Por Gabriel Duque
A ideia inicial deste texto era falar sobre o Barcelona do papai Messi e Van Persie, que foram os personagens do sábado no futebol europeu. Mas não dá para passar em branco o feito de Neymar no jogo do Santos contra o Cruzeiro, no estádio Independência, em Minas Gerais.
O astro do Peixe, que balançou as redes três vezes e deu uma assistência na goleada por 4 a 0, foi aplaudido pela torcida adversária - fato incomum no futebol, principalmente o brasileiro. Buscando rapidamente pela memória, lembro apenas de Ronaldinho Gaúcho no Barcelona sendo ovacionado pelos aficionados merengues após acabar com um clássico contra o Real Madrid.
Acostumado com pegação no pé dos rivais, vaias, xingamentos e ser chamado de cai-cai, o menino da Vila teve um momento de raro reconhecimento. Os mineiros se renderam à atuação de gala do santista e o homenagearam. A emoção foi tanta que o próprio atleta disse que agora vê o Cruzeiro como sua segunda casa.
“Dono” do time, Neymar muda completamente o status do Santos quando está em campo. Com apenas 14 partidas disputadas neste Brasileirão em 35 rodadas, o camisa 11 tem 12 gols marcados. Em competições nacionais, o craque se tornou o maior artilheiro do Alvinegro após a Era Pelé, com 52 tentos, e superou Kléber Pereira. Só neste ano, ele fez 41 gols em 44 jogos.
Se Neymar estivesse mais presente no clube, talvez a situação do Peixe fosse outra. Sempre convocado para a seleção brasileira, ele foi muitas vezes desfalque. Atualmente no meio da tabela, o time comandado por Muricy é um dos que mais empatou no campeonato, com 13 igualdades, sendo que sete foram por 0 a 0 e apenas dois desses duelos contaram com o astro em campo. Realmente, ele faz falta.
Só para constar
De volta aos personagens esquecidos, Van Persie reencontrou o Arsenal pela primeira vez desde sua ida para o Manchester United. O holandês deixou o seu e não comemorou em respeito ao ex-clube. Os Diabos Vermelhos venceram por 2 a 1 e alcançaram a liderança. Artilheiro nato e em grande fase, o atacante chegou a 10 gols em 13 jogos pelo Manchester.
Já o Barça não contou com gol de Messi, que virou papai na sexta, mas ganhou mais uma. Apesar de algumas críticas às escalações de Tito Vilanova, o desempenho do time é avassalador. São nove vitórias e um empate na Liga Espanhola, três triunfos e 100% de aproveitamento na Liga dos Campeões e o único revés aconteceu na Supercopa para o Real Madrid.
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