Por Gabriel Duque
Homenagem, reconhecimento e emoção na despedida derradeira de Schumacher da Fórmula 1. Adrenalina, agressividade e cautela na largada. Toques nas curvas iniciais e o medo de ficar da prova e perder o título mundial. Queda para o fim do grid, carro danificado, chuva, pista meio molhada e ansiedade para recuperar posições. Reação na corrida até a hora de chegar próximo a rivais complicados. Calma e precaução.
Detritos por todo lado, pneu furado de Rosberg e o safety car entrou na prova juntando toda a galera. Nada decidido. Temor e dúvidas no ar. Traçado secando, água voltou a rolar, decisão errada de parar nos boxes, problemas no rádio e novo perigo de cair para o fundo do pelotão. Essa vinha sendo a tônica da corrida de Sebastian Vettel, que observava de longe a posição de Alonso e a briga dos ponteiros.
Na liderança da corrida e com chances de conseguir uma inédita vitória para a Force India, Nico Hulkenberg se atrapalhou com a pista úmida e perdeu o primeiro lugar para Hamilton. Decepção. Tentativa de retomar a dianteira, acidente com Lewis e punição para o afobado Hulk. Aplausos e desejo de boa sorte a Hamilton em sua volta aos boxes, se despedindo da McLaren.
Sorte também do confiante Alonso, que ganhou dois postos com a confusão. Massa deixou o companheiro passar e Fernando apareceu em 2°. Otimismo ferrarista. Desespero dos taurinos. Tranquilidade foi-se embora e a necessidade de reagir novamente fez Vettel dividir cada curva ferozmente, inclusive jogando Kobayashi para fora da pista. Empolgado, o alemão foi com tudo para cima de Schumi e deixou o heptacampeão na saudade.
Pedaço de carro sai voando. Ele vai aguentar até o fim? Doido para ver a quadriculada, Sebastian não quis saber e desceu o pé no acelerador. O rádio da equipe clamou para Vettel segurar a onda: “relaxa aí, meu. O título é seu”, disse o engenheiro em bom inglês.
Posições se consolidaram e só duas coisas poderiam estragar a festa da Red Bull: uma escapada de Vettel ou um problema com Button. Nem um nem outro. No fim, acidente perigoso. Safety car voltou e enfim Vettel tirou o grito de campeão da garganta. Choro contido no cockpit. Pódio com Button em 1°, Alonso em 2° e Massa em 3°. Felicidade do inglês, cara de frustração e poucos amigos do espanhol e o brasileiro não conteve a emoção e também chorou diante da torcida paulistana. Nos boxes, Sebastian comemorou com o time.
O GP do Brasil do chove e não molha foi o palco perfeito para todas as sensações possíveis. Não tinha melhor maneira de completar uma temporada tão repleta de emoções. Que em 2013 o cenário se repita!
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