Por Tuca Veiga
Quando chegou ao Corinthians vindo do Botafogo nem o jogador
tampouco o torcedor poderiam imaginar como a camisa corintiana cairia bem em
Jorge Henrique. Seu jeito lutador logo caiu nas graças de uma torcida que preza
pela raça.
Jorge encaixou como uma luva na equipe comandada por Mano
Menezes. Era semifinal do Paulistão de 2009, o São Paulo tinha crescido na reta final
e passado o Corinthians na classificação, podendo definir a classificação em
casa. Mano notou que as boas atuações de Junior César colaboraram com a
ascensão do rival e botou Jorge para incomodá-lo. Incomodar? Jorge ainda frequenta
os pesadelos do lateral-esquerdo, hoje no Galo.
Foi naquele duelo que Mano encontrou o esquema que faria
daquela geração, comandada por Ronaldo, bastante vencedora. O título do
Paulistão veio mole-mole. Cristian abriu o caminho com aquele gol espírita no último
minuto, no Pacaembu. Uma semana depois, Ronaldo calou o Morumbi, assim como
deixou em silêncio a Vila, no primeiro duelo da final com o Santos.
Mas o que a nação corintiana queria mesmo era a Copa do
Brasil, que havia escapado um ano antes. E foi aí que o aniversariante deste
dia 23 de abril se tornou, de vez, ídolo da torcida. Um gol em cada jogo da
final, dancinha do Michael Jackson e a música estava pronta: “Inter, fez com
que ‘nóis’ caísse (sic), mas nóis tamo no pique, com os gols do Jorge Henrique”.
Um semestre, duas taças. Belo começo. De lá pra cá, o camisa
23 só trouxe felicidades para a Fiel. Sempre com grandes atuações nos clássicos,
principalmente contra o arquirrival Palmeiras, e carregando na alma o espírito
do padroeiro do Corinthians, São Jorge, a quem também celebramos e dedicamos as
nossas orações neste dia 23 de abril.
Jorge Henrique chegou em 2009 e em quatro temporadas com o número 23
nas costas, conquistou o Paulistão, a Copa do Brasil, o Brasileirão, a
Libertadores e o Mundial. É mole ou quer mais?
Por essas e outras, Salve Jorge!
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