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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Após aula do Penapolense, Palmeiras precisa colocar a base

Alguns jogadores que atuaram pelo Palmeiras na Série B
Por Alessandro Lefevre

É melhor dar espaço aos meninos da base do que continuar com M. Ramos, M. Araújo, Juninho, Wendel, M. Leite, Luan...

O time que perdeu para o Vitória por 7 a 2, no Palestra Itália, na partida de ida da Copa do Brasil de 2003 (alguns meses após o rebaixamento):

Marcos
Gustavo (aquele mesmo de S. Caetano e Corinthians - foi expulso nesse jogo)
Leonardo
Marquinhos
Neném (Anselmo)
Magrão
Thiago Gentil
Zinho (Dênis)
Adãozinho
Corrêa (Fábio Gomes)
Muñoz

Desses, quantos realmente fizeram parte da campanha vitoriosa na Série B? Marcos, Leonardo, Magrão, Adãozinho (banco) Corrêa (banco) e Muñoz (banco). Isto é, apenas três desse elenco eram titulares. A equipe tomou um chacoalhão depois desse vexame, e vários "atletas" foram enviados para Urano.

O time campeão da Série B era:

Marcos, Baiano, Daniel, Leonardo e Lúcio; Marcinho Guerreiro, Élson, Magrão e Diego Souza (base); Edmílson (base) e Vágner Love (base).

Na reportagem que vou postar abaixo, vejam que o primeiro jogo da Série B foi abominável. Vocês não se lembram. Mas o Palmeiras empatou - e tomou pressão - do Brasiliense. Depois, empatou com o América de Natal em casa. Na terceira partida, perdeu para o Náutico. A primeira vitória só veio na quarta jornada, contra o São Raimundo.

Com o tempo -e com o apoio da torcida aos garotos e ao Jair Picerni- o Verdão deu a volta por cima e levantou a taça. A hora de colocar a base é agora, após uma aula de futebol do P-E-N-A-P-O-L-E-N-S-E. Como em 2003, é natural que o time, recheado de garotos, tome umas pancadas nos primeiros jogos. Mas é melhor tomar agora, no Paulista, do que chegar à Série B com um time ridículo.

Se a diretoria e os dirigentes tiverem peito, colocam os meninos já na próxima rodada. Arrisco-me a dizer que o Palmeiras teria chance, inclusive, de beliscar uma vaga nas quartas de final da Libertadores.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Existe futebol feio em São Paulo



Por Felipe Pugliese

O futebol está moderno demais. Para alguns tal modernidade é chata. Paulo Vinícius Coelho (PVC), da ESPN, representa com perfeição a mudança. Não consegue fazer um comentário sem citar números. Certas vezes é tão chato quanto uma aula de matemática... muitos deixam a baba cair, perplexos com o conhecimento apresentado.


Uma boa ntícia para aqueles que abominam tantas teorias: existe futebol feio em São Paulo.


Dia de semana, 16horas, Rua Javari. No tradicional estádio da Mooca o Juventus fazia sua estreia na Série A2 do Campeonato Paulista. Na bandeira erguida pelo torcedor uma frase impactava: “ódio ao futebol moderno”. Sim, o glamour, a tática e o excesso de técnica passam longe daquele lugar.


Em campo o time paulistano foi goleado: 4 a 0 para o Noroeste. A festa aconteceu do mesmo jeito. Não é necessário teoria para explicar o resultado. Perdeu porque perdeu.


Eu, em companhia de uma câmera, gravei um pouco o amor de uma torcida por um time de muita tradição.


Forza Juve!


domingo, 27 de janeiro de 2013

Oramos por você, Santa Maria

Por Lucas Bueno





O futebol que surge no domingo para alegrar a multidão, hoje, está sem sorriso, sem emoção... sem cor. Nada importa quando 233 jovens perdem a vida, dentro de um lugar onde se celebra a alegria. Como essa realidade pode ser, simultaneamente, tão distante e tão próxima da gente? Realidade jovial que se conhece sem nunca ter se cruzado. 

Ver as primeiras imagens da casa noturna em Santa Maria e vir na mente, imediatamente, a balada que você frequenta quase todo fim de semana e pensar: Poderia ser eu, com meus amigos, em mais uma festa universitária!

Somos garotos, cheios de vida, "gigantes" como um grão de areia. Com a gente nada acontece. Ilusão! São nesses momentos que entendemos a preocupação dos pais quando o telefone toca de madrugada e o alívio quando chegamos da noitada e dizemos: Mãe, cheguei. Está tudo bem! 

Há muito o que falar sobre a tragédia no Rio Grande do Sul, mas a voz não sai. Erro humano, negligência, falta de bom senso, insegurança, pânico... tudo será investigado. Até quando o Brasil tomará providências sempre partindo de mortes?! Será que aprenderemos um dia?!

Hoje o mundo da bola se torna um mero detalhe. Ganso desencantou pelo São Paulo, Cristiano Ronaldo faz 3 gols pelo Real Madrid e Messi responde, um dia depois, fazendo 4 pelo Barça. O novo Castelão, estádio da Copa 2014, foi reinaugurado e amanhã faltará 500 dias para o pontapé inicial do Mundial. Pouco importa.

Será que temos competência, como famosos festeiros que somos, para organizar eventos? Enquanto engarrafamentos de trios elétricos tomarão as ruas e pessoas ficarão embebecidas de felicidade, a cidade gaúcha que é Santa viu o pranto das Marias neste dia 27 de janeiro de 2013.

"Teria acordado e pensado que isso tudo é para sempre..."

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Famoso quem?



Por Luiz Felipe Fogaça

Todo mundo que acompanha diariamente os noticiários do mundo futebolístico sabe quantos craques fabricamos por ano. 

Não que estejamos produzindo tantos jogadores bons, mas virou clichê chamar de craque.

Um golzinho já é motivo de consagração, participação em todos os programas esportivos, destaque em todos os jornais, exaltação nos quatro cantos.

Basta ser atacante, fazer gols e dar carinho, que será um ídolo, um craque, pedirão sua convocação em determinado momento.  Exageros a parte, é mais ou menos isso que fazem os comentaristas que já vulgarizaram o termo craque.

Essa cultura de demasiado enaltecimento de todos e qualquer jogador precisa terminar, principalmente dos jogadores de frente.

Esses dias foi a vez do atacante dos juniores do Santos, que fez um golaço contra o Palmeiras na Copa São Paulo, só se fala nele. Há quem já peça a dupla com Neymar.

Pior que isso, só a falta de personalidade de alguns jogadores, que querem ser outro. Se espelhar e ter como ídolo é uma coisa, mas hoje em dia parece que eles querem mesmo é ser o outro.

De bom nisso tudo, só o Santos que se mostra cada vez mais como uma fábrica de talentos. Não falo pelo jogador Neilton em si, mas pelo conjunto que chegou à final da Copa São Paulo. Olho nos meninos da Vila.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A convocação do bigode carrancudo




Por Felipe Pugliese

Quero muito escrever sobre a seleção, mas temo me perder no raciocínio. São muitas as primeiras observações da convocação do bigode carrancudo. Chego à conclusão que gostei, principalmente pelo retorno de dois craques. Sim, Ronaldinho Gaúcho e Hernanes são Craques – com “C” maiúsculo. 


O dentuço recuperou o vadio tesão pela gorda. O “profeta” tem feito os italianos babarem pela Lazio. Visão de jogo como a de Hernanes pouco vimos nos últimos anos.


Para muitos espanta a ausência de um primeiro volante “brucutu” (Paulinho, Ramirez e Arouca são os outros convocados). Para quem conhece Felipão a escolha já era esperada. Ele deve usar um terceiro zagueiro na função, cargo que David Luiz já mostrou ocupar bem.  Para quem não lembra Edmilson foi essa peça em 2002.


Dante, Miranda e Filipe Luiz são as novidades. Acho que estamos muito em cima da hora para testes....ainda mais na cozinha. 


O que não agrada este que vos escreve é a presença de Julio Cesar entre os goleiros. Se fosse por optar por alguém experiente que fosse Rogério Ceni.


Na frente Felipão deixa claro que terá uma referencia ao convocar Fred e Luís Fabiano. É bom que ambos pisem no acelerador, pois há um Pato no retrovisor. 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A hora e a vez de Paulo Nobre



Por Luiz Felipe Fogaça

É amigo, como diria Che Guevara “[futebol] não é um simples jogo é uma arma da revolução”. A frase que uso para tentar ilustrar um pouco o poder do esporte bretão se faz justo quando vejo em destaque nos grandes portais a eleição do Palmeiras em tempo real.

Tudo bem que o Flamengo, neste ano, já funcionou assim, mas tal fato ainda me deixa perplexo. Jamais pensei em toda minha vida que chegaríamos a esse ponto.

Se futebol é o ópio do povo eu não sei, mas que ele move multidões e até mesmo montanhas, a isso ele move e fica cada vez mais claro.

Chego a pensar que o pleito palestrino pode ter mais acesso que o municipal que tivemos em outubro passado, jamais saberei. Garanto que o resultado é mais importante e muda muito mais a vida de muitos tantos. O vencedor certamente será muito mais cobrado que qualquer eleito em qualquer cargo público.

Como gosto que nosso futebol seja nivelado por cima, mesmo são paulino, torço para que o eleito, na última eleição fechada do Palmeiras, possa se não mudar o rumo das coisas no clube, pelo menos dar o passo inicial, principalmente no que se entende por politicagem.

Não precisa ser um bom entendedor para ver o quanto a política interna, os bastidores, a oposição e tudo mais, prejudicam o alviverde. Na verdade é o principal fator e chega a dar nojo em qualquer um que conheça o clube um pouco mais a fundo.

Se bem é verdade que cartolas já foram/são problemas em todos os times, o Vasco já se livrou de Eurico, o Corinthians de Dualib, para ficar nos exemplos recentes.

Sim, o Palmeiras já se "livrou" de Mustafá, mas o que de fato mudou?  Arrisco a dizer que até piorou. A coisa chega a ser tão critica, que ambos os candidatos que concorreram, são de oposição. E no final, Mustafá ainda tem muita força no clube e emplaca um candidato atrás do outro.

Tá na hora de se unir em torno de um bem maior, que se chama Sociedade Esportiva Palmeiras e fazer o torcedor voltar a ter alegria e orgulho. Afinal, “homens mudam de partido político, de estado civil, de país, de língua, até de sexo,... mas nunca mudam de time”.

Que Paulo Nobre seja capaz de mudar os rumos do Palmeiras. 

Super HarBowl


Por André Gomes, convidado especial


Passadas 46 edições do Super Bowl, a grande final do futebol americano, a 47ª terá outra disputa além dos jogadores em campo. É a primeira vez que dois irmãos irão se enfrentar como técnicos principais das equipes.  John Harbaugh pelo Baltimore Ravens e Jim Harbaugh comandando o San Francisco 49ers.
John, 15 meses mais velho, está em seu quinto ano comandando os Ravens e sempre levou o time aos playoffs, mas esta é a primeira vez que chega ao Super Bowl. Jim completa o segundo ano pelo time de San Francisco e também levou sua equipe à fase final em 2012. Aliás, os dois times perderam as finais de conferência, último jogo antes do Super Bowl, ano passado.
Além do grau de parentesco, os Harbaugh ficaram marcados nesta temporada por mudanças estratégicas que alguns desconfiaram no começo, mas provaram que se tem algo que eles entendem é de futebol americano. O técnico dos 49ers precisou colocar em campo o quarterback reserva, Colin Kaepernick - que está apenas em seu segundo ano de NFL -, quando o titular Alex Smith se machucou. Até aí normal, mas quando Smith voltou da lesão, Jim apostou no novato e foi contestado. Resultado? Kaepernick mostrou maturidade com ótimos passes, além de velocidade quando corria com a bola, e levou a equipe à grande final, mesmo com apenas nove jogos começando como titular.
Kaepernick fez brilhar a estrela do técnico
A mudança de John não foi numa peça tão chave como é o quarterback pra um time, mas chamou atenção e seria algo que poderia abalar o ataque e não fazer os Ravens chegar ao Super Bowl. O irmão mais velho trocou o coordenador ofensivo da equipe – o segundo cara responsável pelo ataque após o próprio treinador - após uma derrota no dia 10 de dezembro.  A equipe mudou, mas mudou para melhor.
Agora temos que aguardar duas semanas, que irão parecer meses para os apaixonados pelo futebol da bola oval, para descobrir se o irmão mais velho dará o segundo título da NFL para os Ravens, ou se o caçula triunfará o sexto para os 49ers. E enquanto esperamos, veja (ou reveja) os números exorbitantes que o Super Bowl fatura.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Informação não combina com circo




Felipe Pugliese


Ouvir, checar e informar. Qualquer estudante de jornalismo, por mais alienado que seja, ao menos ouviu a importâncias das três ações na apuração de uma notícia. Para quem trabalha com futebol a responsabilidade é maior. Muita gente usa a mídia como carapuça para aumentar uma proposta, ter o aumento tão aguardado pelo jogador.... e por aí vai. 


Fiz a introdução para dizer que algo tem deixado este que vos escreve muito inquieto. 


Ex-jogadores ganham cada vez mais espaço na mídia. Aprovo a iniciativa de vê-los comentando jogos, até porque já viveram dentro daquela magia  Contudo, alguns têm passado dos limites na "liberdade" que é vos dada. 


O compromisso com a informação não existe. São usados como "papagaios" e divulgam especulações como informações certeiras. ENGANAM O TORCEDOR! 


Neste semana, na Fox Sports, o ex-lateral Athirson cravou Felipe no Fluminense. "Já está certo". Por enquanto nada. No dia seguinte veio Ronaldo Giovanelli, na Band, dizer que Kaká já é jogador das Laranjeiras. Por enquanto também nada. E aí?


A negociações podem acontecer, claro. Todavia, o que indigna é o fato que - se estiverem equivocados - nada acontecerá. Quem não lembra do dia que Neto  exibiu uma camisa do Corinthians com o nome de Seedorf? 


A tendência é piorar. Certo estão os programas que ignoram especulações. Informação não combina com circo. 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

De pés descalços

Por Lucas Bueno


Começará no sábado, na África do Sul, o campeonato mais rico em cultura e diversidade que o mundo da bola nos proporciona, a Copa Africana de Nações (CAF). O torneio conta com dezesseis seleções e dará ao campeão uma vaga para disputar a Copa das Confederações em junho aqui no Brasil.

Além de toda as cores, ginga e musicalidade que os africanos exportam nessa competição, há um choque cultural entre as próprias seleções envolvidas no campeonato: os "europeizados" x "africanizados". 

A influência e importância dos europeus para a evolução do futebol africano é indiscutível. Os colonizadores ensinaram aos jogadores da Mama África o tático. Treinamentos, posicionamento, obediência e leitura de jogo, aliado à força e ginga, qualidades primitivas dos africanos, colocariam a África como uma potência mundial no esporte. Mas não!

Sim, a fome, a falta de investimentos são fatores que impedem o desenvolvimento do futebol africano. Mas os moldes europeus estão engessando a espontaneidade por lá. O "futebol moderno" está renunciando à alegria, desmanchando a fantasia e apagando a ousadia da África.


Zâmbia campeã da CAF em 2012

Seleções como Nigéria, Costa do Marfim e Gana, serão sempre candidatas ao título da CAF pela quantidade de atletas consagrados que têm na Europa. Porém, isso não lhes garante nada. A última Copa das Nações Africanas em 2012 teve como campeã a Zâmbia. Neste ano, os tradicionais camaroneses sequer se classificaram para o torneio. 

Então pergunto aos leitores: Qual foi a última revelação do futebol africano? Todos irão se lembram de: Eto`o, Drogba, Yayá Toure, Essien. Jogadores já experientes. E os novos?! Fiquemos atentos à competição continental que envolverá toda a África. Tunísia, Árgelia, Togo, Etiópia, Burkina Fasso, Congo, Níger, Mali, Cabo Verde, Marrocos, Angola... 

Nós gostamos de ser surpreendidos! Então que venham mais Camarões de 1990 com Roger Milla, mais Senegais de 2002 com Diouf. A África necessita resgatar a sua primitividade positiva. A ingenuidade, malemolência, improvisação e ousadia... Tirar as chuteiras europeias e jogar descalços. Sentir a terra entre os dedos e o barbante da costura da bola no peito dos pés.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A volta olímpica da minha vida



Tuca Veiga

Conquistar um título é daqueles momentos sublimes da vida. É ver que todo sofrimento valeu a pena. É ter a certeza que o sonho se realizou. E isso independe do tamanho da vitória. Levantar o troféu e dar a volta olímpica é sacramentar a conquista. Não me esqueço de nenhuma das vezes que vi meu time apresentar o troféu recém-adquirido para nós torcedores.

No entanto, certamente, a primeira e a última vez que isso aconteceu são as mais especiais da minha vida. Em 1999, com onze anos, vi ao lado de minha mãe e meu irmão o Timão ser campeão brasileiro pela terceira vez, numa noite chuvosa, contra o Galo, em uma batalha e tanto.

A última vez, então, jamais deixará de figurar nas minhas noites. Faz um mês que o Corinthians se tornou campeão do mundo em Yokohama e, de lá para cá, sonhei diversas vezes que estava no Japão sendo campeão do mundo. A realidade virou sonho.

O êxtase depois do gol do Guerrero repetido 25 minutos depois, ao soar o apito do juiz, ainda nos entorpecia. A cerimônia de premiação já havia proporcionado cenas mais que marcantes. Mas assim que os jogadores saíram para a volta olímpica e o hino do Corinthians começou a tocar no sistema de som do estádio, não houve quem não se emocionasse.

Foi pouco depois da primeira vez que o hino tocou que liguei a minha câmera. A torcida já não tinha mais voz, não tinha mais frio, não tinha mais nada na cabeça senão que, naquele momento, o mundo era do bando de loucos. Fui brindado com cenas marcantes que divido com vocês, leitores do Paixão, corintianos ou não.


E, ao final do vídeo, ainda peguei um momento de gratidão, de intimidade e, acima de tudo, de amor entre Tite e sua mulher, que estava poucas fileiras abaixo de mim. Um torcedor, sabendo da presença dela, brinca: “Casa comigo, Tite?”, mas quem deu a resposta foi sua família: “Ele está casado com o Corinthians”. Vi seu filho cantar o hino, as músicas da fiel, com sotaque gaúcho – é claro – e tive então a certeza que teremos Adenor no comando do Timão por muito tempo. Valeu, Tite! Valeu, Corinthians!


Camisa nove




Felipe Pugliese

São poucos os que têm vocação para vesti-lá. O número nove nas costas tem o peso calculado em arrobas. Quem não tem cacife, mas ousa tentar pode cair de quatro na grama e não levantar nunca mais. A pergunta que faço é: os clubes brasileiros estão bem servidos quando o assunto é o "matador"?

Em São Paulo, o Corinthians vai contra a realidade. Alexandre Pato vestirá a sete, mas tem bala para ser o dono da nove, hoje nas costas de Paolo Guerrero. Dois jogadores de altíssimo nível. O Tricolor tem o bom, velho e sempre eficiente Luís Fabiano. Barcos calou a todos e, para alguns palmeirenses, supera inclusive o ídolo Evair. No Santos, a aposta é no goleador André. Todos estão muitíssimo bem servidos. 

Contudo, o melhor do Brasil está no Rio de Janeiro. Fred é unanimidade. E paramos por aí. O Flamengo não tem mais Vágner Love e Liédson é um ex-jogador em atividade. Botafogo perdeu Elkson (que mesmo usando nove nunca foi digno da numeração) e aposta no garoto Bruno Mendes. Não consigo entender como dispensou Loco Abreu. O Vasco deixou Alecsandro sair e agora vive sem o centroavante. O quadro preocupa. 

Em Minas Gerais, Jô mostrou não ser apenas aquele cara irresponsável e baladeiro. Dentro da área sabe se virar bem, tanto pelo alto quanto no pivô. Já o Cruzeiro ainda acredita em Borges. Perda de tempo. 

No Sul, o cardápio oferece atrações saborosas. Marcelos Moreno e Leandro Damião cheiram gol. Enquanto isso no Norte e Nordeste o nível cai: Souza, Roger, William... enquanto isso Deivid irá fazer muitos gols pelo Coxa, ainda mais com Alex de garçom. 

Quem tem, tem. Quem não tem precisa correr atrás. Atrás de quem?

Diego Tardelli é "o cara", mas também "o caro". Reinteria... por que não? Recorrer a algum argentino, como Viatri, pode ser uma boa solução. Ricardo Oliveira ainda dá caldo. 

Não precisa ser de placa, o que o brasileiro quer é ver gol...

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

O espetáculo da NBA

Staples Center lotado para assistir ao espetáculo da noite: um jogo da NBA
Por Alessandro Lefevre

Era apenas mais um jogo da primeira fase da NBA, a liga de basquete norte-americana. Embalado, o Los Angeles Clippers acumulava 14 vitórias consecutivas. O Celtics, visitante naquela noite, não era mais o mesmo, aquele que levantou a taça em 2008. Mas a equipe verde de Boston tinha o veterano Kevin Garnett para desequilibrar a partida.

Eram esses os ingredientes do espetáculo que fui assistir no Staples Center, complexo multiuso de Los Angeles. Espetáculo não só pelo o que o jogo em si e a disputa pela bola iriam oferecer. Nos EUA, sair de casa para assistir à NBA é mais do que querer ver apenas belas cestas e enterradas. É a certeza de um programa de entretenimento para toda a família (desculpe o lugar comum, mas não há outro modo de falar sobre o tema).

Antes do jogo, um DJ anima os torcedores e prepara o ginásio para apoiar o time da casa. A atmosfera no Staples Center naquela noite em especial era incrível. O Clippers fazia uma campanha avassaladora e a expectativa por mais um belo jogo estava no coração de cada um daqueles fanáticos.

Antes da partida começar, uma câmera filma pessoas dançando os hits do momento e a imagem vai direto e ao vivo para um telão de 360º no centro do ginásio. As telas gigantes mostram tudo com uma definição incrível. Gangnam Style, é claro, foi a preferida da torcida. Torcida? Não, não. Plateia! Para quem prefere ficar sentado, por exemplo, a acomodação não é feita de madeira. São poltronas de cinema, com lugar para colocar o copo. Belos e grandes copos de Coca-Cola de 700 ml.

Antes e depois da bola subir, o entretenimento é para toda a família
Quando os jogadores entram em quadra, todos são anunciados no telão central com um clipe das suas melhores jogadas. A torcida vai à loucura. Nessa hora, o DJ coloca uma música dançante, daquelas para deixar arrepiado até quem não entende nada de basquete. Quando chega a vez do time adversário ser apresentado, nada de vaias. O público está ali para o espetáculo. Inclusive o astro adversário, o veterano Kevin Garnett, é aplaudido.

Na hora em que a bola finalmente sobe, o Clippers atropela. Os dois primeiros quartos de tempo são de domínio total do time da casa. Cestas, música durante os ataques, o tradicional canto de "defense, defense" da torcida... É por isso que tantos mexicanos atravessam a fronteira ilegalmente.

No intervalo, em vez de ir ao banheiro, os norte-americanos ficam ali, paradinhos em suas poltronas. Afinal, o show não pode parar. Uma ginasta entra na quadra. Com uma mão apoiada em um pino, ela vira de ponta-cabeça. Depois, pega um arco e acerta diversas flechas, com os pés, em um alvo. Sim, com os pés! Pode isso, Arnaldo?

O jogo é retomado e o Clippers confirma sua superioridade. Vence por 106 a 77 e confirma a 15ª vitória consecutiva. E eu só comprei o ingresso para o jogo do Clippers porque era mais barato do que o do glamuroso Lakers... Como é bom ter sorte! Afinal, como Kobe Bryant, astro da ex-principal equipe de Los Angeles, falou, o Lakers é velho e lento.

A pergunta que fica é: com todas essas arenas sendo construídas para a Copa de 2014 e com o nítido boom da receita dos clubes brasileiros nos últimos anos, vamos ter espetáculos, em vez de apenas futebol?


A Copa Nordeste está chegando. Em quem você aposta?



Por Felipe Pugliese

É para a terra que chora, festeja, relaxa e atropela que o Paixão Clubística vai dedicar o texto do dia. É lá de cima - Norte e Nordeste - que o Mercado da Bola será analisado. 

Poucas contratações de impacto (como já se era de imaginar), mas algumas peças que se destacaram em 2012 mantidas. A começar pelo Náutico... 

Apesar de correr o risco de rebaixamento, o Timbu foi muito temido no ano que passou. Seria inevitável manter, mas fizeram o possível. Gallo permanece no comando e Martinêz segue como capitão. Souza (joga muito) retornou ao Palmeiras, a revelação Rhayner vai defender o Fluminense e Araújo enfiou a peixeira nas costas do torcedor ao se transferir para o Galo. Cléber Santana interessa...

Ainda em Recife, vamos para a turma da Fuzaca. O rebaixado Sport apostou numa dupla paulista. Vadão de técnico e Roger de centroavante. O veloz Marcos Aurélio também pode sar um caldo (de mocotó, é claro).  Uma coisa é imprescindível: manter Hugo. 

No Santinha, a experiência é a opção. Nas laterias os lendários Dutra, Eduardo Arroz e Diogo marcam presença. Marcelo Martellote é o dono da prancheta. Na frente nada mais nada menos que o abusado, mas ultrapassado, Carlinhos Bala.  

Ah, não podemos esquecer do Boa Esporte, que terá como craque Marcelinho Paraíba.

Mudamos de estado. Chegamos à boa terra. O Vitória subiu, mas já erra feio. Perdeu Pedro Ken, Tartá, Elton, William... chegou o zagueiro Fabrício, novato e rodado. 

O Bahia perdeu sua grande estrela, mas a saída era inevitável. Gabriel joga muito e o Flamengo investiu um valor justo. O Tricolor tem que parar com a mania de ressuscitar defunto. 

A Copa Nordeste está chegando. Em quem você aposta? 

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Os acertos e erros do mercado do futebol


Por Tuca Veiga

Janeiro é época de ir às compras. Uns acertam mais, outros menos. Vamos ao balanço...

Em São Paulo, o Tricolor é quem mais adquiriu jogadores para a nova temporada.

A contratação de Lúcio é o carro-chefe. Wallyson, pouco comentado e festejado, tem bola para ocupar a vaga deixada por Lucas.

A venda do craque deixa uma lacuna, mas com a grana que chegou esperávamos jogadores mais top de linha. Vargas, se fechar, coloca o time em outro patamar.

Já a grande contratação do futebol brasileiro foi feita pelo campeão mundial.

O Corinthians aposta em seu departamento médico para deixar o craque Alexandre Pato em ponto de bala para deitar e rolar.

Renato Augusto e Gil também são boas aquisições. No entanto, não sei se a diretoria acertou em colocar tanta grana (3 milhões de euros) na chegada de um zagueiro que vai brigar por posição.

Na Baixada, Montillo assumirá a camisa eternizada pela magia do rei do futebol. Uma cartada e tanto.

Montillo, Neymar e André vão fazer um belo trio.

Sorte de Marcos Assunção, que saiu do naufrágio alviverde para bater muitas faltas sofridas pelo craque do nosso futebol.

Porém, ai porém, a novela Nenê teve um final triste. Após quase parar na Vila, optou pelas verdinhas dos sheiks do Qatar. Ruim para o Santos, pior para Nenê.

No Palestra, o caso Assunção ainda causa debates entre os palmeirenses. E aí, quem errou?

Acho que os dois. O Palmeiras por oferecer menos do que já havia proposto meses antes. O jogador por querer ganhar quase meio milhão de um time recém-rebaixado.

Mas o goleiro Fernando Prass é um belo nome, assim como o lateral Ayrton.

No Rio, o campeão brasileiro Fluminense optou pela manutenção do elenco. Não perdeu ninguém e só contratou jogadores para composição de elenco.

Quem tem se movimentado bastante, recentemente, é o Flamengo.

Eu vinha aqui elogiar o clube. Primeiro por não entrar em aventuras como a contratação de Robinho. Segundo pelas aquisições de Elias e Gabriel – ótimos jogadores.

Mas a perda do artilheiro do amor foi um balde de água fria para os rubro-negros.

Já na nau vascaína, só Dedé ainda não abandonou o barco. Time sem grana e sem contratações que animem o torcedor.

O zagueiro e ídolo é visto como o pilar da reconstrução do time. Contudo, uma boa venda de Dedé poderia render em contratações de peso. Timão está de olho.

No Botafogo, muita movimentação e a incógnita de sempre. Ano novo, vida nova? É esperar para ver.

O time trocou de lateral-esquerdo e saiu ganhando. Julio Cesar é melhor que o M. Azevedo.
 Na zaga, trocou F. Ferreira por Bolívar. Seis por meia dúzia.

No ataque, perdeu Elkeson e contratou Henrique. Creio que perdeu.

Em Minas, vimos o único time que optou pelo velho e duvidoso pacotão: o Cruzeiro.

Após perder Montillo, o time foi com tudo ao mercado. Diego Souza é o principal nome. 

Bruno Rodrigo é um zagueiro médio. Éverton Ribeiro pode dar caldo, foi bem no Coxa. Nilton é um volante esforçado, Henrique voltou, Lucca – machucado – é uma promessa e Dagoberto quer reeditar dupla de algum sucesso com Borges.

Time celeste contrata para dar esperanças ao torcedor, que viu um time fraquíssimo em 2012 e ainda por cima tem acompanhou a franca ascensão de seu rival.

Pelos lados do Galo, o que mais animou o pessoal foi o regresso do veterano Gilberto Silva. Alecsandro e Rosinei também são nomes interessantes para formação de elenco.

Mas bom mesmo foi a manutenção da joia Bernard e do craque Ronaldinho.

No Sul, o Grêmio, que vai para a Libertadores com um time envelhecido, não optou por rejuvenescer o grupo. Os veteranos Dida e Cris chegam para ajudar o “pojeto do pofexô Luxa”.

Já o Inter, diferente de outros anos, pouco se mexeu no mercado.

Contratou Caio (ex-Fogo), Vitor Junior, Willians e só falta assinar com Felipe Bastos, do Vasco. Muito trabalho para Dunga, provavelmente o maior reforço do Colorado.

No mais, fica a expectativa para o futebol que Alex vai mostrar no Coxa. 

O jogador que foi a menina dos olhos de todos os times em tempos de transferências voltou para casa e vai reencontrar Deivid, com quem brilhou no Cruzeiro e na Turquia.

Já Riquelme, palmeirenses, atleticanos e tricolores do Rio, desencanem vai, tá velho, é caro e ruim de grupo. Acho que não tem mais lenha pra queimar.

Ainda nesta semana analisaremos o mercado dos times nordestinos.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Uma tacada certeira

Com a camisa do Corinthians Elias despontou. Agora é uma nova nação.



Por Felipe Pugliese


O Bahia foi um time que chamou minha atenção no Brasileirão. Gostei mesmo foi do jovem Gabriel. Segundo volante rápido, que chega com eficiência e personalidade ao ataque.


Um dos primeiros comentários que fiz ao vê-lo marcar um gol diante do São Paulo foi “Nossa, parece o Elias”.


2013 chegou e Elias e Gabriel vão jogar juntos. Que bela notícia! Uma tacada certeira (na verdade duas) que há muito (muito mesmo) tempo o Flamengo não dava.


Gabriel foi um dos destaques do Bahia do Brasileirão 2012

Anunciou os dois no mesmo dia. O gasto foi alto, mas quem não tira o escorpião do bolso fica para trás no futebol atual.


As contratações de Elias e Gabriel não podem serem vistas apenas como a chegada de dois bons reforços. É mais do que isso.


É uma mudança de atitude da direção. Ainda é cedo, mas os novos dirigentes mostram pensar grande. 


O Flamengo tem que voltar a ser Flamengo. Gabriel e Elias podem marcar esta divisão de águas.


“Há de chegar o dia em que o Flamengo não precisará nem de jogadores, nem de técnico, nem de nada. Bastará a camisa, aberta no arco”.  Nelson Rodrigues.

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