Por Gabriel Duque
Cair em um grupo com o Taiti não ia ajudar em nada no desenvolvimento da nova seleção brasileira, agora com Felipão no comando. Ainda bem que o sorteio cheio de gafes, com a estranha apresentação da bola Cafusa e com o chef Alex Atala atrapalhado arrumou uma chave complicada para a equipe nacional.
Jogar a primeira fase da Copa das Confederações contra a forte e tradicional Itália, o rápido e habilidoso Japão e o sempre complicado México será um grande desafio para o time canarinho se aprontar para o Mundial de 2014. Em apenas um torneio, o selecionado poderá enfrentar três estilos bem diferentes.
A Azzurra, atual vice-campeã europeia, se renovou, principalmente, no ataque com El Shaarawy e Balotelli de titulares, mas, contra o Brasil, vai apostar certamente em uma linha de quatro homens no meio-campo, privilegiando a defesa e o contragolpe.
O único lamento se dá pelo fato do técnico Cesare Prandelli já dizer que pode abrir mão de alguns atletas em detrimento da Eurocopa sub-21, competição simultânea à Copa das Confederações. O último encontro com a Itália ocorreu justamente na edição anterior do torneio pré-Mundial, em 2009, com vitória brasileira por 3 a 0, com dois gols de Luis Fabiano.
Os nipônicos, por sua vez, foram goleados pouco tempo atrás com a melhor formação encontrada por Mano Menezes à frente da seleção. O rival oriental tem uma geração de potencial, com Kagawa e Honda na armação e os velozes laterais Ushida e Nagatomo, porém deixa espaços em sua zaga, os quais poderão ser muito bem explorados por Neymar, Oscar e companhia.
Contudo a pedra no sapato parece ser mesmo o time mexicano, que já venceu a seleção verde-amarela duas vezes neste ano. Na final das Olimpíadas de Londres, Peralta aprontou para cima do Brasil e nos fez amargar novamente a prata. Já, em junho, Giovani dos Santos e Chicarito Hernandez balançaram as redes e nos derrotaram. Não tem sido fácil encaixar o jogo contra o México, um time compacto, seguro na defesa e perigoso no ataque.
Apesar de tudo, a seleção de Felipão é favorita para avançar de fase e pegar Espanha ou Uruguai na semifinal. E o título da Copa das Confederações pode ajudar a dar confiança ao jovem grupo, mas o fundamental é dar corpo ao time para 2014.
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