Por Tuca Veiga
Há 16 anos atrás, após o quebra pau entre as torcidas de São Paulo e Palmeiras, no Pacaembu, as bandeiras de mastro foram banidas dos estádios paulistas. Chegamos a celebrar o possível retorno delas, com o texto “As bandeiras voltam a tremular nos estádios paulistas”, que vale a pena ler, mas Alckmin, como deveríamos imaginar, vetou.
Em 2005, a festa no futebol recebeu outros dois golpes. O primeiro aconteceu após o título da Libertadores da América, ganha pelo São Paulo. Os torcedores se dirigiram à Avenida Paulista, onde enquanto uns comemoravam, outros cometiam atos de vandalismos, que se intensificaram após ação violenta da polícia, que revoltou inclusive os que estavam ali apenas comemorando o feito da equipe.
Depois desta noite, a Paulista deixou de ser o palco das comemorações. Não que os torcedores não passem por lá. Mas não há mais a liberdade para comemorar, nem a presença dos jogadores campeões, como em outros tempos.
Torcida corintiana improvisa comemoração na Av. Paulista |
No final de 2005, o Corinthians ganhava o Brasileirão, mas só foi levantar a taça na festa da CBF. A volta olímpica deixou de ser com a taça nos braços. Sei que muitos devem responsabilizar a fórmula dos pontos corridos, pois geralmente chega-se à última rodada com diversos candidatos ao título. No entanto, eu acredito que seria possível fazer réplicas, para garantir ao torcedor àquela sensação de conquista. É isso que representa o ato de ver o time levantar a taça.
Citei as três circunstâncias, para mostrar como as autoridades estão querendo estragar a festa do torcedor. Primeiro com as bandeiras, depois sem a Avenida Paulista, que nesta quinta-feira, dia 08 ,completa 120 anos, e também sem a taça nas mãos. Isso para não falar na cervejinha, que só pode ser consumida fora dos estádios.
O que pode parecer simbólico para os engravatados é de suma importância para os amantes do esporte bretão. A bandeira é a primeira identidade criada pelas pessoas, é o que mostra a qual tribo você faz parte. O troféu é o que se disputa dentro das quatro linhas, a conquista, o objetivo. E a festa é a hora de extravasar, de correr sem rumo, de gritar sem pudor. E o torcedor está sentindo falta. Fiquei deprimido vendo o time do Corinthians levantar o troféu de terno e gravata, na cerimônia insossa realizada pela CBF.
Aproveito o texto para parabenizar a Avenida Paulista, que precisa urgentemente voltar a ser – oficialmente – o palco das festas paulistanas, e para divulgar o texto de um rapaz que diz ter apanhado de policiais enquanto celebrava o pentacampeonato corintiano.
Eu acho ridículo o time campeão só poder levantar a taça na festa da CBF (bom nem vou entrar na questão dos diversos erros de posição existentes na premiação da entidade)... o torcedor vai ao estádio com a intenção de ver o seu time campeão dar a volta olímpica COM O TROFÉU!!!
ResponderExcluirCaio Matta
Show de bola!!! Concordo contigo Tuca!!! A emoção vem se dissipando com tantas restrições, regras e procedimentos!A ultima vez que eu tive uma oportunidade dessas foi quando meu São Paulo venceu o 3º mundial e fomos recepcionar os jogadores no aeroporto de guarulhos!
ResponderExcluirfutebol eh do povo e para o povo, então n tem q t frescurada, leva essa porra dessa taça d helicóptero qd acaba o último jogo do campeonato. Por exemplo esse ano, daria p fazer, tem q dar a taça qd o juiz apitar ow no estádio do time campeão, com a maior brevidade poossivel...
ResponderExcluirAbç, belo texto
DANADO