Nelson Rodrigues e a reflexão |
Por Felipe Pugliese
Gosto de ler e busco sempre mencionar a obra de
Nelson Rodrigues em meus textos. É nostálgico, mas realizador. Me sinto com o
dever cumprido ao repassar algo tão diferenciado como a obra do gênio.
Um dia o Anjo Pornográfico esfregou na cara dos
mais conservadores uma emblemática verdade: "O tempo é uma convenção que não
existe para o craque, muito menos para a mulher bonita. Existe, sim, para o
perna-de-pau e para o bucho!".
O tempo passou, Nelson morreu e a realidade do
futebol brasileiro mostra que o cronista estava certo. Sem jogadores com mais
de 35 anos o nosso futebol não tem beleza. Sem os “senhores” da bola a pelota fica mais
triste e menos inteligente.
Começamos por Zé Roberto e sua perna esquerda. O
camisa dez do Grêmio não joga, e sim desfila. Lanço um desafio: vendem o camisa
dez o Grêmio durante um jogo e verão o que, ainda assim, é capaz de fazer.
Chegamos ao líder Fluminense e nos deparamos com
uma constelação de craques. Nenhum, porém, com a mesma elegância de Deco com a
bola nos pés. Ainda em território carioca temos a liderança e hombridade
absoluta de Juninho Pernambucano no desmantelado Vasco da Gama. Sem falar de
Seedorf, que dispensa qualquer sílaba para elogios.
Não vou me estender muito, mas seria injusto nem ao
menos citar nomes como Marcos Assunção, Rogério Ceni...
Em 2013 a lista dos vovôs que reinam na terra que
um dia foi dos índios aguarda ansiosamente por um REFORÇO: o maestro Alex.
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