Staples Center lotado para assistir ao espetáculo da noite: um jogo da NBA |
Era apenas mais um jogo da primeira fase da NBA, a liga de basquete norte-americana. Embalado, o Los Angeles Clippers acumulava 14 vitórias consecutivas. O Celtics, visitante naquela noite, não era mais o mesmo, aquele que levantou a taça em 2008. Mas a equipe verde de Boston tinha o veterano Kevin Garnett para desequilibrar a partida.
Eram esses os ingredientes do espetáculo que fui assistir no Staples Center, complexo multiuso de Los Angeles. Espetáculo não só pelo o que o jogo em si e a disputa pela bola iriam oferecer. Nos EUA, sair de casa para assistir à NBA é mais do que querer ver apenas belas cestas e enterradas. É a certeza de um programa de entretenimento para toda a família (desculpe o lugar comum, mas não há outro modo de falar sobre o tema).
Antes do jogo, um DJ anima os torcedores e prepara o ginásio para apoiar o time da casa. A atmosfera no Staples Center naquela noite em especial era incrível. O Clippers fazia uma campanha avassaladora e a expectativa por mais um belo jogo estava no coração de cada um daqueles fanáticos.
Antes da partida começar, uma câmera filma pessoas dançando os hits do momento e a imagem vai direto e ao vivo para um telão de 360º no centro do ginásio. As telas gigantes mostram tudo com uma definição incrível. Gangnam Style, é claro, foi a preferida da torcida. Torcida? Não, não. Plateia! Para quem prefere ficar sentado, por exemplo, a acomodação não é feita de madeira. São poltronas de cinema, com lugar para colocar o copo. Belos e grandes copos de Coca-Cola de 700 ml.
Antes e depois da bola subir, o entretenimento é para toda a família |
Na hora em que a bola finalmente sobe, o Clippers atropela. Os dois primeiros quartos de tempo são de domínio total do time da casa. Cestas, música durante os ataques, o tradicional canto de "defense, defense" da torcida... É por isso que tantos mexicanos atravessam a fronteira ilegalmente.
No intervalo, em vez de ir ao banheiro, os norte-americanos ficam ali, paradinhos em suas poltronas. Afinal, o show não pode parar. Uma ginasta entra na quadra. Com uma mão apoiada em um pino, ela vira de ponta-cabeça. Depois, pega um arco e acerta diversas flechas, com os pés, em um alvo. Sim, com os pés! Pode isso, Arnaldo?
O jogo é retomado e o Clippers confirma sua superioridade. Vence por 106 a 77 e confirma a 15ª vitória consecutiva. E eu só comprei o ingresso para o jogo do Clippers porque era mais barato do que o do glamuroso Lakers... Como é bom ter sorte! Afinal, como Kobe Bryant, astro da ex-principal equipe de Los Angeles, falou, o Lakers é velho e lento.
A pergunta que fica é: com todas essas arenas sendo construídas para a Copa de 2014 e com o nítido boom da receita dos clubes brasileiros nos últimos anos, vamos ter espetáculos, em vez de apenas futebol?
Belo relato, Alê! Tenho muita vontade de ver um jogo desses de perto! Agora, só aumentou!
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