Por Tuca Veiga
Desde que os
boatos da contratação de Pato surgiram, uma questão entrou na pauta das
conversas de boteco: Quem sai para o Pato jogar? E dá-lhe palpite.
Num futebol de videogame,
certamente sobraria para Jorge Henrique.
No ranking do
carisma, Zidanilo iria parar no banco.
No seis por meia
dúzia, sairia Guerrero.
Mas a realidade
parece ser outra.
Xodó da fiel
desde antes dos gols decisivos contra o Boca, que o alçaram ao patamar de
ídolo, Sheik pelo jeito já percebeu que é a bola da vez.
Com frequentes
problemas físicos – ora dor muscular, ora desconforto nas articulações – o camisa
11 anda, também, pisando na bola fora das quatro linhas.
Embora isso não
seja novidade, o simples fato de ter uma sombra e tanto no banco evidencia
ainda mais que Emerson tem dado milho.
Atrasos
frequentes em treinos e uma leve queda de rendimento indicam que seus dias no
time titular estão contados.
Tite talvez já
tivesse feito essa previsão e, assim, teve paciência em segurar um reforço tão
caro no banco.
Mas, querendo ou
não, a presença de Pato nos 11 iniciais não está apenas ligada aos vacilos de
Sheik.
Pato tem jogado
um futebol vistoso. Claramente de outro nível.
Drible fácil,
finalização precisa, pé direito, pé esquerdo, cabeceio. Um jogador e tanto.
Esteve apenas
duas vezes em campo como titular. Foi o melhor do time em ambas. Mas ainda
falta alguma coisa.
Já manteve a barba pra perder aquela cara de bom moço.
Mas já que quer
se enquadrar num estilo um pouco mais, digamos, Corinthians, tem que começar a
mostrar um pouco mais de garra.
Tite imaginava
contar com Pato como titular somente daqui um mês. Terá que antecipar.
Fato é que, para
muitos, hoje, é Pato e mais dez. E depois que ele virar titular, vai ser
difícil sair.
Se cuida, Sheik.
E não adianta
começar a pensar na grana dos árabes.
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