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terça-feira, 10 de maio de 2011

Pixinguinha, o chorinho e o primeiro grande título da Seleção Brasileira


Em 1919 um clima de euforia se fazia presente no Rio de Janeiro. O Brasil sediaria o Campeonato Sul-Americano daquele ano e brigaria pelo primeiro título de sua história após dois tropeços contra o Uruguai.


Para receber o torneio, foi construído o Estádio das Laranjeiras, atual sede do Fluminense. O clima da cidade atingia até os jornais do Rio, como podemos ler nesse fragmento excluído do jornal “A Rua” de maio de 1919. "Antes do campeonato, o football aqui já era uma doença: agora é uma grande epidemia, a coqueluche da cidade, de que ninguém escapa".


Brasil e Uruguai chegaram à final após duas vitórias sobre Argentina e Chile. No jogo que definiria o campeão, empate por 2 a 2. Outra partida foi marcada e após 90 minutos sem gols as equipes jogaram outros 30 minutos sem balançar as redes.


Não existia a disputa de pênaltis e, com as equipes desgastadas, o jogo teve mais 30 minutos. Logo aos três minutos Neco cruzou da direita, Heitor chutou e o goleiro uruguaio rebateu nos pés de Friedenreich que anotou o gol que deu a seleção o primeiro título de sua história e selou o jogo que ficou conhecido como a batalha sul-americana.


Inspirado pelo acontecimento que contribuiu, e muito, para que a paixão pelo futebol florescesse no brasileiro, Pixinguinha, mestre do choro, em parceria a Benedito Lacerda, deixou sua homenagem à conquista e compôs “1 x 0”.



Estudiosos do choro dizem que o ritmo acelerado da música e sua cadência rítmica refletem toda a correria e disputa da partida. Originalmente, a composição não apresenta letra. Ela foi escrita apenas em 1933 por Nelson Ângelo.



Na opinião do humilde escritor que apenas batuca em caixinhas de fósforo, a versão sem a letra é infinitamente mais bonita, porém, música é igual futebol, cada um a seu gosto.


5 comentários:

  1. Friedenreich cairia bem ao lado do Frangão. Ataque dos sonhos.

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  2. Eu gostava demais quando a trilha da vinheta do Bate-Bola, programa da ESPN Brasil, era essa. Não conhecia essa história. Belo post.

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  3. Pelé ainda não integrava o selecionado nacional, mas Pixinguinha, o maior de todos, estava no auge de sua criatividade, já no saxofone. Belo texto Corvão! Direto, sem rodeios e com muita informação. Também prefiro a versão sem letra, e desconhecia a história do choro 1x0. Parabéns a você e aos outros malucos que se aventuraram na carreira jornalística. Vida longa ao blog!

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  4. Realmente isso de falar de música e associar com futebol caiu muito bem. É uma ideia para ir adiante. Usar de outros temas como política, segurança, lazer, saúde, entre outros, também pode dar resultados interessantes.

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