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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Chegando a hora


Por Tuca Veiga

Desde que os boatos da contratação de Pato surgiram, uma questão entrou na pauta das conversas de boteco: Quem sai para o Pato jogar? E dá-lhe palpite.

Num futebol de videogame, certamente sobraria para Jorge Henrique.

No ranking do carisma, Zidanilo iria parar no banco.

No seis por meia dúzia, sairia Guerrero.

Mas a realidade parece ser outra.


Xodó da fiel desde antes dos gols decisivos contra o Boca, que o alçaram ao patamar de ídolo, Sheik pelo jeito já percebeu que é a bola da vez.

Com frequentes problemas físicos – ora dor muscular, ora desconforto nas articulações – o camisa 11 anda, também, pisando na bola fora das quatro linhas.

Embora isso não seja novidade, o simples fato de ter uma sombra e tanto no banco evidencia ainda mais que Emerson tem dado milho.

Atrasos frequentes em treinos e uma leve queda de rendimento indicam que seus dias no time titular estão contados.

Tite talvez já tivesse feito essa previsão e, assim, teve paciência em segurar um reforço tão caro no banco.

Mas, querendo ou não, a presença de Pato nos 11 iniciais não está apenas ligada aos vacilos de Sheik.

Pato tem jogado um futebol vistoso. Claramente de outro nível.

Drible fácil, finalização precisa, pé direito, pé esquerdo, cabeceio. Um jogador e tanto.

Esteve apenas duas vezes em campo como titular. Foi o melhor do time em ambas. Mas ainda falta alguma coisa.

Já manteve a barba pra perder aquela cara de bom moço.

Mas já que quer se enquadrar num estilo um pouco mais, digamos, Corinthians, tem que começar a mostrar um pouco mais de garra.

Tite imaginava contar com Pato como titular somente daqui um mês. Terá que antecipar.

Fato é que, para muitos, hoje, é Pato e mais dez. E depois que ele virar titular, vai ser difícil sair.

Se cuida, Sheik.

E não adianta começar a pensar na grana dos árabes. 

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