Mazembe faz mandinga antes de entrar para a história do futebol |
Por Tuca Veiga
Somente neste
esporte que mexe com nossas vidas de domingo a domingo, de janeiro a janeiro,
não se pode afirmar que o favorito vai sair vitorioso.
As semifinais do
carioca são um ótimo exemplo de como o futebol nos reserva surpresas em cada um
dos 90 minutos de bola rolando.
Quem poderia
dizer que o atual campeão brasileiro, tido como um dos principais elencos do
país, sucumbiria para um Vasco ainda em frangalhos, que busca no horizonte a
esperança de dias menores?
E quem afirmaria
que o Flamengo, em estado de graça, em pleno aniversário de 60 anos de seu ídolo
maior, invicto no ano, tropeçaria justo no Botafogo, freguês eterno do
rubro-negro, que pouco tem empolgado o seu torcedor?
Em outros
esportes, situações como essa são raras de se ver.
Na atual fase do
tênis, a taça tem poucos destinos. As mãos de Djokovic, Federer e Nadal se
revezam para levantá-las na temporada do esporte.
Na Fórmula 1, só
uma corrida na chuva, repleta de batidas pode fazer com que os favoritos não
deem lugar aos coadjuvantes no pódio.
E o basquete?
Como é raro ver uma zebra no esporte da bola laranja.
Bolt sempre
chega na frente, Phelps bate (ou batia) antes, Izinbayeva salta mais alto, e
por aí vai.
Por essas e
outras, sentar à frente da tv para acompanhar um belo jogo de futebol é uma das
maiores paixões mundiais.
Afinal, o
Imponderável de Almeida – personagem criado pelo eterno Nelson Rodrigues – pode
entrar em campo a qualquer momento.
É uma bola que
desvia aqui e acolá e morre lá dentro. É um goleiro que acordou pronto para
fechar a meta. É um treinador que resolveu dar um nó tático. Uma preleção que
mexeu com os brios do time.
Pode ser de
tudo.
Por isso o
futebol é fascinante. Não é um baralho de cartas marcadas.
Ele permite que
um time com menos investimento, com menos repertório, menos craques e menos
oportunidades de gol tenha muito mais motivos para comemorar do que o
adversário.
Nada como o
futebol...
Nenhum comentário:
Postar um comentário