Maracanã vai voltar agora em 2013 |
Por Gabriel Noleto, o convidado do dia
Por eeentre as pernas, passou por outro, laaançamento preciso para a direita; um, dois, trêêês no chão; é agora: goleiro vendido eee… GOOOL!
O que seria do mundo sem domingo com futebol?
Tinindo e trincando os dentes, as unhas indo embora, a pele dos dedos na boca, o rosto e os olhos vermelhos: estado natural de um fanático torcedor de futebol aos domingos.
Mas… será? Pense: será? Essa é a ordem natural das coisas? Será o domingão realmente do Faustão ou é um dia de futebol? Ou será um dia para almoçar na casa da sogra ou, quem sabe, para passear de carro na Barra parando na Estátua da Liberdade para um hambúrger? É dia de fazer nada, de dormir, de bocejar deitado no sofá da sala? Afinal, domingo é dia de quê?
Fato mais consumado do que isso acho que não há: um domingo sem futebol seria coisa de menininha cansada de brincar de bonecas que não tem mais o que fazer e prefere ir ao quarto do irmão mais novo perturba-lo: coisa chaaata.
Sem a peleja dominical, as segundas seriam pardas e sem graça – mais do que o normal-, não haveria praia de manhã, os bares ficariam vazios, as crianças dominariam as TVs assistindo aos desenhos mais patetas e americanos que já se viu: domingo sem futebol? Ora bolas, que ideia!
(Final da Copa. Uma segunda-feira qualquer, no Maracanã, no ano de 2014. Perdão, entendi errado, só pode ser. Segunda? Final de Copa do Mundo em uma segunda-feira? Que se lasquem as segundas! Final, semi, quartas, oitavas, primeira rodada, jogo de meio de campeonato, o lugar de vocês é no domingo!)
Oficialmente o último dia da semana (ou primeiro?), o domingo, é o dia mais chato dentre os sete. Ele é assim por natureza e com 99% de culpa da maldita segunda-feira.
Ou seja, cerveja?! Não: ou seja, o domingo precisa do futebol, precisa de berros, de choros, de risos, de apertos, de abraços, de impedimentos, de xingamentos, de laterais, de escanteios, de tiros de meta, de xingamentos, de gritos e berros, de choro, de risos, de gargalhadas, de sofrimento, de sofrimento, de sofrimento…
Um domingo sem futebol não é nada. Um domingo sem gol não é nada. Um domingo, ainda mais vendo a segunda se aproximar, não é nada sem uma bola sendo chutada de lá pra cá.
O que seria do mundo se não houvesse futebol aos domingos, eis a questão. Palpite: sem futebol, o domingo seria uma segunda-feira sem a necessidade de acordar cedo, uma coisa sem sentido, chata e cinza. E o mundo? O mundo seria uma série de junção de sete dias, um após o outro, sem estravazamento, sem cor, sem… GOOOL!
Um domingo sem futebol não seria nada, e o mundo sem futebol aos domingos seria um nada ao quadrado.
(Sofá cheio de baba, pijama amassado, pizza fria no almoço: domingo sem futebol… me poupem!)
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