Aqui no Brasil a realidade é a seguinte: títulos geram investimentos e não incentivos geram conquistas. Com essa mentalidade primitiva, o esporte olímpico brasileiro está fadado à miséria, salvo talentos individuais surgindo do nada, verdadeiros milagres! Escrevo isso para refletirmos sobre as possíveis consequências que esse pentacampeonato mundial sub-20 ganho pelo Brasil contra os jovens portugas pode trazer ao futebol tupiniquim.
Ressaltemos, primeiramente, o treinador da seleção principal Mano Menezes. Os leitores do Paixão Clubística podem se perguntar o motivo para a exaltação do contestado Mano dos manos. Eis a resposta! Foi ele, independentemente da CBF, que montou um projeto para "cuidar" das seleções de base do Brasil, nomeando Ney Franco como coordenador. O próximo passo a ser dado pela dupla Ney e Mano é aproveitar o máximo possível dessa safra campeã na seleção principal. E isso depende muito de cada jogador se firmar em suas equipes, porque se garantir em uma seleção de base é indiscutivelmente mais fácil que ser titular absoluto de um grande time brasileiro.
Antes da decisão de sábado entre antigas metrópole e colônia, a final de 1991 envolvendo lusos e brasileiros foi relembrada a torto e a direito. Lá, Portugal levou a melhor. Mas o importante é sabermos que só o lateral Roberto Carlos se firmou daquela Seleção. Isso demonstra que grupos que se aproximam das conquistas na base não necessariamente revelam jogadores de destaque.
Há dez anos, o Brasil fora eliminado precocemente por Gana nas quartas-de-finais. Daquela seleção cinco jogadores se destacaram no futuro: Maicon, Luizão, Júlio Baptista, Kaká e Adriano. Já no último título brasileiro, em 2003 contra os espanhois, o goleiro Jefferson, Daniel Alves, Nilmar e o então reserva e autor do gol daquele título, Fernandinho, foram lembrados por Mano Menezes.
E deste Mundial que acabamos de levar o caneco, quem se destaca? Neymar e Lucas nem precisaram do torneio para mostrarem seus enormes valores. Mas Danilo, Bruno Uvini, Casemiro, Oscar e Henrique (aritlheiro e bola de ouro) ganharam muitos créditos, para quem sabe, estarem a princípio, em Londres 2012.
Decepção
Não consigo encontrar outra palavra para as atuações de Philippe Coutinho a não ser essa do título. O jogador de maior destaque do grupo sub-20 seu futebol não apareceu na Colombia, sede do Mundial. O mais badalado da Seleção não resolveu, atuando na maioria do jogos apenas com o nome, ou por um resquício de esperança que Ney Franco depositava no camisa 10, para que em um lance resolvesse a partida, fato que não ocorreu em nenhum dos sete jogos.
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