televisor ao mesmo tempo que todos esses fatos já citados aconteciam em Santos. Quando menos se esperava, o Coritiba com um jogador a menos e com uma atuação sensacional do meio Rafinha, ex-São Paulo, no segundo tempo, o Coxa fez 3 gols. Faria o quarto, quinto... se a partida não tivesse que ser encerrada aos 48 minutos do segundo tempo.



Infelizmente a décima segunda rodada do Brasileirão teve fim, com isso termino meu texto com um comentário de um santista que reflete com exatidão o ideal deste blog, a paixão não só clubística, mas pelo Esporte!

Feliz por ter assistido a uma daquelas partidas que só conhecia pelas histórias do meu avô. Que derrota gostosa.”.

Nem passado, nem futuro, e sim presentes do futebol

No chão sagrado da Vila Belmiro, dois talentos de extraclasse desfilaram a sua arte. Um já nos brindou e muito com a exuberância de seu futebol, já tido como em decadência. O outro é a nossa maior esperança de alegria, a menina dos olhos de grande parte dos amantes do esporte bretão.

Neymar voltava a defender a cor branca do Santos após uma passagem ligeiramente frustrante com a camisa canarinho. Embora tenha saído decepcionado da Argentina, o aprendizado ficou como saldo positivo da experiência na casa dos Hermanos.

Já Ronaldinho luta a cada dia para mostrar que vale cada centavo investido no seu futebol. Luta também contra a crítica, que espera sempre mais do melhor do mundo de outrora. No entanto, sabemos que o Ronaldinho de Barcelona ficou eternizado e congelado no Camp Nou – outro gramado abençoado.

Com o peso nas costas inerente aos gênios, os dois nos brindaram com 90 minutos de pura arte. O 5 a 4, placar da vitória rubro-negra, foi o desfecho ideal de um roteiro delicioso. O jogo que caminhava para a goleada virou mesmo uma virada daquelas. Com pênalti perdido e tudo o mais. Dos sete gols, cinco passaram pelas chuteiras de Ronaldinho e Neymar.

Até então, Ronaldinho perdeu apenas um jogo com a camisa do Flamengo e agora é artilheiro do Brasileirão. Depois de ser contestado por conta de atuações apagadas e uma certa vontade de ser nada mais que um coadjuvante, ele engatou boas atuações e tem sido fundamental na boa campanha do time, que tem tudo para brigar até o final pelo título nacional. Ronaldinho foi o craque do jogo e saiu elogiado até por Neymar, também fã do gaúcho.

terça-feira, 26 de julho de 2011

A Série C não é tão ruim assim

Casa cheia para jogo da Série C: Fortaleza 1 x 3 América-RN
Do enviado especial a Fortaleza

Tarde quente em Fortaleza. Sábado, 23 de julho de 2011. É dia de jogo do Leão na Série C. Para comprar o ingresso, não tive nenhuma dificuldade. Há vários pontos de venda e adquiri a minha entrada, sem fila ou burocracia, numa loja do Fortaleza dentro de um shopping da cidade. O adversário era o América-RN.

Na loja e nas ruas, os torcedores pareciam confiantes. Todos tinham certeza de que o elenco do Tricolor de Aço tem capacidade de colocar o time na Série B no ano que vem. E foi isso mesmo que se viu quando a bola começou a rolar. Pelo menos durante os 15 primeiros minutos de jogo.

O estádio Presidente Vargas estava tomado pelas cores vermelha, azul e branca. Aliás, aqui um parênteses: belíssima arena. Após a reforma, o PV ficou monumental e bastante confortável. Voltando ao confronto, a torcida empurrava o time da casa para o ataque. Tanto que logo aos 6min, Wesley recebeu na entrada da área e soltou um torpedo no ângulo. Golaço na Série C! Era o primeiro e único gol do Fortaleza na partida. O time cearense era melhor e dominava as ações.

A equipe de Natal só assustava na bola parada. E o empate saiu após escanteio. Wanderley subiu sozinho e testou pro fundo das redes. A redonda chegou a tocar a trave antes de entrar. Depois disso, só deu América. O Fortaleza parecia uma equipe sem poder de reação e completamente sem criatividade. Nos contra-ataques o América era muito perigoso. Num deles, já na segunda etapa, Max (lembra dele, torcedor palmeirense???) tocou na saída do goleiro para virar o duelo. "Vergonha, vergonha, vergonha, time sem vergonha", entoava em coro a torcida do Fortaleza.

A crise estava instaurada! Confesso que deu até saudade de momentos em que o meu time de coração não ia bem. Como é gostoso xingar e extravasar no estádio. Mandar todos aqueles atletas pra um lugar melhor do que o Planeta Terra. E já no fim da partida, o volante Val fez fila, driblou até o goleiro Lopes e bateu para fechar o placar. Fortaleza 1 x 3 América-RN.

A marca que fica da Série C é que os jogos são bastante disputados, há muita briga no meio de campo e o juiz é absurdamente caseiro. O árbitro Robson Martins Ferreira, do Maranhão, inventava faltas a favor do Fortaleza e não dava nada para o América-RN. E, mesmo assim, o time de Natal conseguiu uma bela vitória fora de casa.

Assista aos gols da partida:


A simples formula de se tornar um vencedor


Desde de moleque escuto falar sobre este nome. Um nome que carrega em sua raiz importantes títulos e uma idolatria sem tamanho. Falo de idolatria porque a admiração pelo tal é unânime. Um nome que também fracassou quando todos esperavam que não fracassaria. Copa do Mundo é Copa do Mundo, e sabemos que ele não perdeu sozinho. Mas, que era um grande time, ah isso era.

Hoje estaríamos comemorando seus oitenta anos. Enquanto há tempo me corrijo: Estaríamos não, estamos comemorando seus oitenta anos. Esqueceu que este nome está imortalizado? O torcedor do São Paulo Futebol Clube tem ainda mais motivos para regozijar-se nas lembranças. Dentro do clube ele criou uma “Era” em seu nome

Lembro-me de uma conversa que tive com o repórter Márcia Garcia, da TV Gazeta, enquanto acompanhávamos um treino da Portuguesa. Na ocasião, Garcia me contou algumas histórias da época que este nome era imbatível no futebol brasileiro. Quando percebi o treino já havia acabado e ele ainda lembrava dos bons tempos em que Telê Santana ensinava a simples formula de se tornar um vencedor.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Uma grande dúvida

Mano Menezes mais uma vez gerou discussão. Como já é de praxe àqueles que ocupam o cargo de treinador da seleção brasileira, a escalação do comandante mais uma vez não agradou a gregos e troianos.

Para o amistoso contra a Alemanha Mano deixou, por exemplo, Elano e Fred (punição pelos pênaltis perdidos?) de fora. Por outro lado, chamou os novatos Dedé, Ralf e Fernandinho. Este último gerou uma grande dúvida neste blogueiro que vos escreve.

O meio-campista atua do Shakhtar Donetsk e não é o melhor jogador da sua equipe. Por coincidência, este título pertence a outro brasileiro. Willian, que surgiu no Corinthians, foi eleito o melhor jogador da Ucrânia. Não seria ele então o convocado por Mano Menezes? Seria, mas parece que o nosso comandante não sabe que o camisa dez é brasileiro.

Willian joga muito e merece ser convocado. Acorda Sr. Menezes.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A Júlio César o que é de Júlio César





Não há como negar que a imagem da semana – talvez do campeonato – seja a dor sentida por Júlio César, goleiro do Timão, ao luxar o dedo mindinho. Eu, como provavelmente a grande maioria das pessoas que acompanhavam o momento de sofrimento do goleiro gente boa, quase conseguia sentir a dor de Júlio.

Ao perceber que todas as alterações tinham sido feitas, ele pediu para ficar em campo, numa demonstração de muita raça. Como escreveu Juca Kfouri em sua coluna na Folha, de ontem (21/07), faltou somente sangue na camisa para simbolizar ainda mais a garra do jogador. Sangue que fez do lateral-direito Zé Maria, o Super Zé, ídolo eterno da Fiel.

Júlio César será utilizado como exemplo sempre que o time do Corinthians pensar em baixar a guarda. Num momento do futebol em que os goleiros passaram a ser os principais representantes da torcida dentro de campo, Júlio César, cria do Corinthians, levou ao extremo o que chamamos de Paixão Clubística. E como se não bastasse tudo isso, fechou a noite como se fechasse o gol, com chave de ouro, falando que fez o que fez porque “aqui é Corinthians”.






quinta-feira, 21 de julho de 2011

Será que cabe tanto dinheiro assim no Brasil?

As manchetes esportivas dos últimos dias refletem o momento de mudança que o futebol brasileiro atravessa.

Corinthians oferece 90 milhões de reais para ter o argentino Tevez”

Para tentar segurar Neymar, salário do craque pode chegar a um milhão de reais mensal”

Outrora inimagináveis, esses inúmeros zeros existentes nos contracheques dos clubes surgem, principalmente da ascensão econômica que o país atravessa. Ações de marketing inovadoras, patrocínios rompendo o patamar dos 30 milhões de reais anuais e os novos contratos firmados pelos direitos de transmissão dos jogos, fizeram com que a “importação” de jogadores fosse muito maior que a “exportação” deles. Vieram Alex, Renato, Denílson, Adriano, Luís Fabiano, além de argentinos e paraguaios e quem saiu? Conca, de mais relevante.
 



O sonho de termos um campeonato equiparado ao espanhol, alemão e francês é possível, mas ainda há uma enorme distância para a Premier League dos ingleses. Infraestrutura, estádios, ingressos, leis para os torcedores são alguns dos problemas. Mas, acredito que o grande abismo entre o modo inglês e o brasileiro seja a gestão.

Enquanto tivermos um Ricardo Teixeira no principal cargo de comando do futebol brasileiro, alterando horários dos jogos do Brasileirão para favorecer a TV, escolhendo adversários para a seleção brasileira, digo seleção Teixeira, conforme o cachê pago.

Aos leitores do Paixão Clubística aconselho a lerem a entrevista que Teixeira concedeu para Daniela Pinheiro, jornalista da revista Piauí, para entendermos até onde vai o poder de uma pessoa.

Não esquecendo de citar que o presidente da CBF também é o mandachuva (ou para-raios) da Copa 2014. Orlando Silva, Gilberto Kassab, Geraldo Alckimin e outros tantos disseram, lá atrás, que não haveria nem um centavo de dinheiro público nos estádios para o Mundial. E agora governador paulistano, como se explica 70 milhões de reais do Estado serem doados ao Corinthians para a construção dos vinte mil lugares necessários para o Itaquerão abrigar a abertura da Copa?

Desde 2003, quando o Brasileirão passou a ser pontos corridos, os gramados verde-amarelos não viam um desfile atrativos de bons jogadores. Atletas voltando do exterior para atuarem em grande nível, e não apenas para encerrarem carreira perto da família. Temos tudo para dar certo, mas os engravatados, com suas canetas Mont Blanc cismam, independentemente do formato do campeonato ou da situação econômica, em arruinar com o futebol nacional.

O injusto Paraguai de Villar

Há quem prefira ser campeão jogando feio do que apresentar um futebol de alto nível e ficar pelo caminho. Realmente não sei em que lado estou. Mas não tenho dúvidas qual é a visão dos paraguaios. Jogam atrás, travam o jogo, marcam, marcam, marcam e rezam para a bola não entrar.

O goleiro Justo Villar, muito bom por sinal, de justo só tem o nome, pois, de fato, ele prova a cada jogo que a injustiça faz parte do futebol. Num esporte em que o time que cria mais nem sempre ganha e o pequeno é capaz de superar o maior, o Paraguai mostra que a evolução do seu futebol passa, e muito, pela percepção de seu tamanho e de suas limitações.

Paulo Cesar Carpegiani foi o primeiro a sacar que o jeito de levar o Paraguai adiante era ter uma defesa coesa e atacantes que possam decidir a partida em bolas aéreas ou falhas da defesa. Com Gamarra, Rivarola e Arce, os paraguaios foram até as oitavas-de-final da Copa do Mundo de 1998, na França, quando caíram na morte súbita para os donos da casa. Na ocasião, era Chilavert o responsável por fechar o gol, liderar o time como capitão e dizer: “La garantia soy yo”.

Nesta quarta-feira, foi a vez da surpreendente Venezuela massacrar o Paraguai – a ponto de colocar três bolas na trave –, ir à prorrogação, aos pênaltis e sucumbir a onze metros do gol. Com cinco empates, o Paraguai entra em campo domingo, em Buenos Aires, com a chance de ser campeão apenas com empates. Invicto e sem ganhar de ninguém. Cá entre nós, que mal isso faz para o esporte bretão. Torcerei pelos uruguaios.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Verde, vermelho e branco

Segundo os mais supersticiosos, a cor verde representa esperança. Mero engano, pelo menos quando o assunto é futebol e se restringe aos últimos anos. Verde, vermelho e branco, essas sim são as cores que não combinam com a palavra desistência. Isso graças ao Fluminense.

Assim tem sido a trajetória do Flu nos momentos mais complicados. Dolorosa ao perder a Libertadores em 2008. Aliviada ao se livrar do mais do que certo rebaixamento em 2009. De forma merecida o título brasileiro veio coroar a trajetória do intitulado “Time de Guerreiros” em 2010.

A começar pela sua camisa, a mais bonita do futebol brasileiro. Colorida e alegre. O leitor deve estar refletindo: “É realmente um manto diferente dos demais”. Eu vos digo: “É um manto diferente dos demais”.

Depois de amanhã (quinta-feira) o tricolor carioca completa 109 anos de sua fundação. Onde estiver Nelson Rodrigues certamente estará comemorando de alguma forma. Talvez escrevendo uma crônica.

O folclórico torcedor tricolor foi um dia definido por Nelson da seguinte forma. “Todo o Fluminense sente, na carne e na alma, a angústia que anuncia as vitórias deslumbrantes”. E assim tem sido.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Por que o Corinthians é líder?

Adriano volta em setembro. E vai ter que correr muito pra ser titular
Uma equipe bem montada e bastante equilibrada. Tudo isso dentro e fora das quatro linhas. Está aí o segredo do (mais líder do que nunca) Corinthians. Tite não virou gênio depois da eliminação do Timão na pré-Libertadores. A chegada de Liedson obviamente melhorou a equipe. Mas a aposentadoria de Ronaldo e a saída de Roberto Carlos para a Rússia foram o que de melhor aconteceu para o time de Parque São Jorge.

Ainda podemos adicionar a lesão de Adriano como um grande fator para o Alvinegro não desandar. A ausência de medalhões faz com que todos os jogadores se doem. Uns correm pelos outros. É um time com garra e sem vaidades. No último jogo, contra o Internacional, por exemplo, vi o Alex dar carrinho na linha de fundo pra desarmar o meia D`Alessandro. Vi Willian dar um gás para apertar o volante. O time do Corinthians pensa (e joga) como um time.

Quando Adriano voltar, só vai conquistar seu espaço se também ajudar a equipe. Para não gerar ciúmes e bolas na fogueira (dentro e fora de campo), Tite terá que colocá-lo aos poucos. Acredito até que o Imperador será banco no início de sua volta. Afinal, em time que está ganhando não se mexe.

sábado, 16 de julho de 2011

Jornalismo e a máfia do futebol

Estava eu pulando de canal em canal quinta-feira à noite, após mais uma vitória alvinegra, quando dei de cara com a reprise do programa Bola da Vez, da ESPN Brasil. O entrevistado era o jornalista Andrew Jennings, da emissora britânica BBC. Repórter investigativo à moda antiga, autor de livros consagrados que abordam a corrupção no mundo esportivo e com a língua afiadíssima, Jennings me proporcionou o que posso chamar de a melhor entrevista esportiva da televisão brasileira em 2011.


Entre os temas abordados, como não poderia deixar de ser, estão as figuras de Ricardo Teixeira, João Havelange e Joseph Blatter, assim como os recentes escândalos de corrupção na Fifa e a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Poderia eu, aqui, apresentar os principais tópicos da entrevista. Mas isso seria injusto. O melhor a fazer é assistir ao programa na íntegra:




sexta-feira, 15 de julho de 2011

Viagem com o Santos para o Mundial sai por R$ 7400

Em 99, o palmeirense que foi a Tóquio viu o Manchester ser campeão
O torcedor que quiser acompanhar o Santos no Mundial de Clubes da Fifa, no Japão, em dezembro, pode preparar a carteira. Viajar com o Alvinegro Praiano não sairá por menos do que a bagatela de R$ 7400. O valor é da agência de viagens GlobeCenter. E o preço do dólar usado para o cálculo é de R$ 1,70. No pacote, estão inclusos: passagens aéreas ida e volta, sete noites em Tóquio, duas noites em Roma, transporte para o estádio e hospedagem com café da manhã. Os ingressos não foram adicionados ao valor do pacote porque a Fifa ainda não divulgou os preços das partidas.

O Paixão foi em busca de um pacote semelhante oferecido a torcedores do Palmeiras em 1999 para fazer a comparação. Levando-se em conta a inflação do período e o preço do dólar, o pacote sai mais em conta para os santistas. Quando o Palmeiras foi a Tóquio, o torcedor pagou R$ 4500 para viajar com a Stella Barros. O dólar valia R$ 1,75. A inflação do período (de 1999 até 2010) é de mais de 100%. Ou seja, viajar com o Santos é muito mais barato. Com valores corrigidos, viajar com o Palmeiras hoje sairia por aproximadamente R$ 9 mil, cerca de R$ 1600 a mais do que com o time do litoral.

O santista que for ao Japão irá desembolsar, já com o ajuste da inflação, 18% a menos do que o palmeirense. Quer oportunidade melhor do que essa? O único problema é o time de Muricy sucumbir ao Barcelona... Será?

quinta-feira, 14 de julho de 2011

CBF complica de novo e altera calendário do Brasileirão

O horário de Palmeiras x Flamengo ainda não foi definido pela CBF
Tudo estava programado para as partidas do fim de semana do Brasileirão. Mas a vitória da Seleção Brasileira sobre o Equador fez com que a CBF armasse mais uma vez uma confusão na agenda de alguns clubes que disputam a Série A. O time de Mano Menezes avançou às quartas de final da Copa América, joga contra o Paraguai às 16h de domingo e as partidas Palmeiras x Flamengo, Botafogo x Corinthians, Ceará x América-MG e Figueirense x Grêmio foram adiadas para a próxima quarta-feira. 

E pior: ainda em horário indefinido. Isso porque, caso o Brasil passe para as semifinais da competição, os jogos do Brasileirão serão realizados na quarta, às 19h30. Já se a Seleção for eliminada, as partidas serão às 21h50. Tudo isso pelo interesse da TV na transmissão de pelo menos um dos jogos.

Tratando-se de CBF, não me espanta. Mas o calendário deveria ser mantido. Isso prejudica o planejamento dos clubes e dos torcedores. As equipes que jogariam no domingo e teriam uma semana para treinar até a próxima rodada ficam com menos tempo de recuperação (um confronto na quarta e outro no fim de semana). O torcedor que se programou, por exemplo, para viajar e assistir ao seu time de coração terá que repensar, adiar ou até mesmo cancelar a ida ao jogo.

A pergunta que fica é: por que a CBF não adiou em apenas algumas horas essas partidas? Jogos às 18h30 são realizados todos os domingos. Ouvi ainda pessoas que gostariam de um teste. Imaginem essas disputas do Brasileirão às 10h. Mais uma vez o interesse comercial determina o rumo do futebol no Brasil.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Toma teu rumo, Palestra!


Amigos, fico pasmo em ver o que a omissão pode gerar dentro de um clube de futebol. Claro que para aquele que acompanha o dia-dia dos clubes brasileiros já pode imaginar que meu texto irá tratar de um time que há muitos anos conta com uma diretoria que se esconde atrás da caneta: Sociedade Esportiva Palmeiras.

Desta vez a falta de postura de seu mandatário ultrapassou os limites. Kleber veio à imprensa e disse o que quis. Felipão e Roberto Frizzo idem. E o presidente do clube, aquele que bate o martelo e está no topo da hierarquia (se é que podemos acreditar que isso ainda existe dentro do Palmeiras)?

Arnaldo Tirone, após toda a confusão, finalmente se pronunciou. Disse que Kleber fica. E a pergunta que não quer calar: Por que o dirigente não disse isso antes de todo o alvoroço?

Usando exemplo de seus maiores rivais, logo notamos que a omissão de todos os presidentes que passaram pelo Palmeiras nos últimos 15 anos é a grande responsável pela falta de conquistas dentro de campo.

Andrés Sanchez (que está muito...muito longe de ser um exemplo) e Luis Álvaro Ribeiro (esse sim um exemplo) são os primeiros a darem a cara à tapa quando a crise se instala em seus clubes. Juvenal Juvêncio dá as suas bolas foras, mas ninguém dentro do Morumbi duvida que é ele quem manda.

Toma teu rumo, Palestra!

Foto Kleber/Lucas Boscariolli

terça-feira, 12 de julho de 2011

A Copa América é na Argentina, mas o tango está no Brasil



Em tempos de Copa América vou unir o útil ao agradável. A música, aproveitando o gancho, entra em campos sul-americanos para falar sobre tango. Mas não o tango dos hermanos, e sim o nosso tango. Sim, caro amigo, nós brasileiros também fizemos tango.



Dizem os engraçadinhos de plantão que o tango é a música predileta do brasileiro pelo fato de sempre ter um argentino se dando mal na letra. O que é, na maioria das vezes, verdade. Quanto ao ritmo, traz uma harmonia mais elaborada, muito melodiosa. E igual a letra argentina, os tangos produzidos pelos brasileiros também trazem um poema triste. Um tanto nostálgico.



Agora uno o agradável. Digo isso devido ao fato de o compositor o qual estou viciado no momento foi um ótimo compositor de tango, além de um exímio sambista. Trata-se de Herivelto Martins (na foto ao lado). Aquele de Praça Onze, Acorda Escola de Samba e tantos outros samba-canções eternizados em vozes de Dalva de Oliveira e Francisco Alves.



No tango apresentado a seguir, chamado Hoje quem paga sou eu, percebam o “peso” da letra, a melodia muito mais harmoniosa e emocionante. Credito essa emoção ao uso do acordeom e das cordas. Realmente dão um charme na composição.



Ouçam, curtam e lembrem-se de que em tempos de Copa América na Argentina, nós também sabemos fazer o gênero musical deles. E muito bem. Na interpretação: Nelson Gonçalves.









Queria eu poder encontrar Herivelto – que Deus o tenha em bom lugar – ouvi-lo falar de samba, e tango também, para no fim do papo poder dizer. Você já fez muito, meu caro. Hoje quem paga sou eu!


Caio Júnior tem o melhor custo-benefício do Brasileirão

Torcida do Bahia vibra com gol no confortável Estádio de Pituaçu
Do enviado especial a Salvador

Na tarde do último domingo, no Estádio Metropolitano de Pituaçu, em Salvador, o Bahia empatou com o Botafogo por 1 a 1, em jogo válido pela nona rodada do Brasileirão. O time carioca dominou toda a partida e teve as melhores chances. Apesar do elenco limitado, em que os craques são Elkeson e Maicosuel, o treinador Caio Júnior conseguiu colocar o Fogão na disputa.

O técnico recebe "apenas" R$ 300 mil por mês e comanda o time que ocupa a 5ª colocação na tabela. Caio Júnior, no Palmeiras, mesmo ainda tirando xerox, levou a equipe de Palestra Itália até a Libertadores de 2008. No ano seguinte, no Flamengo, quando já tirava um cafezinho, chegou a receber propostas do mundo árabe quando liderava o Certame Nacional. Agora, no Botafogo, o estagiário foi, enfim, efetivado. Caio Júnior é um técnico de ponta e custa pouco.

O Alvinegro não vai lutar pelo título, mas se mantiver a regularidade pode até beliscar uma vaga na Libertadores. E olha que muitos cronistas apontamos o time da estrela solitária como candidato ao rebaixamento.

Ataque do Bahia é tão ruim quanto a cerveja de lá
E que me desculpem os torcedores do Bahia, mas o único time do estado que está na primeira divisão é péssimo! Foi sofrível assistir ao jogo no meio da torcida do Tricolor de Aço. 33 mil pagantes, a melhor média de público do torneio e, em campo, o que se via eram jogadores sem qualidade técnica para criar uma jogada. Só dava Botafogo. Caio Júnior armou um esquema de valorização da posse de bola que até Parreira, o mestre dessa arte, aplaudiria.

Para se ter uma ideia, o único jogador do Bahia que teria espaço nos times de São Paulo é o zagueiro Titi, que foi muito firme em todas as jogadas. Um time que precisa de Lulinha, Jancarlos, Ricardinho, Maranhão e Júnior para marcar gols deve se preocupar, e muito, com o rebaixamento. Quando Jóbson não joga, só uma bola parada pode salvar o Tricolor Baiano.

Último passe 
A corintianada não vai gostar! O (antes MEDONHO) Fábio Ferreira, do Botafogo, tá jogando muita bola e já é ídolo no Rio de Janeiro. Zagueiro seguro, que vai bem por baixo e nas bolas aéreas, sabe sair jogando e ainda ajuda o ataque. Pra finalizar, um dos lances mais bizarros que já presenciei num estádio de futebol: o chute no vácuo de Maranhão. O cara vai ficar 15 dias sem jogar por ter deslocado o cotovelo. Me ajuda aí, Maranhão!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Próximo assunto, por favor...





Seleções de volêi masculino, futebol feminino, Sub-17 e profissional...Ah, tem também clube sem técnico no Campeonato Brasileiro, claro. Esta sexta-feira coleciona uma grande porção de temas a serem discutidos. Contudo, o escolhido por este blogueiro que vos escreve é vergonhoso, indignante e chama-se pelo nome de Ricardo Teixeira.

Não há mais o que fazer, pois nada e ninguém pode tirar este traste(perdão pela palavra) do comando do futebol brasileiro. Sim, ele manda e desmanda...faz o que quer e o que não quer. Ora, mas isso até o mais leigo torcedor já sabe. O problema, caros leitores, é que parece que o cidadão faz questão de deixar claro isso não apenas em suas atitudes, mas também nas palavras.

Desta vez foi em uma entrevista na revista Piauí. Uma das várias atrocidades dita pelo presidente da CBF foi a seguinte: “Em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Por que eu saio em 2015. E aí, acabou”.

Futebol é negócio. Negócio sujo! Ele diz o que quer e nem ao menos é alertado? Próximo assunto, por favor...

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A abertura da Copa será em São Paulo?


A isenção fiscal para a construção do estádio do Corinthians, como previsto, foi aprovada na sexta-feira (1/7) pela Câmara Municipal. No texto final do projeto, que trata de concessão de incentivos de R$ 420 milhões ao clube, ficou claro que o dinheiro só será liberado caso o estádio seja realmente sede da abertura da Copa do Mundo. Mas então, afinal, isso vai acontecer?



Para entendermos bem o caso, vamos por partes:


Devido ao atraso nas obras da maioria dos estádios, a Fifa adiou de julho para outubro o anúncio da sede da abertura da Copa de 2014. Nessa data a entidade também vai anunciar se alguma das 12 cidades-sedes será cortada do calendário do Mundial.


O adiamento, visto como um ultimato para acelerar as obras, deu fôlego a São Paulo. A isenção dada ao Corinthians é parte das pré-condições necessárias para que a Fifa aceite o estádio do clube como palco de abertura da Copa. Outro item é a liberação de R$ 400 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O estádio está orçado em R$ 850 milhões.


A cidade, porém, não é a única a querer a abertura. Belo Horizonte, Brasília e Salvador estão no páreo. E é aí que entra uma briga política bem à brasileira.


Sabe-se que Ricardo Teixeira não se dá bem com os tucanos de São Paulo. Foi durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que o dono da CBF foi alvo de duas CPIs no Congresso Nacional. Dirigentes da Fifa, aliás, revelaram ao jornal O Estado de S. Paulo no início de junho que parte de Teixeira as principais críticas em relação a realização do jogo inaugural na capital paulista. Segundo esses dirigentes, a intenção do cartola é concentrar as atividades no Rio de Janeiro.



Há quem diga também que Ricardo Teixeira prometeu ao senador Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais, que a abertura será em Belo Horizonte. Outro fato pesa a favor da cidade mineira. A vaga do falecido Itamar Franco no Senado será ocupada pelo ex-deputado e presidente do Cruzeiro, José Perrela de Oliveira Costa (PDT), da velha bancada da bola.


Vale lembrar que Zezé Perrela guarda certa rivalidade com o Corinthians. Tudo por conta de um pênalti bem marcado em cima de Ronaldo. Após o jogo (lembram do chororô do Cuca?), Perrela chefiou uma delegação de Seleção Brasileira num amistoso contra a Argentina, no Qatar. Influencia não lhe falta. Se o dirigente cruzeirense conseguir levar a abertura para o Mineirão, dará um troco e tanto em cima do time paulista.


Correndo por fora, está Brasília. A capital nacional está com as obras avançadas e, nesta semana, foi elogiada pelo ministro do Esporte, Orlando Silva. “Creio que Brasília, na medida em que cumpre com seu cronograma, credencia-se fortemente para poder receber a abertura do Mundial em 2014”, disse o ministro. Quanto a Salvador, considero a capital baiana carta totalmente fora do baralho.


Na humilde opinião deste que vos fala, creio que São Paulo não perderá a abertura. Apesar do jogo político em curso, é desejo da Fifa que a maior cidade do país receba o primeiro jogo. É bom lembrarmo-nos, porém, de um pequeno detalhe: sem abertura e, consequentemente, sem isenção, o Itaquerão dificilmente sairá do papel. Nesse caso, os paulistanos correm sério risco de não receberem jogo algum da Copa do Mundo.


E você? Qual é o seu palpite?




terça-feira, 5 de julho de 2011

O samba, a polícia e a bola

Que a relação entre torcedores e polícia militar não é essa maravilha todos nós já sabemos. Porém, a relação entre sambistas e o "poder" já foi próxima. Basta olharmos para três grandes da música e notaremos a proximidade.


Desses que mostrarei a seguir, apenas um destaca-se pela disciplina. Os outros dois, se continuassem na carreira, creio que nunca teriam recebido uma medalha de honra.


Candeia fazia o tipo durão. Em nome do emprego chegou a se afastar de amigos que poderiam ser considerados maus elementos e complicar seu trabalho. Foi ele o responsável pela prisão de Neném Ruço, bandidão do Engenho da Rainha que sempre circulava com seu revólver 38.


Dizem alguns estudiosos que esse estilo durão de mestre Candeia fez com que se envolvesse na briga que o levou para a cadeira de rodas após levar três tiros nas costas. Estava acabada a função do policial Candeia. Ruim para a corporação e ótimo para o samba. Foi "sentado em trono de rei" que surgiram suas obras mais memoráveis.





Grande sambista, porém péssimo homem da lei, Nelson Cavaquinho era responsável pelas rondas noturnas à cavalo. Entre suas voltas, sempre patrulhava os bares do Morro de Mangueira onde não prendia ninguém. Tomava seus tragos e fazia amizades. Foi lá que conheceu Cartola, Carlos Cachaça e Zé da Zilda.


Em uma das patrulhas, Nelson deixou o cavalo amarrado e partiu para a boemia. Quando saiu do botequim não encontrou seu animal. Voltou para o quartel e lá estava o dito cujo.





Apenas a título de curiosidade, Paulo Vanzolini também era da cavalaria que patrulhava o baixo meretrício de São Paulo. Após diversas vezes encontrar mulheres pescoçando os bares em busca de alguém, compôs Ronda, um dos seus clássicos. Quem interpreta o samba é Márcia.





É isso ai, até semana que vem quando a música volta a entrar em campo!


segunda-feira, 4 de julho de 2011

O bonde do sérvio sem freio



por Matheus Caselato

Depois de dois títulos de Grand Slam e quatro conquistas em torneios Master, em três pisos diferentes, uma derrota em 49 jogos e o número 1 no ranking da ATP todos se perguntam: alguém conseguirá segurar Novak Djokovic?

Quando despontou no cenário do tênis profissional, o sérvio mantinha como principais características a habilidade, a facilidade em se adaptar aos diferentes adversários e, principalmente, a irreverência. Justamente a mais marcante faceta de sua personalidade era o seu principal desafio. Isso porque Djokovic, jogando sem responsabilidade, dificilmente venceria jogos importantes contra Roger Federer e sua frieza suiça, Rafael Nadal e sua garra espanhola.

Durante a Copa Davis de 2010 que o tenista amadureceu e se tornou o monstro que todos estão vendo nessa temporada. O sérvio percebeu sua importância como símbolo de uma nova nação, absorveu a responsabilidade com maestria, começou a jogar com uma garra impressionante e conduziu, brilhantemente, o time ao título. Djokovic passou a jogar com os punhos cerrados, olhar sério e fixo e força e potência em todos os golpes. Ele nunca mais foi o mesmo menino brincalhão do circuito dentro de quadra, só fora dela.

Com um grande capacidade de adaptação, golpes mais profundos e pesados, o apoio da torcida e a capacidade de se divertir jogando tênis, Novak Djokovic começa a correr rapidamente na direção dos melhores da história, onde estão Roger Federer e Rafael Nadal, adversários que, até agora, não conseguiram segurar o sérvio.

É o que todos sempre pediram

Calma, ainda é cedo para sermos pessimistas. É isso o que tenho a dizer aos torcedores mais exaltados com o empate por zero a zero da seleção brasileira com a ex-"galinha morta" Venezuela. É verdade, sim, que criamos muito menos que o esperado, mesmo jogando completo, com tudo o de melhor que Mano Menezes tinha em mãos. Mas por que não vencemos com facilidade? Ansiedade, amigos. A dita cuja atrapalhou e muito o nosso selecionado.

Ganso não foi Ganso, Neymar não foi "Reymar" e o Brasil não foi Brasil. Erros de passe e nervosismo na estreia de uma competição oficial são normais, por isso repito: Ainda é cedo para sermos pessimistas.

É verdade que ninguém atuou como o esperado e a expectativa é que, já contra o Paraguai, tenhamos um time mais leve, mais solto. Contudo, faço uma ressalva para Robinho. Se Kaka, Ronaldinho Gaúcho e Adriano perderam seu espaço com a camisa amarelinha, o tempo de Robinho também cessou.

Robinho poucas vezes foi decisivo e a continuamos o tratando como um grande craque. Temos pela frente, além da Copa América, apenas a Copa das Confederações antes da Copa do Mundo. Lucas Silva deve mostrar, ainda na Argentina, que merece ser o camisa sete. Sendo assim, teremos o mesmo quarteto nas Olimpíadas de Londres. O entrosamento será grande.

Tenho medo da pressão sobre Mano. Mas aí vai um lembrete aos corneteiros: Agora, mais importante que os resultados é adquirir um entrosamento. Dunga conquistou quase tudo com a seleção e levou Grafite para a Copa do Mundo. Querendo ou não, o time escalado por Mano é o que todos sempre pediram.

domingo, 3 de julho de 2011

Será o fim do Cachorro Louco?

27 segundos. Foi esse o tempo necessário para Chris Leben acabar com uma das maiores lendas do UFC no evento de número 132. O mundo do MMA está mais triste neste domingo estranho, nublado e sombrio que grande parte do Brasil, especialmente Curitiba, está se deparando.

Wanderlei Silva entrou no octógono depois de 16 meses sem lutar. Visivelmente emocionado, a multidão estava esperançosa pelo retorno daquela lenda, do Cachorro Louco, famoso por seus nocautes e lutas eletrizantes. Talvez isso o tenha atrapalhado. Na verdade ninguém pode explicar o que aconteceu em Las Vegas nesta fatídica noite de 02 de julho, véspera de seu aniversário de 35 anos.

A luta começou movimentada, com Wanderlei Silva indo para cima e tentando impor uma sequência de golpes em Leben. Mas logo em seguida foi atingido por um despretensioso cruzado de esquerda, suficiente para fazê-lo ajoelhar e esperar os golpes finais. Ao fim da luta, recebeu uma honra que poucos lutadores já receberam.

Chris Leben: - “Wanderlei, você é meu herói. Obrigado por ter me dado a honra de lutar contigo”.

Uma homenagem justa e merecida. Wanderlei Silva tornou-se um ícone e referência para muitos lutadores. Seu jeito durão e desafiador de ser talvez tenha atraído muitos inimigos, como Vitor Belfort e Chael Sonnen, que devem estar aliviados de terem assistido essa derrota.

O Cachorro Louco há tempos os desafiava, principalmente Vitor Belfort, que com certeza respirou fundo ao ler a declaração do chefão do UFC, Dana White. “As pessoas o adoram muito por conta da forma como ele luta, pelo seu estilo e pela pessoa que é. No entanto, provavelmente é o fim da linha para ele”.

Com um cartel de 33 vitórias (sendo 22 por nocaute), 11 derrotas, um empate e um “no contest”, Wanderlei Silva não esperava se despedir assim dos ringues, sua segunda casa, lugar que o viu levantar os braços tantas vezes, mas que pode ser imortalizado na vida dele com esta triste imagem.



sexta-feira, 1 de julho de 2011

Argentina estreia pressionada e favorita



Na semana em que celebra as bodas de prata, por conta dos 25 anos da conquista do bi-mundial, a Argentina estreia na Copa América dentro de seu lar, contra a fraca Bolívia, mas com um caminhão em cima das costas. Comemorar a conquista de trupe de ‘Dieguito’ é, ao mesmo tempo, constatar como as glórias da tradicional Seleção Argentina se tornaram assunto do passado, papo de tio ou peça de museu.





Como nem tudo é tango, tampouco drama, um certo camisa 10 (dos tempos atuais) ferve por dentro. Messi precisa provar para seu povo que é a ele que pertence, e ninguém duvida que ele esteja pronto para isso. Em dívida com a Seleção, o melhor do mundo sabe que agora é a hora. Com a torcida argentina enchendo os estádios, fazendo barulho, e um time aguerrido dentro da cancha, os ‘hermanos’ são – na minha opinião – os favoritos à conquista da Copa América.





Os escolhidos pelo treinador Sérgio Batista para companheiros de ataque de Messi são o figurão Lavezzi (do Napoli, assim como Maradona) e o ‘hombre del pueblo’ Carlitos Tevez – ídolo por onde passou. Juntos, formam um ataque de muita movimentação, velocidade e com bom relacionamento com as redes adversárias. Acho apenas que pode faltar um autêntico camisa 9 ao time. Milito e Higuaín estão no banco, mas quem cairia bem mesmo ao lado de Messi e Tevez é Gabriel Batistuta, o eterno ‘Batigol’.





Um dos três maiores centroavantes – camisa 9 – que vi jogar. Por cima, por baixo, com marcação, de tudo quanto é jeito a bola acabava estufando o filó. Batistuta foi responsável pelos dois gols do último título da Seleção Argentina principal, a Copa América de 93, disputada no Equador. Veja uma seleção de gols - boa parte com a camisa da Fiorentina - deste belo jogador, homem-gol, chamado Gabriel Batistuta.








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