“Ainda pior que a
convicção do não, é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase. É o quase
que incomoda, que entristece, que mata, trazendo tudo que poderia ter sido e não
foi”. A citação de Luis Fernando Veríssimo, pode resumir o sentimento de um
botafoguense nos últimos anos.
A apatia que toma o semblante dos que amam o time da estrela
solitária parece não ter fim. E ano após ano vem piorando. Se não bastasse a tristeza com o próprio
Botafogo, os alvinegros ainda têm que ver seus rivais viverem tempos de
glória. Até o Flamengo, que quase caiu neste ano, conquistou o Brasileirão
recentemente.
Tamanha indiferença é justificável. O time se reforça bem,
como fez esse ano com Seedorf e Andrézinho. Se em algumas posições o elenco deixa a desejar, o primeiro time tem qualidade e é melhor que
o Palmeiras que conquistou a Copa do Brasil deste ano, por exemplo.
É bem verdade que existe um abismo de qualidade entre os
jogadores de defesa e os do meio e ataque. Fábio Ferreira comandando a zaga
é de dar medo em qualquer um, entretanto, ainda assim o time tinha que exercer
melhor papel nos campeonatos que disputa.
A diretoria planeja, não interfere, paga em dia, faz tudo o
que está ao seu alcance para que a paz reine em General Severiano. Vontade não
falta, porém na hora h o time trava, parece que não vai, chega a desaprender a
jogar bola.
Fatores psicológicos não podem ser os grandes culpados pela
ausência de títulos, ainda mais em um time que se renova.
O que falta? O algo a mais, o brilho no olho, a bola que
bate na trave entrar, falta o algo a mais.
Haja superstição para superar o jejum de títulos do clube, que vê o longínquo
1995 como ano de sua última grande conquista, com Túlio maravilha ainda no auge de sua
forma.
O cenário pinta como um dèjá vu na cabeça dos
botafoguenses, que veem o time contratando, começando bem, botam esperança que
esse ano vai, esse ano ninguém segura, mas as esperanças
se esvaem e caem por terra abaixo.
Qual a solução? Essa pergunta incomoda os cartolas e
torcedores, que não veem a hora de voltar a gritar campeão. Talvez a aposta em um
técnico novo para evitar mais do mesmo. Chega de Caio Junior, Oswaldo - chega
até do bom Cuca. A aposta em novos valores, principalmente na zaga, para mesclar
com os medalhões e bons jogadores do time, podem trazer bom resultado.
Enquanto não encontra a solução, o torcedor do time da estrela solitária continua saudoso, se lembrando dos tempos de glória, procurando um novo Garrincha, um novo Túlio, e novas superstições. Esperando em breve retomar o caminho da glória.
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