O dia 27 de julho de 2012 ainda parece distante demais. O mais abobalhados acreditam que até lá o mundo não existirá mais. Eu, conscientemente, não faço parte deste time. Bom, a data citada representa o início dos Jogos Olímpicos de Londres, fato ainda pouco explorado nas rodas de botequins e nas capas dos periódicos. Claro que algum assunto aqui, outro acolá sempre é pautado, porém nada que inquiete os torcedores a já pensarem nos preparativos para este mega-evento. Apenas uma coisa já é prevísível: Já sabemos que nossas maiores torcidas serão dedicadas ao futebol, a natação (leia-se César Cielo) e, quem sabe, ao vôlei.
O presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman, garantiu ao retornar de Pequim, em 2008, que o Brasil investiria em esportes menos visados, caso do Taekwondo, da Vela e por aí vai... Será que hoje, quase três anos depois, esta promessa está sendo colocada em prática? Será que grande parte do dinheiro arrecada nas loterias públicas do país não está sendo aproveitado como deveria? Não quero julgar, até porque este não é o nosso papel. Minha intenção é, sim, abrir uma discussão.
Em 2016 será a nossa vez de mostrar ao mundo o que de fato é o esporte brasileiro. A utopia é repetir o papel da China, que em 2008 bateu a potência chamada Estados Unidos, conquistou mais de 50 medalhas de ouro e ficou no topo geral. A nossa modesta 23° colocação deve ser melhor em Londres, mas o certo é que a distância ao ideal ainda é muito longa.
O presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman, garantiu ao retornar de Pequim, em 2008, que o Brasil investiria em esportes menos visados, caso do Taekwondo, da Vela e por aí vai... Será que hoje, quase três anos depois, esta promessa está sendo colocada em prática? Será que grande parte do dinheiro arrecada nas loterias públicas do país não está sendo aproveitado como deveria? Não quero julgar, até porque este não é o nosso papel. Minha intenção é, sim, abrir uma discussão.
Em 2016 será a nossa vez de mostrar ao mundo o que de fato é o esporte brasileiro. A utopia é repetir o papel da China, que em 2008 bateu a potência chamada Estados Unidos, conquistou mais de 50 medalhas de ouro e ficou no topo geral. A nossa modesta 23° colocação deve ser melhor em Londres, mas o certo é que a distância ao ideal ainda é muito longa.
Amigos leitores, nada melhor que em um momento de incertezas como este ouvir quem é o mais beneficiado, ou prejudicado. Sendo assim, o Paixão Clubística entrevistou a velejadora Fernanda Oliveira, medalha de bronze em Pequim. O resultado é duramente desanimador.
P.C: Fernanda Oliveira é uma atleta mais conhecida após a participação nos Jogos Olímpicos de Pequim?
F.O: Acredito que para quem torce para a Vela, sim (risos). Na verdade não me preocupo muito com isso. Compito neste esporte porque me dá prazer e não vou ficar mais triste ou mais feliz se for reconhecida. Traz recolhimento do público, mas dos patrocinadores não muito.
P.C: Você e sua dupla (Ana Luiza Barbachan) têm algum tipo de patrocínio?
F.O: A situação está bem complicada, mas estamos buscando soluções. Existe a possibilidade de fecharmos com uma empresa de seguros. Recebemos também o apoio da Olympikus, mas não é muito.
P.C: Está competindo atualmente?
F.O: Sim, eu e a Ana (Luiza Barbachan) estamos participando da Copa do Mundo de Vela. Viajamos sempre para eventos fora do país, onde acontecem os circuitos da competição.
P.C: Há algum circuito no Brasil?
F.O: Ainda não. A grande maioria é na Europa, mas há exceções, caso da Miami. Acredito que em breve, já pensando nas Olimpíadas de 2016, teremos no Brasil também.
P.C: Existe um equilíbrio na disputa desta Copa do Mundo?
F.O: Aí volta a questão do patrocínio. Como medalhista olímpica, tenho apenas condição de viajar para competir. Os investimentos nos outros países são muito maiores, por isso só pensamos em competir. Vencer uma competição fica difícil.
P.C: O que falta para brigarem de igual para igual?
F.O: Falta material. O nosso barco hoje não é o ideal.
P.C: Falta pouco mais de um ano para as Olimpíadas e vocês ainda não têm o barco ideal?
F.O: Isso. Provavelmente teremos até lá (2012), mas será bem em cima da hora, o que não é o ideal. Temos que estudar o barco antes e entender o material. A vela exige muito treino. Um mês antes das Olimpíadas será apenas para os últimos ajustes.
P.C: Apesar de todas as adversidades, qual é a expectativa da dupla Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan para Londres?
F.O: Trabalhamos muito por etapas. Não penso ainda no resultado de Londres, até porque temos ainda muito que conquistar até lá. Vamos primeiro pensar nas eliminatórias.
A verdade é que o Nuzman é um fanfarrão. E como todo dirigente esportivo, tem um mandato que nunca termina, atendendo apenas aos interesses de quem contribui para que ele se perpetue no poder.
ResponderExcluirO Nuzman não é incompetente. Ele, na verdade, é bem esperto. Como o Tuca disse, só atende a interesses daqueles que contribuem para deixá-lo no poder. Se uma medalhista em Pequim ainda não possui o barco ideal para competir em Londres, o que esperar de quem obteve resultados menos expressivos nas últimas Olimpíadas?
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