Por Luiz Felipe Fogaça
Na contramão da luta de milhões de brasileiros pelo direito à liberdade de expressão, o STJD parece não tolerar nenhum tipo de manifestação
contra o órgão, arbitragens e os profissionais envolvidos nessa esfera.
Se existia alguma dúvida, isso ficou claro com o simples fato
do procurador Paulo Schimitt oferecer denúncia para o Atlético-MG pelo ato de
sua torcida. No jogo contra o Fluminense a torcida do Galo fez um mural escrito
CBF de cabeça para baixo e com as cores do clube carioca. Os atleticanos protestavam contra os erros da arbitragem, que beneficiaram o Flu na briga pelo título.
Para o procurador, que é o único do STJD inteiro com propriedades
para exercer a função, já que realmente é formado em direito, diferente dos outros membros, o que acontece é que “esta manifestação, levantando a hipótese que existe corrupção
na CBF, ela tem de ser levada ao Tribunal pelo menos. Não vou defender que
tenha absolvição ou condenação, mas a Corregedoria tem de levar para o
conhecimento do Tribunal”.
Não vou entrar nem no mérito se a
arbitragem é tendenciosa ou não, mas que muitos erros vem acontecendo e o nível
da arbitragem esta em franco declínio, isso é nítido para qualquer um dos
apaixonados que acompanham o esporte.
Vale lembrar que rodadas antes o
Naútico teve de obrigar sua torcida a tirar uma faixa com os dizeres “ Não irão
nos derrubar no apito” para poder ver o jogo começar. Isso é um absurdo, pela
lógica daqui a pouco não poderemos gritar no estádio mandando o juiz pra ou
simplesmente xingando o homem de preto.
Prego sim o respeito por todos os
profissionais, sem duvidar da honra de nenhum deles, mas as manifestações tem
que ser livres, por que futebol é liberdade, arquibancada é democracia e assim
tem que seguir o jogo.
Ao invés de coibir manifestações
populares que prepare-se melhor os árbitros, profissionalize-os e prepare-se
também os homens que manda na arbitragem.
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