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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A corrida por Montillo



Por Luiz Fernando Módolo

No primeiro semestre de 2010 a Universidad de Chile, a popular La U, e o Flamengo fizeram uma série de quatro jogos pela Copa Libertadores da América. A La U eliminou o time brasileiro e mostrou um futebol envolvente, moderno e regido por um meia argentino, até então desconhecido . Surgia ai, Walter Montillo.

O time da cidade maravilhosa bem que tentou, mas não conseguiu trazer o “hermano”.  O Destino do jogador, foi o Cruzeiro.

Hoje, mais de dois anos depois e com contrato renovado até 2015, as especulações, mais uma vez voltam sobre a troca de clube de Montillo, só que dessa vez seria interna, sem cruzar fronteiras, pelo menos as nacionais. A corrida pelo maestro argentino coloca frente a frente São Paulo, Santos, Grêmio e próprio Cruzeiro que quer manter o jogador.

Definitivamente, esse não foi um dos melhores anos do atleta. Talvez seu desempenho nesse ano não justifique toda cobiça em torno de seu nome. Se nessa temporada foi discreto, em 2010 e 2011, ele jogou o fino da bola e ainda seria uma boa aposta a qualquer clube brasileiro.

Dentre os candidatos a levarem o argentino, o São Paulo tem a principal carta na manga, dinheiro,. Com o deposito do PSG em janeiro do restante da venda de Lucas, o time tricolor terá caixa para convencer o Cruzeiro a liberá-lo.

Por sinal o time do Morumbi quer argentino para ocupar a lacuna deixada por Lucas e já cobrir uma eventual saída de Osvaldo. Entretanto Montillo não tem a mesma característica do camisa sete, ele gosta de ocupar uma faixa mais central do campo, e não o lado direito como faz o meia da seleção no 4-2-3-1 montado por Ney Franco.

Para complicar ainda mais o São Paulo já possui Jadson, Ganso e Canete que atuam mais centralizados. Será que vale gastar essa grana para trazer mais um jogador com as mesmas características e tentar improvisá-lo pelo lado do campo? Para o tricolor seria melhor procurar um jogador que já é acostumado a fazer essa função e com as características necessárias para tal.

No Santos o encaixe é perfeito, com a saída de Paulo Henrique Ganso, o meia argentino ocuparia a posição com naturalidade, já que não se deve deixar essa responsabilidade nos pés de Felipe Anderson, que ainda precisa amadurecer para tal. 

A questão na baixada é financeira, o a pedida pelo jogador ainda é alta, cerca de 15 milhões de Euros e o Santos, não parece disposto a arcar.

Já no Grêmio, Montillo serviria de duas maneiras no elenco. Uma delas é jogando ao lado de Zé Roberto e Elano, com o camisa sete fazendo um papel de segundo volante de Luxemburgo.

Outra função do argentino seria jogar no lugar do experiente camisa dez, que com 38 anos não deve jogar quarta e domingo, sendo preservado para os jogos mais importantes do time gaúcho  Novamente a barreira é financeira, o Grêmio já declarou que não tem o dinheiro que o Cruzeiro pede, mas tenta convencer os mineiros com jogadores como moeda de troca.

O certo é que o time azul celeste já contratou Diego Souza para o ano que vem. Não se sabe se para substituir Montillo ou jogar ao lado dele. A permanência do argentino e a criação da dupla enchem a torcida da raposa de esperança de que 2013 será melhor que os dois anos anteriores. 


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