Admito. Enquanto muitos esperavam ansiosos o encontro dos ícones do plástico futebol brasileiro, Ronaldinho Gaúcho e Neymar, estava meio reticente ao confronto, porque vi diversos jogos com tamanha publicidade não corresponderem a tal.
Por isso, quando cheguei em casa, liguei a televisão para ver Coritiba e São Paulo. O confronto começa já com uma bola na trave do Coxa. Pressão caseira no Couto Pereira. Aí surge uma bolinha na tela, gol na Vila, Borges. Logo em seguida outra bolinha, segundo gol do camisa nove santista, CyBORGES, programado para marcar.
Percebi que estava vendo o jogo errado, por isso, liguei o computador no Santos e Flamengo. Dois jogos ao mesmo tempo. No televisor, Carlinhos Paraíba tratou de calar todas as vaias que os torcedores coxa-branca entoavam com um tirambaço de esquerda no ângulo de Edson Bastos. Lá na Baixada e no computador, o R10 fez um gol sem goleiro após falha de Edu Dracena e Rafael. Já Thiago Neves fez o segundo dos cariocas na sequencia.
Para não deixar por menos, Neymar, o pequeno Deus, fez um gol magnífico, o terceiro do Santos. Depois de abusar da habilidade no meio-campo, ele finalizou a jogada com um drible desconcertante no “pobre” Ronaldo Angelim, foi pra lá e pra cá, cadê o menino?! Bola na rede!
Se não bastasse a chuva de gols na Vila em 30 minutos, o São Paulo também fazia três gols em meia hora de partida, sendo o terceiro um gol muito bem trabalhado por Dagoberto e Wellington, esse a cada jogo se firma como titular absoluto do tricolor.
Em Curitiba, o duelo estava praticamente decidido, três a nada para os visitantes. Praticamente porque haveria surpresas no decorrer da noite. Mas vamos contá-las por ordem de importância. Vila Belmiro... e pênalti sobre Neymar. É a partir desse momento que o Peixe “morre afogado”.
Elano pede a bola e vai para a marca da cal, concentrado. Todas as críticas sobre o pênalti na Copa América deviam passar por sua cabeça e ele foi corajoso. Com uma cavadinha à Loco Abreu, Elano desperdício o penal e a chance de dar a volta por cima. As más línguas dizem que Elano bateu o pênalti cavado para pelo menos acertar o gol, coisa que não fez em gramados hermanos.
Assim que o goleiro Felipe defendeu a cobrança pensei, o castigo vem a galope e veio. O Mengo empata antes do fim do primeiro tempo.
Que aula do verdadeiro futebol brasileiro, mas ainda com só um protagonista, o jovem Neymar. Ainda, porque o segundo ato desse espetáculo começou com o onze santista fazendo o quarto gol do Peixe na noite. E lá do sul do país outra joia brasileira resolveu dar as caras nesse noite genial. Lucas antecipou a saída de bola do Coxa e com um toque sutil, encobriu o arqueiro adversário. (Coitado do Mano que não viu nada parecido na Argentina.)
Com os jovens talentos dando as caras, Ronaldinho Gaúcho resolveu entrar e roubar a cena. Primeiramente, empatou a partida que não deveria ter fim, com uma cobrança de falta que mais parecia uma tacada de sinuca. Bola encaçapada nas redes santistas. Genial! (Lembrou-me o gol de Rogério Ceni no clássico contra o Palmeiras de Marcos). Depois fez o gol da vitória do Flamengo, o quinto sendo o terceiro dele. Noite épica na Vila!
Mas outro jogo rolava no meu televisor ao mesmo tempo que todos esses fatos já citados aconteciam em Santos. Quando menos se esperava, o Coritiba com um jogador a menos e com uma atuação sensacional do meio Rafinha, ex-São Paulo, no segundo tempo, o Coxa fez 3 gols. Faria o quarto, quinto... se a partida não tivesse que ser encerrada aos 48 minutos do segundo tempo.
Infelizmente a décima segunda rodada do Brasileirão teve fim, com isso termino meu texto com um comentário de um santista que reflete com exatidão o ideal deste blog, a paixão não só clubística, mas pelo Esporte!
Lucas está de parabéns, Essas metaforas só enriquecem seu texto !
ResponderExcluir