Rebaixamento. Uma palavra que deveria ser proibida de pronunciar dentro de um time grande. Dói só de pensar, só de prever...vivenciar então, como dói. Claro que, pelo menos no Brasil, alguns casos de queda para a série inferior podem ser considerados positivos, por mais sarcástico que possa parecer.
Contudo, caros leitores, não é do futebol tupiniquim que quero me referir neste texto, sim dos nossos “queridos hermanos”. Para ser ainda mais enfático, o assunto em pauta é o River Plate. Ao mesmo tempo em que comemora seus 110 anos nesta quarta-feira, o tradicional clube argentino vive dias de drama. Um drama digno do evolutivo cinema argentino: A luta contra o inédito rebaixamento no campeonato nacional.
Ao olhar a classificação do torneio apertura, no entanto, vemos o clube presidido por Daniel Passarela na quinta colocação, bem longe da temível “zona da degola”. O fato é que, no campeonato argentino, o regulamento faz de tudo para que os considerados “grandes” não caiam. A média de pontos das últimas três temporadas é o que determina quem desce. O péssimo desempenho do River Plate em 2008/2009 e 2009/2010 justifica a inusitada situação atual.
Para complicar ainda mais, o goleirão Juan Pablo Carrizo vive uma fase digna de Didi, Dedé, Zacarias e Mussum. Há algumas rodadas, por exemplo, fez uma tremenda lambança que rendeu a derrota ao rival Boca Juniors. Abro um parêntese (River Plate e Daniel Passarela em maus lençóis. Preciso dizer qual torcida do Brasil deve estar se deliciando com a fase de “las gallinas”?)
Como de costume em meus textos no Paixão Clubística, procurei algum conhecedor da história do River Plate para comentar sobre a fase do clube. Rafael Duarte, responsável pela cobertura do time no portal Futebolportenho.com.br, nos atendeu de forma bastante solícita. Acompanhe o bate-papo.
P.C: Rafael, nesta quarta-feira o River Plate completa 110 anos. Acredita que este seja o momento mais complicado da história, ou houve outros?
R.D: Não é o momento mais complicado da história do River. O jejum de 1957 a 1975 foi muito pior, especialmente porque foi os anos de ouro de rivais como Boca (anos 60) e Independiente (o Rey de Copas nos anos 1970). A crise atual é marola perto do que foi os anos 1960 para a hinchada millonaria
P.C: Como tem sido o trabalho do Daniel Passarella à frente da presidência do clube?
R.D: Apesar da crise, Passarella está se desdobrando em um clube cheio de dívidas em dólar em um país que não possui uma economia tão sólida. O clube continua revelando jogadores (boa parte das seleções argentinas de base são do River) e ídolos continuam vestindo a camisa. Assim, Passarella consegue fazer uma administração nota 7,5. Sò não é nota 8 por causa dos problemas em escolher técnico.
P.C: Qual você acredita que seria a reação do torcedor do clube em caso de rebaixamento?
R.D: O torcedor millonario nem pensa em rebaixamento. Isso não é uma condição para a hinchada. Caso ele seja rebaixado, o que duvido, o torcedor provocará uma revolução no River Plate, sem dúvida, mas jamais abandonará a equipe na Segunda Divisão e nem deixará a memória do "El más grande" ser manchada por tal ato.
Contudo, caros leitores, não é do futebol tupiniquim que quero me referir neste texto, sim dos nossos “queridos hermanos”. Para ser ainda mais enfático, o assunto em pauta é o River Plate. Ao mesmo tempo em que comemora seus 110 anos nesta quarta-feira, o tradicional clube argentino vive dias de drama. Um drama digno do evolutivo cinema argentino: A luta contra o inédito rebaixamento no campeonato nacional.
Ao olhar a classificação do torneio apertura, no entanto, vemos o clube presidido por Daniel Passarela na quinta colocação, bem longe da temível “zona da degola”. O fato é que, no campeonato argentino, o regulamento faz de tudo para que os considerados “grandes” não caiam. A média de pontos das últimas três temporadas é o que determina quem desce. O péssimo desempenho do River Plate em 2008/2009 e 2009/2010 justifica a inusitada situação atual.
Para complicar ainda mais, o goleirão Juan Pablo Carrizo vive uma fase digna de Didi, Dedé, Zacarias e Mussum. Há algumas rodadas, por exemplo, fez uma tremenda lambança que rendeu a derrota ao rival Boca Juniors. Abro um parêntese (River Plate e Daniel Passarela em maus lençóis. Preciso dizer qual torcida do Brasil deve estar se deliciando com a fase de “las gallinas”?)
Como de costume em meus textos no Paixão Clubística, procurei algum conhecedor da história do River Plate para comentar sobre a fase do clube. Rafael Duarte, responsável pela cobertura do time no portal Futebolportenho.com.br, nos atendeu de forma bastante solícita. Acompanhe o bate-papo.
P.C: Rafael, nesta quarta-feira o River Plate completa 110 anos. Acredita que este seja o momento mais complicado da história, ou houve outros?
R.D: Não é o momento mais complicado da história do River. O jejum de 1957 a 1975 foi muito pior, especialmente porque foi os anos de ouro de rivais como Boca (anos 60) e Independiente (o Rey de Copas nos anos 1970). A crise atual é marola perto do que foi os anos 1960 para a hinchada millonaria
P.C: Como tem sido o trabalho do Daniel Passarella à frente da presidência do clube?
R.D: Apesar da crise, Passarella está se desdobrando em um clube cheio de dívidas em dólar em um país que não possui uma economia tão sólida. O clube continua revelando jogadores (boa parte das seleções argentinas de base são do River) e ídolos continuam vestindo a camisa. Assim, Passarella consegue fazer uma administração nota 7,5. Sò não é nota 8 por causa dos problemas em escolher técnico.
P.C: Qual você acredita que seria a reação do torcedor do clube em caso de rebaixamento?
R.D: O torcedor millonario nem pensa em rebaixamento. Isso não é uma condição para a hinchada. Caso ele seja rebaixado, o que duvido, o torcedor provocará uma revolução no River Plate, sem dúvida, mas jamais abandonará a equipe na Segunda Divisão e nem deixará a memória do "El más grande" ser manchada por tal ato.
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