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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Cerveja não é a culpada pela violência nos estádios

O torcedor brasileiro quer a volta da cerveja com álcool aos estádios
Uma rápida pesquisa com torcedores que realmente frequentam os estádios iria mostrar que a maioria esmagadora quer a volta da cerveja com álcool aos estádios brasileiros. A enquete pode ser feita do Oiapoque ao Chuí. Não tenho dúvidas de que todas as torcidas preferem assistir ao jogo com a latinha na mão, vibrando e curtindo.

A proibição começou para evitar o vandalismo, a selvageria e a violência dentro dos estádios. A lei foi aprovada em 1995 após forte campanha do então promotor (agora parlamentar) Fernando Capez (PSDB-SP), numa clara oportunidade de se autopromover. 

E o que se vê é que o torcedor continua apreciando a "loira gelada" antes e depois dos jogos. Não é isso que incita ou colabora com o terror dentro (ou fora) das arenas. Quem quer brigar briga, com ou sem cerveja. Posso afirmar isso porque frequento estádios, inclusive em clássicos, e nunca me envolvi em nenhuma luta. As organizadas brigam porque querem isso. A culpa não é da breja!

Além disso, é preciso ver a cerva como um conjunto da vida social. Em se tratando de futebol, a coisa vai mais longe ainda. Nas peladas de domingo, o que você faz depois? Bebe uma! Seu time vai jogar fora de casa. Vamos tomar uma num bar? Fora aquela boa e velha conversa jogada fora, dando os prognósticos, antes de entrar no estádio, ao lado de sanduíches de pernil. Enfim, a cerveja faz parte da cultura futebolística. 

Para coibir a violência, precisamos de uma polícia bem preparada e bem equipada, bom senso dos torcedores e, principalmente, educação. O adversário não é inimigo! Fora que as últimas brigas aconteceram em lugares distantes dos locais dos jogos. Hoje, as organizadas marcam brigas pela internet. E por que o torcedor comum é quem tem que pagar o pato? Futebol e cerveja rimam!

5 comentários:

  1. "A proibição começou para evitar o vandalismo, a selvageria e a violência dentro dos estádios. A lei foi aprovada em 1995 após forte campanha do então promotor (agora parlamentar) Fernando Capez (PSDB-SP), numa clara oportunidade de se autopromover. "

    Se autopromover!?!?! WTF. Uma das únicas leis úteis já aprovadas.

    Gente bêbada briga muito mais do que gente sóbria (e é muito mais selvagem). O Sr Alessandro Lefevre, que escreve neste blog, inclusive, e sua corja são exemplos perfeitos disso.

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  2. Eu respeito demais a sua opinião, Anônimo. Mas por que não tem coragem de falar quem é? Aliás, chamar eu e meus amigos de corja? Triste. Até porque nunca vi nenhum deles brigando. Não somos, não éramos e nunca seremos de brigas.

    Quanto à autopromoção do Fernando Capez, por favor, estude e veja que o cara só se tornou deputado porque temos uma classe conservadora que apóia esse tipo de atitude (banir a cerveja dos estádios). E tem mais: quem não quer a cerveja nos estádios sequer frequenta os jogos de futebol.

    Como eu disse, as brigas entre torcidas sempre são distantes das arenas. Muitas no ABC, no metrô ou nos trens. Basta planejamento, estrutura e, principalmente, educação para evitarmos esse tipo de coisa.

    Essa sua afirmação ("gente bêbada briga muito mais do que gente sóbria") é apoiada em que estudo/análise? Hoje, mata-se por causa de acidentes de trânsito.

    Anônimo, você já viu briga em estádio? E o pessoal não estava bebendo na porta antes e depois da partida? Use argumentos decentes. Não apenas faça ataques infundados e pessoais.

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  3. Caro anônimo,

    É certo que o assunto é polêmico, requer análises, tempo de debate e bons argumentos. Por favor, então use de argumentos, não de ofensas - pois certamente você é capaz.

    Sabemos que o álcool deixa sim as pessoas violentas - muito mais do que outras drogas, como a maconha, por exemplo.

    O que o Alessandro defende é que não é a cerveja vendida no estádio que provoca a violência nos estádios. E acredita que ela sequer atenua.

    Eu concordo com ele.

    A cerveja não tira o homem de si, como faz a cachaça.

    E o cara não vai para o estádio para beber lá. Ele pode fazer isso antes. Até porque, provavelmente durante o jogo ele fique assistindo e torcendo, não comprando cerveja e mijando. O que faz do intervalo e dos momentos que precedem a partida, os únicos em que a pessoa vá beber.

    Mas o importante mesmo é que o debate não seja moralista, tampouco ofensivo.

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  4. Acredito tb que uma cervejinha durante um jogo de futebol faz parte de um rito, de uma cultura...de um modo de laser que nos foi tolido, por gente safada, hipócrita e demagoga...
    Esse país é tão hipócrita, tão filho da puta e tão pragmático, que na Copa de 2014, a cerveja voltará aos estádios, pq os gringos gostam de tomar umas tb !!!
    Quer dizer q nós q vivemos nesse esgoto de país, não podemos...mas pra os turistas, têm q ter uma cerva..Revoltante !!!
    Alguem tinha q entrar com um processo, impedindo a venda de cerveja na Copa do mundo...
    Kd um juiz de peito pra brigar com a FIfa, com a CBF...só têm é bunda mole..Fuiiiiiiiiiii

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  5. Não acho que o consumo de bebida alcoólica seja determinante para os atos violentos nem em estádios nem em qualquer outro lugar. Porém, sou favorável à essa proibição no interior e nos arredores não só de estádios como também em outros eventos de grande aglomeração, como por exemplo em shows...

    Só que pense você 5, 10, 20 mil pessoas tomando seus carros e dirigindo depois de uma 'cervejinha' despretenciosa no estádio... Como disse, em relação à violência, pode não ser determinante, mas que desvia os sentidos, a tolerância e os nervos de uma pessoa, isso desvia! Sem contar nos que se tornam altamente desagradáveis depois de um gole e outro, desrespeitando assim o sossego alheio (entre outras coisas).

    Em meio à isso tudo, o torcedor 'inocente' é quem paga. Acho que uma cervejinha e um papo não fazem mal a ninguém, muito pelo contrário: tenho relatos de que é grande demonstração de amizade dividir uma béra! (Hauhauahua) O problema é que nem todos se limitam a isso...

    Agora, que fique claro que, independente de álcoll, drogas, sexo, rock n' roll à parte, o maior culpado e responsável por tudo é quem o faz, e quando quer e estiver mal intencionado o fará tanto sóbrio quanto embriagado. Isso só vai mudar quando medidas severas forem tomadas para ELIMINAR esses indivíduos que mancham o espetáculo que é o futebol. Tudo passa por uma questão cultural, que, convenhamos, nosso país está devéras atrasado.

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