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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Juventus, PSG, Manchester e Borussia na frente
A primeira rodada das oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa não revelou nenhuma grande surpresa. A Juventus está com as duas mãos na vaga, o PSG encaminhou a classificação e Manchester United e Borussia Dortmund saíram em vantagem nos confrontos mais equilibrados.
Apesar da pressão de jogar na Escócia, onde o Celtic bateu até o poderoso Barcelona, a Velha Senhora não tomou conhecimento e sapecou um 3 a 0 para praticamente sepultar as chances do adversário. Com Pirlo de maestro e um time bem entrosado com Matri, Marchisio e Vucinic no ataque, a equipe italiana começa a dar sinais de que pode incomodar os principais favoritos. A última grande campanha da Juve foi na temporada 2002/03 quando foi vice-campeã perdendo o título nos pênaltis para o rival Milan.
Se a situação da Juventus está resolvida, o PSG tratou de complicar o que estava tranquilo. Com 2 a 0 a favor jogando fora de casa, o time francês levou um gol no fim e viu seu astro Ibrahimovic ser expulso na sequência. A vantagem ainda é boa e, em Paris, Lucas, Lavezzi e Pastore têm a missão de comandar a equipe.
Com a melhor pontuação e a melhor defesa da primeira fase, o milionário PSG tenta fazer história e se tornar o segundo clube francês a faturar o título da Liga dos Campeões. O único campeão do país foi o Olympique de Marseille na temporada 1992/93.
Após dois duelos com vantagens claras, Manchester United e Real Madrid travaram o clássico da rodada. O empate no Santiago Bernabéu deixa os Diabos Vermelhos, de Rooney e Van Persie, em boa situação para a volta, mas os merengues, de Cristiano Ronaldo e Mourinho, não estão mortos e basta uma vitória simples para desbancar os ingleses.
Contudo, para o bem ou para o mal, o retrospecto recente de ambos pode pesar. Nas últimas cinco edições, o Manchester levantou um título e foi vice duas vezes. Já o Real não se sagra campeão desde a temporada 2001/02 quando tinha no elenco Zidane, Raúl, Roberto Carlos e Figo.
Para fechar os primeiros embates, Borussia e Shakhtar fizeram o jogo dos times surpresas da primeira fase, já que desbancaram respectivamente Manchester City e Chelsea em seus grupos. É uma pena saber que um deles será eliminado agora. Seria interessante ver até onde conseguiriam chegar enfrentando grandes adversários. Porém, o sorteio assim escolheu.
O clube de Donetsk, sem seu melhor jogador – Willian -, que se transferiu para o Anzhi, empatou em casa na ida e deve enfrentar grande pressão na volta com a torcida para lá de entusiasmada do Dortmund. Atual bicampeão alemão, o Borussia busca colocar o futebol germânico de volta ao topo e conseguir seu segundo título da Liga dos Campeões após ter conquistado a edição de 1996/1997. O jogo entre Shakhtar e Borussia promete muita emoção e muitos gols, já que os dois times são bem ofensivos.
Na próxima semana, as outras quatro partidas de ida das oitavas de final serão realizadas. Quem será que largará na frente?
Terça, 19 de fevereiro
15h45 Porto x Málaga
15h45 Arsenal x Bayern de Munique
Quarta, 20 de fevereiro
15h45 Galatasaray x Schalke 04
15h45 Milan x Barcelona
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Confira os duelos das oitavas da Champions
CR7 volta a Manchester e terá tarefa árdua para classificar o Real. |
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Fim da Janela Europeia. Hora dos Pitacos!
sexta-feira, 27 de maio de 2011
O azarão da vez
O Manchester chega invicto à final. Na primeira fase, quatro vitórias, dois empates e a primeira colocação na chave. No grupo C, estavam, além dos comandados de Alex Ferguson, Valencia (ESP), Rangers (ESC) e Bursaspor (TUR). Nas oitavas, um susto contra o bom Olympique de Marselha. Um empate por 0 a 0 na França. E uma vitória apertada na Inglaterra por 2 a 1. Nas quartas, duas vitórias tranquilas sobre o fraco Chelsea. E nas semifinais atuações de ouro do Manchester. Um verdadeiro show sobre o Schalke 04 (ALE) em ambas as partidas. No primeiro jogo, para comprovar o chocolate dos ingleses sobre os alemães, Neuer, goleiro do Shalke, foi o melhor em campo. E olha que a disputa foi em Gelsenkirchen. Veja os melhores momentos:
As casas de apostas britânicas apontam o Manchester como azarão. Apesar disso, serei mais um diabo-vermelho neste sábado. E você, vai com a minoria? Avanti, United! Mas do jeito que eu estou pé frio...
Caminhando e encantando
O que falar do Barcelona? A essa altura do campeonato, sendo o time catalão vencedor ou não da Liga dos Campeões, amanhã, contra o Manchester United, no lendário estádio de Wembley, qualquer coisa soaria como clichê. Melhor time das últimas duas décadas, Messi é brilhante, Xavi e Iniesta são monstros, time toca fácil, joga simples, mantém a bola como ninguém. Com ou sem o caneco, alguém arriscaria dizer que o Barça não é o melhor do mundo?
O fato é que o jogo é decidido dentro de campo e no futebol, ainda bem, nem sempre o melhor vence. A final de amanhã será um jogo histórico, assim como esse time do Barcelona. O estilo de jogo catalão veio para marcar uma fase importante desse esporte. A filosofia é simples: manter a bola nos pés. Desde que Pep Guardiola chegou, há três anos, o Barça não passou uma partida com menos posse de bola do que o adversário. É envolvente.
E foi assim que, jogando e encantando, o Barcelona caminhou até Wembley, onde colocará à prova seu talento. Na primeira fase, em seis jogos, o time catalão conquistou 14 pontos, com quatro vitórias e dois empates. Em seu grupo estavam Panathinaikos (GRE), Rubin Kazan (RUS) e Copenhague (DIN).
Na estréia, contra o time grego, no Camp Nou, o Barcelona logo mostrou a que veio: 5 a 1. Contra o mesmo adversário, fora de casa, Messi e companhia vencerem por 3 a 0. Jogando em casa o Barça venceu outras duas: 2 a 0 sobre o Rubin Kazan e Copenhague. Os resultados contra esses dois times também foram iguais fora de casa: empates por 1 a 1.
O verdadeiro teste para os comandados de Pep Guardiola veio nas oitavas de final, contra o Arsenal. No Emirates Stadium, jogo duro. Sem medo de jogar fora de casa, o Barcelona pressionou o Arsenal e podia ter feito dois ou três gols no primeiro tempo, se não fosse a falta de pontaria de Messi naquele dia. Mesmo assim, ainda na etapa inicial, David Villa abriu o placar para o time catalão. O time londrino, porém, não afinou: virou o jogo no segundo tempo com Van Persie e Arshavin, decretando a única derrota do Barça na Liga dos Campeões até aqui.
No jogo de volta, no Camp Nou, o Barcelona fez o jogo que considero fundamental em sua caminhada. É certo que ainda derrotariam o Real Madrid, com show de Messi; mas foi na vitória contra o Arsenal por 3 a 1, revertendo o placar da primeira partida, que o Barça mostrou toda sua força.
Foram 717 passes do time catalão contra 195 dos ingleses. Ao todo os donos da casa chutaram 19 vezes ao gol. Foi um massacre. Uma aula de futebol bem jogado, coletivamente, com toques curtos e objetividade. Messi ainda fez um gol antológico, dando um chapéu sensacional no goleiro adversário. Nas quartas de final, o Barcelona passeou contra o Shakhtar Donetsk. No Camp Nou, meteu logo 5 a 1 para no jogo de volta, na Ucrânia, vencer por 1 a 0.
Já na semifinal, um clássico para ser humano nenhum botar defeito. Barcelona contra Real Madrid. Messi contra Cristiano Ronaldo. Pep Guardiola contra José Mourinho. Foi realmente histórico. Os jogos em si, no Santiago Bernabéu e no Camp Nou, não foram grandes espetáculos. O nervosismo e a rivalidade à flor da pele tomaram conta do duelo.
Mas no primeiro jogo, em Madri, o mundo viu a melhor atuação individual de Messi na temporada. O argentino abriu o placar aproveitando cruzamento da direita, mostrando oportunismo nato, e decretou o 2 a 0 com um gol histórico, costurando a defesa merengue e tocando na saída do goleiro Casillas. No segundo jogo, empate por 1 a 1, com gols de Pedro e Marcelo. Mourinho chorou como uma criança por conta da arbitragem depois da partida, mas não teve jeito: o Barcelona, merecidamente, estava na final da Liga dos Campeões.
Até a decisão, o Barcelona jogou 12 jogos. Foram oito vitórias, três empates e uma derrota, com oito gols contra e 27 a favor (média de 2,25 gols por partida). Ganhando ou perdendo amanhã, esse time do Barça sem dúvida já entrou para a história do futebol mundial.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
On the road to Wembley
Começamos hoje a jornada do "Paixão Clubística" para a final da Champions League deste sábado, entre Manchester United e Barcelona. Os dois times, considerados os melhores do mundo, se enfrentarão no mítico estádio de Wembley, localizado no norte de Londres.
A caminhada para Wembley (ou "on the road to wembley", na versão em inglês) não parece das mais complicadas no primeiro momento. O metrô, ou tube como dizem os ingleses, deixam o espectador há alguns metros do portão principal. Ainda existem diversas linhas de ônibus que levam o torcedor a ruas próximas do estádio e estacionamentos para aqueles que optarem pelo carro. Ou seja, nada que se compare aos caminhos que torcedores brasileiros enfrentam todos os dias de jogo no Morumbi, Castelão, Engenhão e muitos outros.
Na entrada da rua que leva torcedores, funcionários e curiosos para o portão principal do maior estádio da Inglaterra é que a frase, profetizada por jogadores quase como um mantra, se concretiza. A construção fica mais imponente a cada passo em sua direção e é impossível ao menos tentar observar a paisagem no entorno do estádio.
Construído em 1923 para uma exposição sobre o exército britânico, um dos vitoriosos da 1ª Guerra Mundial, o estádio de Wembley foi comprado pelo empresário Arthur Elvin, reformado e transformado na casa da seleção inglesa e local de quase todas as decisões nacionais, por isso a expressão "on the road to Wembley". Isso porque as únicas hipóteses de se jogar no estádio são chegando a uma final ou vestindo a camisa da seleção nacional, conquistas não muito comuns para a maioria dos jogadores e bastante celebradas por todos os atletas quando alcançadas.
Mas existem outras maneiras de chegar à Wembley. Desde o jogo entre Bolton e West Ham pelo final da Copa da Inglaterra, o estádio ainda recebeu jogos de críquete, de rúgbi, campeonatos de atletismo, de corridas de cavalo, além de shows, muitos shows. Os maiores deles são o tributo à Freddie Mercury e o Live Aid, mas também passaram pelo gramado fãs de Michael Jackson, Rolling Stones, Madonna, entre outros. Desde sua inauguração, o estádio de Wembley pode ser nomeado como a mais bem sucedida Arena Multiuso de todos os tempos.
Dentro das 4 linhas se destacam a final da Copa do Mundo de 1966, vencida pela seleção da Inglaterra com o polêmico gol de Hurst na prorrogação, quando a bola atingiu o travessão, quicou na linha e saiu (veja a foto ao lado). Tembém houve as 5 decisões da Liga dos Campeões, uma delas vencida pelo Manchester United em 1968 e outra pelo Barcelona, a última disputada no estádio, em 1992.
Dez anos depois, sob muitos protestos, foi iniciado o processo de demolição do mais nobre estádio do Reino Unido. Não sem antes prestarem uma reverência ao futebol brasileiro. O estádio da Realeza deixou que Pelé fizesse o último gol do antigo Wembley. Ele marcou de pênalti no gol defendido por Gordon Banks. Também foi dos brasileiros a honra de fazer o primeiro jogo entre seleções principais. No empate em 1x1 com os ingleses, quem marcou foi Diego.
O novo estádio Wembley nasceu escrevendo seu nome na história, como não poderia ser diferente, já que precisaria respeitar as tradições do antigo. Com 90 mil lugares, a arquitetura clássica representada pelas duas torres posicionadas na entrada foi substituída por formas arredondadas e um gigantesco arco que, além de lindo e imponente, ajuda na sustentação do teto e possibilita que não existam pontos cegos nas arquibancadas. Para os jogadores, um tapete verde cuidadosamente preservado para grandes jogos. Para os torcedores, um deleite, uma miragem futebolística, um verdadeiro prêmio para aqueles que acompanharam jogos durante uma temporada inteira de seus clubes.
Um outro dado curioso, ainda mais para nós brasileiros, acostumados com a precaridade das estruturas sanitárias, são os 2.618 banheiros dentro do estádio. Para os beberrões, são 34 bares e para os gordinhos 98 cozinhas. Acho que é para compensar toda a caminhada...
Texto por: Matheus Caselatto