A ousadia do Santos sumiu no Mundial. Time, que nunca jogou com três zagueiros, estava perdido em campo |
Por Alessandro Lefevre
O tão temido e sonhado jogo contra o Barcelona, em partida única, na final do Mundial de Clubes, enfim chegou. E o Santos não sabia o que fazer. Mal escalado por Muricy, o Peixe não soube se organizar e tomou o famoso vareio. Uma das opiniões que publiquei no Facebook dava conta de que o que aconteceu no Japão foi mesmo um massacre. Um Santos covarde entrou em campo sem pegada e viu o Barcelona passear. Futebol objetivo e pragmático. Futebol de resultados. Até aqui, nenhuma novidade.
O tão temido e sonhado jogo contra o Barcelona, em partida única, na final do Mundial de Clubes, enfim chegou. E o Santos não sabia o que fazer. Mal escalado por Muricy, o Peixe não soube se organizar e tomou o famoso vareio. Uma das opiniões que publiquei no Facebook dava conta de que o que aconteceu no Japão foi mesmo um massacre. Um Santos covarde entrou em campo sem pegada e viu o Barcelona passear. Futebol objetivo e pragmático. Futebol de resultados. Até aqui, nenhuma novidade.
Mas falar em show, espetáculo, aula? Talvez para os torcedores do próprio Barça. Se fosse meu time de coração humilhando o adversário com um 4 a 0 em plena final do Mundial de Clubes, ia adorar. Mas como telespectador de futebol, diferentemente do que falaram os analistas da bola, ainda prefiro a firula, o rolinho, o chapéu, o drible da vaca, o chute no vácuo, o circo a toques incessantes que culminam num gol. É isso mesmo: o Barcelona é o time mais chato do mundo. E viva Neymar!
Num dos comentários do meu post no Face, minha amiga Natália Pesciotta foi enfática. "Time mais chato do mundo! Fato. E triste um dos times mais legais do mundo achar que tem que copiar...".
É exatamente isso. O Santos não viu a cor da bola porque não foi o Santos que conhecemos. Tinha que marcar forte. Os atacantes tinham que complicar a saída de bola dos catalães. O time de Muricy precisava também fazer marcação individual em três jogadores: Messi, Iniesta e Xavi. Os caras não podiam respirar. Outra coisa: falta faz parte do jogo. Só vi o Edu Dracena chegando mais firme. Era muito respeito.
E numa das roubadas de bola de Neymar em cima do Piqué ou do Puyol era a hora de achar um gol.
Na revista Placar deste mês, na reportagem de Breiller Pires e Daniel Setti, um resumo do que era pra ser feito e que o Santos não fez. Talvez por medo, talvez porque Muricy não preparou a equipe pra isso.
"A estrutura tática do Barcelona parte do princípio de não admitir jogar sem a bola. Quando um jogador a deixa escapar, corre incansalvelmente até recuperá-la, seja Busquets, seja Messi. 'O que mais me impressionou é a entrega do Barcelona na marcação. Todos os jogadores chegam forte para retomar a bola. Resolvemos utilizar a estratégia deles, de pressionar a saída, para dificultar o jogo', diz o atacante Jonas, rememorando a partida em Valencia"
Jonas, ex-Grêmio, estava no jogo em que o Barça apenas empatou com o Valencia neste ano jogando fora de casa. A partida terminou em 2 a 2. Mas, se o Santos fosse o Santos, e agredisse o time da Catalunha, quem garante que não se sairia melhor do que o atual time de Jonas? O medo de perder tira a vontade de ganhar, já dizia Luxemburgo. Faltou ousadia, adjetivo que mais perfeitamente definiu o Peixe nos dois últimos anos.
"o Barcelona é o time mais chato do mundo. E viva Neymar!"
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Eu acho que você exagerou um pouco, dizer que o futebol do Barça é chato é exagerar, é ignorar os dribles, as firulas e as jogadas de Messi. Agora eu concordo que esse futebol posse de bola a largo prazo vai produzir um estilo de jogo feio, chato, retranqueiro a sua maneira.
ResponderExcluirBasta ver o futebol que jogava a Espanha na copa, um futebol que foi super elogiado mas na verdade era um futebol covarde, que não marcava gols de quem prefere tocar a bola pra manter a posse de bola a arriscar definir a partida em um lance mais improvável.
Mas ainda assim vale o texto só por arriscar dizer algo que ninguém quer ver. Que o futebol do Barça é um futebol POSSE de bola, que sem o Messi(que é o homem mais inventivo ali) é um futebol covarde, de quem toca toca toca toca mas tem medo de chutar... como a espanha fez no mundial.
Boa, Chico. Acho que o maior problema é o pessoal dizer que a gente tem como meta ficar igual ao Barça. Imagine dois times que têm como objetivo manter a posse de bola pra sempre... Não dá. Querem deixar o futebol chato.
ResponderExcluirSe fosse o Peñarol, o Atlético Mineiro ou o Grêmio, seria mais difícil pro Barcelona. Acho que a covardia do Santos veio do fato de saber ter dois craques em campo. Então nem meteu uma retranca guerreira, igual o Inter fez há uns anos, nem foi pra cima com tudo. E viva o chute no vácuo, abaixo os craques robóticos do Barcelona.
ResponderExcluirConcordo com você, Bruno. Um time marcador, que mordesse mais e fungasse no cangote dos meias do Barça, se perdesse, venderia mais caro a derrota.
ResponderExcluirE numa descida ao ataque ou numa bola parada fortuita poderia achar um gol, como aconteceu com o Inter em 2006.
O Barcelona teria mesmo que suar sangue diante de um Grêmio da vida...
Ahahahha, burocrático e sem criatividade é o nosso futebolzinho. Chatinho, chatinho.
ResponderExcluirVocês estão dizendo que o problema foi de marcação. Ou disso. Ou daquilo. Gente! hahahaha.