Há quem prefira ser campeão jogando feio do que apresentar um futebol de alto nível e ficar pelo caminho. Realmente não sei em que lado estou. Mas não tenho dúvidas qual é a visão dos paraguaios. Jogam atrás, travam o jogo, marcam, marcam, marcam e rezam para a bola não entrar.
O goleiro Justo Villar, muito bom por sinal, de justo só tem o nome, pois, de fato, ele prova a cada jogo que a injustiça faz parte do futebol. Num esporte em que o time que cria mais nem sempre ganha e o pequeno é capaz de superar o maior, o Paraguai mostra que a evolução do seu futebol passa, e muito, pela percepção de seu tamanho e de suas limitações.
Paulo Cesar Carpegiani foi o primeiro a sacar que o jeito de levar o Paraguai adiante era ter uma defesa coesa e atacantes que possam decidir a partida em bolas aéreas ou falhas da defesa. Com Gamarra, Rivarola e Arce, os paraguaios foram até as oitavas-de-final da Copa do Mundo de 1998, na França, quando caíram na morte súbita para os donos da casa. Na ocasião, era Chilavert o responsável por fechar o gol, liderar o time como capitão e dizer: “La garantia soy yo”.
Nesta quarta-feira, foi a vez da surpreendente Venezuela massacrar o Paraguai – a ponto de colocar três bolas na trave –, ir à prorrogação, aos pênaltis e sucumbir a onze metros do gol. Com cinco empates, o Paraguai entra em campo domingo, em Buenos Aires, com a chance de ser campeão apenas com empates. Invicto e sem ganhar de ninguém. Cá entre nós, que mal isso faz para o esporte bretão. Torcerei pelos uruguaios.
Eu nao acharia ruim o Paraguai ganhar. Nos pênaltes de preferência. Justiça é algo que se cria. Afinal, quem falou que precisa ganhar pra ser campeão?
ResponderExcluirMas a bola da Canarinho ta redonda, só precisam esquecer o nominho atras das costas.