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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

O espetáculo da NBA

Staples Center lotado para assistir ao espetáculo da noite: um jogo da NBA
Por Alessandro Lefevre

Era apenas mais um jogo da primeira fase da NBA, a liga de basquete norte-americana. Embalado, o Los Angeles Clippers acumulava 14 vitórias consecutivas. O Celtics, visitante naquela noite, não era mais o mesmo, aquele que levantou a taça em 2008. Mas a equipe verde de Boston tinha o veterano Kevin Garnett para desequilibrar a partida.

Eram esses os ingredientes do espetáculo que fui assistir no Staples Center, complexo multiuso de Los Angeles. Espetáculo não só pelo o que o jogo em si e a disputa pela bola iriam oferecer. Nos EUA, sair de casa para assistir à NBA é mais do que querer ver apenas belas cestas e enterradas. É a certeza de um programa de entretenimento para toda a família (desculpe o lugar comum, mas não há outro modo de falar sobre o tema).

Antes do jogo, um DJ anima os torcedores e prepara o ginásio para apoiar o time da casa. A atmosfera no Staples Center naquela noite em especial era incrível. O Clippers fazia uma campanha avassaladora e a expectativa por mais um belo jogo estava no coração de cada um daqueles fanáticos.

Antes da partida começar, uma câmera filma pessoas dançando os hits do momento e a imagem vai direto e ao vivo para um telão de 360º no centro do ginásio. As telas gigantes mostram tudo com uma definição incrível. Gangnam Style, é claro, foi a preferida da torcida. Torcida? Não, não. Plateia! Para quem prefere ficar sentado, por exemplo, a acomodação não é feita de madeira. São poltronas de cinema, com lugar para colocar o copo. Belos e grandes copos de Coca-Cola de 700 ml.

Antes e depois da bola subir, o entretenimento é para toda a família
Quando os jogadores entram em quadra, todos são anunciados no telão central com um clipe das suas melhores jogadas. A torcida vai à loucura. Nessa hora, o DJ coloca uma música dançante, daquelas para deixar arrepiado até quem não entende nada de basquete. Quando chega a vez do time adversário ser apresentado, nada de vaias. O público está ali para o espetáculo. Inclusive o astro adversário, o veterano Kevin Garnett, é aplaudido.

Na hora em que a bola finalmente sobe, o Clippers atropela. Os dois primeiros quartos de tempo são de domínio total do time da casa. Cestas, música durante os ataques, o tradicional canto de "defense, defense" da torcida... É por isso que tantos mexicanos atravessam a fronteira ilegalmente.

No intervalo, em vez de ir ao banheiro, os norte-americanos ficam ali, paradinhos em suas poltronas. Afinal, o show não pode parar. Uma ginasta entra na quadra. Com uma mão apoiada em um pino, ela vira de ponta-cabeça. Depois, pega um arco e acerta diversas flechas, com os pés, em um alvo. Sim, com os pés! Pode isso, Arnaldo?

O jogo é retomado e o Clippers confirma sua superioridade. Vence por 106 a 77 e confirma a 15ª vitória consecutiva. E eu só comprei o ingresso para o jogo do Clippers porque era mais barato do que o do glamuroso Lakers... Como é bom ter sorte! Afinal, como Kobe Bryant, astro da ex-principal equipe de Los Angeles, falou, o Lakers é velho e lento.

A pergunta que fica é: com todas essas arenas sendo construídas para a Copa de 2014 e com o nítido boom da receita dos clubes brasileiros nos últimos anos, vamos ter espetáculos, em vez de apenas futebol?


Um comentário:

  1. Belo relato, Alê! Tenho muita vontade de ver um jogo desses de perto! Agora, só aumentou!

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